sábado, 12 de janeiro de 2008

Porque hoje é sábado!


Kaká, Renascer e a G

O craque Kaká está no meio de uma investigação da Justiça brasileira por causa de seu envolvimento com os bispos da Renascer presos em Miami.

Kaká, segundo a reportagem de capa da revista Carta Capital, paga dízimo anual de R$ 2 milhões e teria uma vinculação muito próxima dos bispos. A procuradoria quer saber quantas vezes Kaká esteve com os líderes religiosos desde o início da crise envolvendo Sônia e Estevam Hernandez.

As questões, que aparentemente são apenas de foro pessoal e privado, abrem espaço para investigações sobre arrecadação e sonegação fiscal.

A sogra de Kaká, católica convicta, foi ouvida pela reportagem. Ela desconfia de tudo. Não se sabe onde o processo vai dar, ou mesmo se tem algum fundamento. Mas um clima de noite de S. Bartolomeu já se instaurou no interior da família do jogador do Milan.

PêEsse1: Na mesma reportagem um breve texto sobre a capa da revista G Magazine. O sósia de Kaká, Lucas Pugliessa, mostra seus dotes na revista. O procurador de Kaká diz que vai processar a publicação alegando a preservação do direito de imagem. Apostando na polêmica, Carta Capital pergunta: se Kaká tem direito sobre sua imagem, por que o modelo-sósia do jogador também não teria sobre a sua própria? A semelhança seria algo que ele não escolheu e, portanto, tem plenas condições de explorá-la.

PêEsse2: Se hipoteticamente Kaká movesse um processo e vencesse, será que estes recursos, convertidos em dízimo, seriam ainda mais abençoados por vir de algo supostamente "pecaminoso"?

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

E o Globo de Ouro, hein?

Parece que agora é fato: a festa do Golden Globe Awards, aguardada por cinéfilos do mundo todo – e anunciada aqui pelo Edu Zanardi – será substituída por uma simples entrevista e pela entrega dos prêmios aos vencedores de cada categoria, sem muito glamour.

A greve dos roteiristas, apoiada pelo sindicato dos atores profissionais, fez com que os organizadores do evento mudassem os planos para este ano.

O tão aguardado dia 13 de janeiro não deverá ser nada além de uma entrevista possivelmente agitada pelo ‘piquete’ dos roteiristas do lado de fora do Beverly Hilton Hotel.

Para mais detalhes, visite a página da Ilustrada no Cinema e/ou a do próprio Globo de Ouro.

Um poema às sextas!

Desvelando o tempo, Maria da Conceição Paranhos.

Ocultem os outros
a palavra tempo
em poemas curtos
com tal tema, centro.

A palavra tempo
deve ser usada
tantas vezes quanto
impuser nossa alma.

A palavra tempo
descerra suas portas
de argila e de vento,
suas linhas tortas.

Escrever o tempo
permite retornos:
ligeiros transtornos,
fugaz contratempo.

Porque tempo, tempo,
tempo passa, corre;
se você não dorme,
ele pára, lento.

Importa saber
com visão preclara
o que quer dizer
o tempo, que exala.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Enquanto isso, na Cisjordânia...


... protestos durante a visita de Bush a Ramallah.

Definição

Conta-Gotas

Acepções
■ substantivo masculino de dois números;
dispositivo para fazer pingar gotas de um líquido.

Sinônimos
Gotímetro.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Toda rosa tem os seus espinhos

Terrorcomédiatrashpornô

O palavrão aí de cima tenta definir o filme que tem estréia marcada para o dia 18/01 nos EUA. Trata-se de “Teeth” (Dentes).

“Teeth” conta a história de Dawn O’Keefe, uma jovem americana que se esforça para reprimir sua sexualidade através de um grupo que defende a castidade em sua cidade. Dawn fica totalmente perdida quando descobre, ao sofrer tentativa de estupro, que sua vagina possui dentes (?!?). Isso mesmo, uma vagina dentada que arranca o pingulim de quem tenta fazer sexo com a garota.

Confira o trailer.



O filme de Mitchell Liechteinstein, filho do gênio da pop art Roy Liechteinstein, foi a grande sensação do festival de cinema independente de Sundance em 2007. Jess Weixler (Dawn) ainda ganhou o prêmio especial do júri pela sua dramática (nhac!) interpretação. O The Hollywood Reporter elogia nossa “heroína” e comenta que este pode ser o primeiro horror movie que as mulheres terão mais vontade de assistir do que os homens. Será verdade meninas?

E agora rapaziada, quem come quem afinal??

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

As primárias em New Hampshire

A se confirmar a lenda de que o vencedor das primárias em New Hampshire, na maioria das vezes, se torna um dos concorrentes nas eleições de novembro, hoje teremos uma boa medida para saber quem serão os candidatos dos Democratas e dos Republicanos.

As pesquisas de intenção de voto chegaram a apontar 10 pontos percentuais de vantagem para Barack Obama em relação Hillary Clinton, entre os Democratas. Do lado Republicano, John McCain manteve 5 pontos sobre Mitt Romney; desta vez, Huckabee ficou bem distante dos dois primeiros.

Nos democratas: “se a Hillary perder por 10 pontos, sua campanha está enterrada”

Com essa frase, os analistas políticos norte-americanos sintetizam o quadro das disputas entre os Democratas e a possível lavada que Clinton pode levar logo mais.

Parece que o tom agressivo da senadora durante o debate do último sábado não agradou aos cidadãos de New Hampshire. Pelo que li a respeito, as discussões entre os candidatos foram marcadas pela contraposição entre conhecimentos técnicos e pontuais, por parte da ouriçada Clinton, e pelas respostas comedidas e precisas de Obama.

Uma parte da imprensa brasileira tem visto na estratégia retórica de Obama ‘traços latino-americanos’ quando ele ‘joga e discursa para as massas’. Ou seja, segundo essa tese, Obama camufla e não propõe nada, escondendo-se por trás da idéia de que ele representa “mudanças”. Não sei se é bem assim, mas que o jovem senador faz o estilo “tudo será diferente” e que isso tem encantado parte da opinião pública norte-americana, isso é fato!

Continuo com a sugestão de que dará Clinton entre os Democratas. É apenas um palpite – que contraria lendas e pesquisas de intenção de voto – apostando no que se tem chamado de “máquina eleitoral Clinton”, numa certa tradição política na qual se insere a senadora e no aspecto conservador da sociedade média americana.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Meu nome não é Johnny


A estréia do cinema nacional do final de semana é o ótimo “Meu nome não é Johnny” (direção de Mauro Lima). A história de um traficante de classe média carioca, que dominou o mercado da zona sul do Rio nos anos 90, é bem amarrada e com uma produção impecável.

Na trilha sonora sucessos da década de 80 e início dos anos 90. O país respirava os ares da redemocratização após a ditadura e a atmosfera baladeira do filme retrata um tempo, nas palavras de nosso herói-traficante, “de não estar preocupado em ganhar um milhão, mas de gastar um milhão”.

Antes do modismo yuppie, que por aqui ganhou os contornos da geração “mauricinho”, as décadas perdidas são mais intensas e cheias de subterfúgios do que os relatos depreciativos sobre o período.

O tema do filme, o universo da criminalidade advinda do tráfico, tem uma glamourização razoável. Nos rápidos e bem divertidos diálogos estamos diante de pessoas que querem curtir a vida de modo desenfreado.

O senão desta história é a parte da punição que, numa linguagem convencional, teria que acontecer. Este é o traço do início do século XXI na trama. As contradições da personagem se esvaem em um processo de expiação nos trechos finais e que tem seu ponto mais baixo na frase da juíza do processo que aparece pouco antes dos créditos. Uma concessão desnecessária e com pouca justiça aos acertos maiores do filme.

A atuação de Selton Mello é magistral. Ele segura o filme, mesmo nas cenas mais claustrofóbicas no universo penitenciário. Se em 2007, o capitão Nascimento deu o tom, em 2008, o cinema brasileiro começa com a história de João Estrela. No elenco destacam-se, além do protagonista, Cléo Pires, como a garota do traficante boa-vida, e o toque sereno de Julia Lemmertz.

Enfim, uma boa história, com linguagem e ritmo que fixam a atenção do espectador. Não vai repetir o sucesso de “Tropa de Elite”, mas tomara que seja o prenúncio de um 2008 promissor para o cinema brasileiro.

PêEsse: Depois de um período de folga, volto ao blog. Feliz 2008 aos amigos e leitores!

domingo, 6 de janeiro de 2008

A corrida à Casa Branca

No encalço do post “Começaram as eleições nos EUA”, muito pouco se comentou sobre a antecipação do caucus republicano em Wyoming, realizado dia 05/01. O vencedor por lá foi o ex-governador de Massachussets Mitt Romney. Mas nada de exaltações. O estado menos populoso dos EUA tem 0% (zero) de importância no quadro geral.

Um cenário totalmente diferente de New Hampshire, onde desde o século XIX o vencedor das primárias de lá ganha a eleição presidencial em novembro – “assim reza a lenda”, como comentou Lucia Hippolito. Ontem houve um debate entre os candidatos na cidade de Manchester (NH). Segundo analistas, Barack Obama (D), mesmo sem o carisma que apresenta nos palanques, saiu em vantagem. O primeiro estado independente americano escolhe seus candidatos nessa terça-feira, 08/01.

É esperar para ver. Por enquanto a corrida presidencial está mais ou menos assim:

www.politico.com