sexta-feira, 27 de julho de 2007

A memória nossa de cada dia

Vocês já observaram a quantidade de dados, a maior parte deles insignificantes, que nos são cobrados diariamente? Para escrever este post tive que entrar com 2 dados diferentes. Para acessar email, para o sistema bancário, para isso, para aquilo... E a dica de segurança é que você jamais tenha isso registrado/impresso em algum lugar.

Outro dia me surpreendi com um lapso absurdo para uma dessas entradas em "sistemas seguros". O mais impactante não era que eu me esquecesse de um dado, mas a importância que ele adquiria naquela hora e a irritação que tinha comigo mesmo.

Certa vez, durante o debate de lançamento de um livro do qual fui um dos organizadores, o professor Elias Thomé Saliba falava, com sua grande habilidade, das conexões realizadas por nosso cérebro. O jogo neurológico que aciona alguns registros e apaga outros. É claro que isso pode ter muitas implicações políticas, sociais, históricas etc. Afinal, já faz um tempo que se discute que a memória também é um jogo de poder.

Mas isso não é o centro dessa mensagem de sexta-feira de fim de férias. O que me interessa é esse cultivo de senhas que se proliferam, que precisam ser atualizadas e como isso ocupa a nossa memória.

Por falar nisso acho que me esqueci de alguma coisa. Mas deixo para outra ora...

Um bom final de semana!

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Uma ajuda!

Diante do que tem sido noticiado nos últimos meses e, em especial, desde a semana passada, eu tenho uma dúvida: o que tem acontecido com o sistema aéreo?

A pergunta não se restringe ao Brasil, onde sabemos que há incompetência para dar e vender, mas se estende a outras partes do mundo. Quase todos os dias quando passo os olhos nos jornais e sites, vejo manchetes sobre algum acidente com aviões. Um fez pouso forçado na praia, o outro arrancou o telhado de uma casa, outro ainda que colidiu com um urubu etc.

Está se tornando perigoso viajar de avião no mundo, ou há certa "teoria do fim de tudo" sendo veiculada pelos meios de comunicação?

Caros (e raros) colegas de blog, alguém se habilita?

Pê-Esse: Nós, editores do Conta-Gotas, pedimos desculpas pela escassez de posts nesses últimos dias. Foi uma correria danada, mas que já está diminuindo. Aproveitamos e agradecemos àqueles que têm nos visitado com alguma freqüência!

A politização do caos aéreo

Segue um sensato artigo escrito pelo Fernando Rodrigues, na Folha de São Paulo de hoje (25/07):

A politização das mortes

BRASÍLIA - A politização da tragédia do acidente do Airbus da TAM está no ar. Contaminou governo e oposição. Desde o "top, top, top" de Marco Aurélio Garcia até o desastrado deputado federal Efraim Filho (DEM-PB). O governo torce freneticamente para que as investigações concluam pela irrelevância da pista de Congonhas no acidente. Daí Marco Aurélio ter comemorado de maneira efusiva ao saber do defeito num equipamento do avião (o sistema de reversão da turbina direita).
Da mesma forma, o político paraibano Efraim Filho foi comissionado pelo Democratas para faturar em Washington. Advogado de 28 anos, acompanhou a abertura da caixa-preta - mesmo sendo neófito em assuntos aeronáuticos. Sem cerimônia, apresentou uma conclusão peremptória sem base científica: o piloto da TAM não tentou arremeter. Quis frear e a pista escorregadia não teria permitido. Efraim Filho acabou recuando. Mas ficou o estigma. Ao escalar o rapaz para função tão relevante, o Democratas, nesse episódio, parece ter dado o pior de si.
Em público, lulistas e oposicionistas fingem consternação. Nos bastidores, há uma torcida gigante sobre o resultado das apurações. Repórteres recebem telefonemas irados dos dois lados. Lulistas e oposicionistas cobram "imparcialidade", sobretudo quando se trata de noticiar algo que possa vir a favorecer o lado de quem reclama. Existem, é claro, aqui e ali, algumas cabeças ancoradas no bom senso. São a minoria. A regra mais geral tem sido politizar as notícias ao osso. Patético. O efeito eleitoral final será pequeno ou nenhum no longo prazo. Uma parcela ínfima do eleitorado viaja de avião. No fundo, o saldo para os partidos será talvez apenas uma degradação maior da imagem dos políticos como um todo. Tudo somado, péssimo para a democracia.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Iggy Pop

De volta ao Conta-Gotas, depois de uma semana agitada, tensa e fria no sul do país, onde os gaúchos continuam a disparar os seus “tchês” com muita simpatia, vamos colocar um Iggy Pop, de leve, lá no rodapé da página.

Para celebrar os olhos claros e esvermelhados do velhaco, registramos aqui duas frases de Pop, extraídas da entrevista que concedeu à Rolling Stone Brasil deste mês, e que revelam parte da personalidade e estilo de vida do roqueiro:

“Éramos [referindo-se aos colegas de Stooges] caras saudáveis que fumavam maconha e estavam deixando o cabelo crescer”.

“Transávamos com muitas fãs e levávamos nossa roupa para as mães lavarem”.

Lá embaixo, “Candy” do álbum Brick by Brick, de 1990.

P.S.: Em breve, Shakira!