sábado, 12 de julho de 2008

Clube Etílico Musical


Ontem, ao voltar pra casa - após a tradicional reunião de editoria, regada a chope, Cynar, x-filet salada e x-burger - meu carro “estranhamente” me guiou até a Vila Madalena.


Fui parar no CEM – Clube Etílico Musical, nome bastante sugestivo, e um lugar que eu não imaginava que existisse nos arredores da Vila.

O clube está instalado numa garagem, não existe placa ou qualquer indicação. Quem passa pela rua acha que está acontecendo algum aniversário ou coisa do tipo. Nas paredes, desenhos de notas musicais e caricaturas de figuras da música.

Ao entrar, o clima é mesmo diferente, churrasqueira, mesas e cadeiras de alumínio, é como se estivesse em alguma festa de bairro, longe da badalação dos bares vizinhos.

Entre o público presente, algumas figuras carimbadas da noite e da música paulistana e um contraste entre a Terceira Idade e os jovens com a “cara” da Vila Madalena.

Um clima familiar, bastante agradável, cerveja gelada e o principal: boa música.

A roda musical é comandada pelo grupo Samba Raro e no decorrer da noite as canjas ficaram por conta de Wilson Sucena (sambista e compositor paulistano), Ione Papas (cantora paulistana de voz privilegiada) e Wanderley Monteiro (sambista, cantor e compositor carioca).

O espaço procura abrigar todo tipo de expressão cultural, desde a música até saraus de poesia.

O Clube Etílico Musical fica na Rua Fradique Coutinho, 1048 – Vila Madalena – Tel. 3815-8456. Funciona de quinta a domingo à partir das 18h.

Vale a pena conhecer!


PêEsse: Imagem do site www.chicoalencar.com.br

Tostines de Schopenhauer

O pensamento recebe a beleza do estilo ou o estilo recebe a beleza do pensamento?

A palavra leva à desvalorização da coisa ou a coisa leva à desvalorização da palavra?


Da coluna Enfermaria, de Mylton Severiano, na Revista Caros Amigos.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Um poema às sextas!

Simplicidade, de Maria Thereza Noronha (O verso implume, 2005)

O que por mar vier não sendo barco
alga coral peixe retardatário
será de mim o que deixei alhures:
praia perdida de remoto mar.

O que por ar vier não sendo asas
— aeronave ou ave migratória —
rumor será de vento nas acácias:
rota antiga de um sonho perdulário.

O que por terra vier será bem-vindo
como bem-vindas são as coisas simples,
estratégia e rotina se alternando:
legada a insanidade aos altos píncaros.

Extraído do sempre convidativo Poesia.Net.

Sim, as coisas simples são sempre bem-vindas!

Bossa oca

A editoria do Conta-Gotas foi convidada com exclusividade para visitar, numa quase “avant-première”, a exposição Bossa na Oca, comemorativa do cinqüentenário do “bossanovismo”!

Pois muito bem, lá fomos nós até o Ibirapuera.

A sinopse da organização espacial da exposição é a seguinte: ela se espalha por quatro pavimentos dedicados a contar a história da Bossa Nova – intercalando eventos políticos, sociais, culturais e inúteis (já explico), a rememorar grandes encontros e a forjar o “ambiente” carioca dos anos 1950!

Para mim, nenhuma dessas partes estava arranjada de modo satisfatório! Muito se falou, na imprensa, a respeito da “calçada de Copacabana”, do fusca e dos vídeos com depoimentos. São itens interessantes, porém acessórios com poucos significados para a compreensão da Bossa Nova.

Por exemplo: no último andar há um grande sofá para você se sentar e apreciar um mar projetado no teto! E? Só porque há citações de mar nas canções ou porque o movimento nasceu à beira da praia, os curadores resolveram colocar um mar no teto?

A parte desastrosa da exposição fica por conta de uma despropositada “linha do tempo” logo no pavimento térreo. Ela é longa (uns 40 minutos para ver todas as explicações) e desconexa; reúne informações interessantes – como as curiosidades relativas aos primeiros expoentes bossanovistas – ao lado de outras descabidas – como a data da inauguração do Estádio do Morumbi – dando a falsa impressão de uma “contextualização”!

Na verdade, a linha do tempo é uma “colagem” mal feita do livro “Chega de Saudade”, de Ruy Castro, com alguns dados perfeitamente dispensáveis. Ora a linha do tempo trata o visitante como uma criança de 7 anos (ao informar que em 1964 o Brasil passou a ser governado por militares) e ora exige do mesmo público conhecimentos prévios (como ao enfatizar a aprovação do Estatuto da Terra, em 1963).

Tudo isso, para os curadores, tem relação com a Bossa Nova! O problema é descobrir, diante daquela mixórdia de fotos e letras miúdas, o sentido da exposição, do tempo, da história, e as relações imaginadas pelos organizadores.

Isso para não falar da parte “escura” da exposição! Sim, havia alguns painéis que ficaram no escuro, sem iluminação: isso é coisa de amador. Só era possível enxergá-los ao se aproximar bastante: tinha uma foto do Pelé e alguns outros, dos quais não me recordo agora.

As partes menos ruins estão no “sub-solo”, com algumas projeções e um show holográfico, e no segundo andar, com salas reservadas a Vinícius de Moraes, Tom Jobim, João Gilberto e à Turma da Bossa. Ainda assim, no caso do Vinícius, foram usados trechos do documentário produzido a seu respeito pelo Miguel Farias Jr., o que diminuiu o “caráter inédito” daquele espaço!

Além disso, o preço: 20 mangos (à exceção das terças-feiras) para ver a Bossa na Oca é muita grana!

Sem querer puxar a sardinha, mas o trabalho de um historiador teria melhorado um tiquinho a exposição. Tudo bem, se isso é exigir muito, talvez pudéssemos ter pedido um pouco menos de “pressa” no arremate, o que teria dado mais substância à exposição. Do jeito que tá, a exposição deixou a Bossa Nova oca!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Aluga-se este espaço!

Essa semana me deparei com uma discussão que anda rolando na blogosfera brasileira, a questão do “blog de aluguel”.

Pesquisando na rede, parece que o termo foi inventado pelo jornalista Bruno Ferrari da revista Info. Na época, ele publicou uma matéria sobre blogueiros na Campus Party (feira de tecnologia realizada pela primeira vez no Brasil em fevereiro deste ano), contratados pela Intel para relatar o que acontecia na feira e disponibilizar o conteúdo on-line no blog Brasil Digital, da própria empresa.

Então, entenda-se como “blog de aluguel” aquele que recebe jabá (seja dinheiro, produtos, viagens, convite para eventos, mimos etc) para falar bem de tal marca, produto ou empresa. Outro termo muito utilizado para o mesmo assunto é o post pago.

Pois bem, o termo voltou à discussão depois que a Coca Cola enviou para 9 blogueiros uma mini geladeira contendo seu novo lançamento, o i9 Hidrotônico. A notícia foi publicada no Blue Bus, que chamou os blogs participantes da ação de marketing de “blogs de aluguel”. Pronto, foi deflagrada a guerra!

Os blogs que receberam as geladeiras saíram de defesa própria, profissionais de comunicação defenderam a ação da Coca Cola e, pra falar o português bem claro, a merda se espalhou pelos diários eletrônicos de todo o Brasil.

Abaixo, relacionei alguns links que, conforme a ordem, contam a história do bafafá:

- Energia da inovação.
- 9 blogs para experimentar a novidade.
- Coca Cola apresenta hidrotônico com ação em blogs de aluguel.
- Ação de marketing gera polêmica sobre conteúdo pago em blogs.
- Sobre o caso “blogs de aluguel”.

Dentro de cada post existem vários links para matérias relacionadas, respostas, explicações etc. Até um Manifesto foi publicado para ratificar que “não somos blogueiros de aluguel”.

Minha opinião (e não a do CGC em geral – não consultei as bases) é positiva em relação à ação de marketing do hidrotônico. Da mesma forma que álbuns de música, livros e filmes têm a sua tiragem e sessão para críticos especializados, que recebem e são convidados a “experimentar o produto” antes do público consumidor, e emitir sua opinião – positiva ou não. Penso que a relação é mesma nesse caso.
Faça parte da campanha de lançamento ou não, com polêmica e tudo a tal bebida já está na boca de todo o mundo!!!

Para reflexão, deixo o Código de Conduta para Escrever um Post Pago, de André Dahmer. Eu assino embaixo.

Malvados.com.br

Bichinhosdejardim.com

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Presos!

Resta saber: Até quando?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Pra começar a semana!

Vendo este vídeo da Maria Rita entendi bem a real diferença entre ela e a Marisa Monte: os desejos que cada uma delas desperta. Marisa, desejos de uma vida toda; Maria, desejos de uma noite toda! Sacanagem...

Então, Maria Rita cantando a clássica "Conversa de Botequim". Que belo vestido!


domingo, 6 de julho de 2008

Porque hoje é domingo...

... em casa, com responsabilidade!