Notícias interessantes da edição da Folha deste domingo:
1- Camile Paglia, a consagrada ensaísta americana, abordou os limites do feminismo na atualidade. Para ela o feminismo desconsidera a vontade de mulheres que querem ser donas de casa e cumprir um papel que outrora era comumente aceito para elas. A militância pressupõe para si uma superioridade de ação em relação a esta atitude menos engajada.
Na afirmação de Paglia mais um convite à reflexão sobre os padrões de comportamento em sociedades plurais e dinâmicas. O que pode ser visto por alguns como refluxo do feminismo seria apenas a constatação da diversidade existente nesse ou em qualquer outro grupo.
Paglia ainda afirma que apóia Hillary Clinton à presidência, mas acha que os democratas não vencerão as eleições exatamente por "serem fracos nos temas de segurança". A impopularidade é de Bush e ele não será candidato. Constatada a ambiguidade dos opositores dos republicanos a vantagem inicial seria perdida. A conferir.
2- Um juiz do interior de Minas, na contra-mão do reconhecimento das vantagens da Lei Maria da Penha, diz que a lei é absurda. A legislação, criada para coibir a violência doméstica contra as mulheres, é uma forma de proteção inaceitável, segundo o magistrado. Numa das suas sentenças ele afirma que "a desgraça humana começou no Éden: por causa da mulher". Misoginia é pouco.
Recentemente tivemos um juiz questionando a relação da homossexualidade e o futebol no caso Richarlyson. Como vemos, em setores do judiciário, não há qualquer mudança no campo dos costumes e comportamentos. A famosa justiça cega, torpe e preconceituosa.
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