sábado, 26 de julho de 2008
Espanholas
Breves notas, antes de partir da Espanha.
1- Assunto recorrente nos jornais: a crise econômica. A desaceleração prostrou o país em seu maior índice de desemprego e previsão de baixo crescimento. A responsabilidade é da "borbulla inmobiliaria". O crescimento foi sustentado, em parte, pelo setor da construção. Agora, endividados não têm como pagar. Há poucos dias um caso semelhante ao da Encol aconteceu por aqui. No dia seguinte, a segunda maior companhia aérea, Spanair, anunciou a demissão de 1100 funcionários e suspensão de vôos.
2- Zapatero negou o tempo todo que o país estava em crise. Agora que os índices, em seus 100 dias de segundo mandato, atestam o óbvio, ele pede otimismo à população. Gastou todo capital político nesta operação.
3- O governo está mais interessado numa discussão bizantina: a questão das línguas regionais. O governo é favorável à pluralidade lingüística. Os opositores e nacionalistas vêem neste debate uma ameaça à unidade etc... Um bom despiste em meio à crise, mas altamente arriscado por aflorar ânimos e divisões.
4- Todos os dias há notas sobre separatismo, terrorismo etc.
5- Desproporções nos preços das passagens. Um trajeto de 450 km de ônibus, 32 euros; de trem de alta velocidade em um percurso de 600 km, 61 euros; um vôo de 1000 km, 80 euros (em uma "bajo custo", claro); de carro por 400 km, 50 euros.
6- Verão na Espanha: festas em todos os lugares. Muitos festivais, festas tradicionais e muito calor.
7- Nas grandes lojas de discos há sempre uma seção de música brasileira. Alguns nomes que são pouco conhecidos do grande público no Brasil (Rita Ribeiro, por exemplo) e os clássicos Caetano, Chico, Tom Jobim, Bethânia. Também compõem a lista: Vanessa da Mata, Ivete Sangalo, Carlinhos Brown (que toca muito em rádio aqui), Marisa Monte (que insistem em chamar de Montes...).
8- Nas letras ainda somos ignorados: exceções Clarice Lispector e Paulo Coelho.
9- No mais, muito futebol. Luis Fabiano agora com dupla cidadania.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Para embalar o fim de semana!
Toda magia, simpatia e tradição da música cubana com o ótimo Buena Vista Social Club.
“De Alto Cedro voy para Macané, Llego al Cueto, voy para Mayarí”quinta-feira, 24 de julho de 2008
Estereótipos – 1
Aproveitando o debate iniciado no post “Idade Ideal”, seguem dois estereótipos que estão bem na moda.
Aqui, a New Yorker representa Barack Obama!
Aqui, a New Yorker representa Barack Obama!
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Barcelona posa't guapa!
A Catalunha é diferente de todo o restante da Espanha. Aqui, da língua aos costumes da população, é uma outra realidade.
A diversidade é tanta que não nos assusta pensar movimentos nacionalistas e separatistas.
O lema da Olimpíada de 92 segue influenciando a cidade: "posa't guapa" em catalão.
A cidade não é monumental, mas as pessoas fazem a diferença. Tanta gente, de tantos lugares. Uma cidade cosmopolita.
Imagens: Monumento a Colombo, imagens e detalhes da Sagrada Família. Mais de 120 anos de obras. Salve Gaudí!
Para terminar, uma praia: afinal, não sou de ferro. E as águas do Mediterrâneo têm muita história.
Sevilla
O calor asfixiante de julho em Sevilla, a alma andaluza e a glória da "conquista americana".
A primeira foto tem uma importância para mim. Minha vida profissional e pessoal deve muito a um sevillano, Bartolomé de las Casas, tema de meu doutorado. Tantas amizades e pessoas importantes a partir deste estudo. Neste Archivo esteve o saudoso professor Bruit pesquisando para sua livre-docência. Um ano após sua morte, minha primeira lembrança, neste espaço, foi a dele.
Nas outras fotos: a Torre del Oro, la Giralda e a tumba de Colombo na Catedral.
Há uma parte moderna da cidade, também encantadora, cuja imagem principal é a ponte, na última foto.
Córdoba
Todas as cidades são únicas. Mas a "Catedral Mesquita"(acima), prova da apropriação de símbolos e tradições de visigodos, islâmicos e cristãos, ilustra a especificidade desta cidade. Há também os arcos romanos. Terra de Maimônides (abaixo).
terça-feira, 22 de julho de 2008
A coisa do calor polar (sic)
“Esta coisa do calor polar, nada mais é do que todas as pessoas que nasceram.
Nós somos feito de água, cada ser humano tem 72% de água.
O que que acontece: a água está toda em nós.
Querem que a água volte pros lugares certos, matem todo mundo.”
Nós somos feito de água, cada ser humano tem 72% de água.
O que que acontece: a água está toda em nós.
Querem que a água volte pros lugares certos, matem todo mundo.”
A pérola acima foi dita pelo costureiro e deputado Clodovil Hernandes, no programa Melhor do Brasil, da TV Record, e reprisado no Top Five do CQC.
O “filósofo” em questão obteve a quarta maior votação entre os deputados federais com 493.951 votos (dados do Uol-Eleições 2006).
Eu fico me perguntando: como é que um país pode dar certo, com deputados desse nível?
É aquela velha história, os políticos são o reflexo da sociedade... e por aí vai.
O “filósofo” em questão obteve a quarta maior votação entre os deputados federais com 493.951 votos (dados do Uol-Eleições 2006).
Eu fico me perguntando: como é que um país pode dar certo, com deputados desse nível?
É aquela velha história, os políticos são o reflexo da sociedade... e por aí vai.
Uma tirinha...
...para alegrar o finzinho de tarde desta terça-feira paulistana azul e acinzada!
Enviada por Iron Mantovanello, do site Aos amigos... mais uma!
Everybody dance, now!
Sempre fico com um pé atrás quando se trata de reminiscências! Questiono bastante aquelas pessoas que vivem saudosamente, lembrando cotidianamente o quão bom eram os anos 1960 (o tal do maio de 68, então, dispensa comentários), ou 70, 80, 90! Tanto faz!
Tenho um amigo que sabe tudo de música dos anos 1950 e, inclusive, me passou uma porrada de arquivos com os clássicos da época – publicarei alguns em breve. Mas nunca ouviu Nirvana, Raimundos ou qualquer outra banda com menos de cinqüenta anos!
Conheço uma garota que passou os últimos anos enfurnada na Trash 80’s, cantando Ursinho Blau Blau (“Ai meu ursinho blau blau de brinquedo, vou contar pra você um segredo”) e Ilariê. Mas não quer nem saber de Céu, Vanessa da Mata ou qualquer outra coisa que não tenha aquele “ar anos 80”.
A despeito de meu problema com o excesso de nostalgia, me rendo a uma dica de nossa leitora Mariana Valeiro. Ela me mandou o link de um site só com músicas dos anos 1980. Tem de tudo: de Blitz a Abba, passando por Bonnies Tyler até chegar ao incrível (mas inaudível) Waldick Soriano!
Ao clicar no LINK, abre um radinho com uma série de estações. O bom é que dá para “sintonizar” a rádio e pular as músicas, se quiser.
Tenho um amigo que sabe tudo de música dos anos 1950 e, inclusive, me passou uma porrada de arquivos com os clássicos da época – publicarei alguns em breve. Mas nunca ouviu Nirvana, Raimundos ou qualquer outra banda com menos de cinqüenta anos!
Conheço uma garota que passou os últimos anos enfurnada na Trash 80’s, cantando Ursinho Blau Blau (“Ai meu ursinho blau blau de brinquedo, vou contar pra você um segredo”) e Ilariê. Mas não quer nem saber de Céu, Vanessa da Mata ou qualquer outra coisa que não tenha aquele “ar anos 80”.
A despeito de meu problema com o excesso de nostalgia, me rendo a uma dica de nossa leitora Mariana Valeiro. Ela me mandou o link de um site só com músicas dos anos 1980. Tem de tudo: de Blitz a Abba, passando por Bonnies Tyler até chegar ao incrível (mas inaudível) Waldick Soriano!
Ao clicar no LINK, abre um radinho com uma série de estações. O bom é que dá para “sintonizar” a rádio e pular as músicas, se quiser.
Desejo boa sessão de nostalgia àqueles que dançaram em bailinhos ao som de A-HA, Information Society, Madonna, Double You e que gritaram alucinadamente “Everybody dance, now”, ou “Please, don’t go”, ou ainda: “This is the rhythm of the night”.
Boa festa! Ah, e cuidado para não chorar ouvindo "Quatro semanas de Amor", com Luan e Vanessa.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
De volta aos tempos coloniais (ou nem tão longe)
Manchete do caderno Dinheiro, da Folha de São Paulo de hoje: “País vende ferro à China e importa trilho”!
Se possível, manchete do Jornal da Colônia (sic), de 31 de fevereiro de 1613: “Colônia exporta cana e compra açúcar a altos preços”!
Achou estranho? Então veja esse dado: o Brasil vende a quantidade de minério de ferro suficiente para produzir uma tonelada de trilho por 136 dólares; em seguida, compra a tonelada de trilho por 850 dólares. Portanto, segundo a aritmética, perdemos US$ 714 por tonelada!
Não é preciso ser um Nobel para perceber que há algo errado. Temos a matéria-prima, o mercado, mas não temos a indústria. E, repare, não estamos falando de uma indústria com tecnologias ultra-avançadas, das quais não dispomos; trata-se de siderurgia!
Mas temos muito a nos ocupar com Dantas, Cacciola e tutti quanti! Para quê olhar para a nossa indústria de base, não é mesmo!?
Se possível, manchete do Jornal da Colônia (sic), de 31 de fevereiro de 1613: “Colônia exporta cana e compra açúcar a altos preços”!
Achou estranho? Então veja esse dado: o Brasil vende a quantidade de minério de ferro suficiente para produzir uma tonelada de trilho por 136 dólares; em seguida, compra a tonelada de trilho por 850 dólares. Portanto, segundo a aritmética, perdemos US$ 714 por tonelada!
Não é preciso ser um Nobel para perceber que há algo errado. Temos a matéria-prima, o mercado, mas não temos a indústria. E, repare, não estamos falando de uma indústria com tecnologias ultra-avançadas, das quais não dispomos; trata-se de siderurgia!
Mas temos muito a nos ocupar com Dantas, Cacciola e tutti quanti! Para quê olhar para a nossa indústria de base, não é mesmo!?
Pra começar a semana!
A fascinante Marina de la Riva cantando Ojos Malignos, de Juan Pichardo. Que encontro de pandeiro, acordeão e piano!
Marina: las miradas de tus ojos son tan sutiles que penetran en el alma de quien los mire!
domingo, 20 de julho de 2008
Coincidências legais
Felipe Machado publica todo domingo, junto a sua coluna Palavra de Homem na Revista JT, as séries “Eu Queria Ser Esse Cara” e “Borracharia”. Uma espécie de homenagem para o homem e mulher – na opinião do colunista - destaques da semana.
Pois bem, tomando um choppinho no Dunga’s ontem à tarde, comentei com nosso editor-chefe Anderson que há algum tempo penso em publicar aqui no CGC algo do tipo, só me falta um nome legal. Coincidência ou não, quando abri a revista hoje pela manhã, os homenageados foram os mesmos do meu comentário ontem no balcão da lanchonete, ou quase*!
Pois bem, tomando um choppinho no Dunga’s ontem à tarde, comentei com nosso editor-chefe Anderson que há algum tempo penso em publicar aqui no CGC algo do tipo, só me falta um nome legal. Coincidência ou não, quando abri a revista hoje pela manhã, os homenageados foram os mesmos do meu comentário ontem no balcão da lanchonete, ou quase*!
DAYANA MENDOZA – Miss Universo 2008
A venezuelana de 22 anos tem 1,78m, 90 cm de busto, 61 cm de cintura, 90 cm de quadril e fala 4 línguas. Na final, Dayana derrotou uma americana e uma colombiana; ponto para Hugo Chavéz!
HEATH LEDGER – o Coringa
O ator australiano de 29 anos faleceu em Janeiro desse ano. Heath se entregou tanto a personagem que dizem por aí que seus remédios eram para se livrar da personalidade sádica do vilão. Jack Nicholson avisou...
* Felipe destacou o homem-morcego Christian Bale.
PêEsse: Quero a ajuda de vocês para escolher um nome legal para essa ‘seção destaques’. Deixem comentários ou mandem e-mails para contagotascotidiano@gmail.com. A redação agradece.
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