sábado, 27 de setembro de 2008

Analogia de boteco

No início dessa semana, o finlandês Matti Juhani Saari de 22 anos entrou armado em uma escola técnica na cidade de Kauhajoki, oeste da Finlândia, matou dez pessoas e depois se suicidou. É o segundo caso em menos de 12 meses que um ataque como esse é realizado no país nórdico, onde o porte de armas era liberado para maiores de 15 anos. Depois do incidente em novembro do ano passado, a idade permitida subiu para 18.

A Finlândia é conhecida por ter a melhor educação do mundo, desde o básico até a universidade todo o ensino é gratuito. O país tem nível quase 0 de corrupção, a economia é estável, os sistemas de saúde e saneamento funcionam e o finlandês goza de um alto padrão de vida. Na contramão disso, sofre com um dos invernos mais rigorosos do planeta e a carência de luz solar. Os jovens não têm opções de lazer e a população é vista pelo resto da Europa como fria e que pouco sorri. O país é clinicamente depressivo e o índice de suicídios é o terceiro maior do mundo.

Aqui no Brasil, a segurança e a educação são decrépitas, a saúde é agonizante, o sistema de saneamento é podre, e a economia, vá lá, melhorou, mas os recursos ainda são muito mal distribuídos. Em compensação temos carnaval, samba, praia, cerveja, mulher e futebol!!!

Aí vem a analogia... O que você prefere: ir a um restaurante e pedir faisão caramelado com aroma de laranja (imaginem o prato: uma coxa de faisão menor que coxinha de casamento, quatro gotas de laranja e um raminho de alecrim), ou um comercial contrafilé com arroz, feijão, fritas e uma saladinha?

PêEsse 1: Faisão é bom, mas de vez em quando!
PêEsse 2: Massa é melhor que Häikkönen!!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

U23D

No último sábado, 20/09, fui com minha doce Tatiana (estilo Boechat) assistir ao filme-show "U2 3D". Como apreciador da banda desde a época de The Joshua Tree e faltante nas duas apresentações da banda no Brasil, fiz questão de ver essa espécie de “meio-termo” entre uma apresentação ao vivo e um DVD.

A última (e única) vez que assisti a um filme em 3D foi há tempos (má bota tempo nisso), quando os óculos eram de papelão com lentes de celofane verde e vermelho.

O show apresentado em terceira dimensão é o mesmo da turnê “Vertigo” de 2005/06, e segue o set list do concerto que a Rede Globo transmitiu ao vivo do Morumbi anos atrás. Inclusive, pelo que percebi, o show é uma edição linear muito bem feita das apresentações da banda por aqui, e em Buenos Aires - é curioso assistir Bono agradecer a capital portenha em certo momento, e em outro, gritar “Brazio” para delírio do público.

Bacana mesmo é a estranha experiência sensitiva, se é que posso chamar assim, de ver um espetáculo desse tamanho em 3D. Nada comparado a sensação de uma performance ao vivo, mas é muito bacana! A produção do espetáculo, tanto do filme quanto do show, é fantástica. E naquela proporção, fica evidente que aquilo não é um simples concerto de rock, mas uma missa, onde Bono rege sua legião de fiéis como um sacerdote. Se não fosse a magia exercida pelo U2, diria que foi tudo ensaiado entre banda, telão e platéia.

Os pontos negativos ficam para a duração, 1h30 (pouco tempo), e a equalização, que poderia criar uma atmosfera muito mais de show do que de cinema.

De qualquer forma saí satisfeito e com água na boca de ver, quem sabe, outros grandes concertos de rock produzidos nesse formato – fica o recado para Rolling Stones, Metallica, Iron Maiden e Rush.

"U2 3D" continua em cartaz aqui em São Paulo. Consulte a programação cultural de seu jornal ou site preferido e vá conferir, vale a pena!

No Clipe da Semana, em 2D, a mágica Where The Streets Have No Name, direto do Cícero Pompeu de Toledo em 2006. E tem mais... cada vez que vejo uma apresentação ao vivo do U2, mais Adam Clayton ganha créditos como o baixista da minha banda dos sonhos!!!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Pra começar a semana!

Vamos falar de amor... Porque é primavera!