quarta-feira, 23 de abril de 2008

Esmagando abóboras

Depois de um tempo sumida, a séria “o antes é clássico, o depois é lixo” apresenta uma das bandas mais bacanas dos anos 90 que, graças ao bom Billy Corgan, voltou à ativa em Julho de 2007 com o álbum Zeitgeist.

Após uma pausa de 7 anos – Billy terminou com tudo em 2000 porque não agüentava concorrer musicalmente num mundo dominado por boy bands e loirinhas do Disney Club - o Smashing Pumpkins volta com um álbum denso, agressivo e pesado. O ambiente sonoro é proposital. Quando juntamos melodia e letra, mais a capa e o nome do álbum, percebemos nitidamente a insatisfação e a intenção de Corgan: 'Zeitgeist' em alemão significa o nível de avanço intelectual e cultural do mundo em certa época. Era mais do que hora dos Pumpkins voltarem.

Mesmo sentindo falta dos solos e microfonias de James Iha, distorção continua sendo uma boa palavra para encaixar em qualquer texto sobre a banda. Chama atenção a velocidade de alguns riffs, lembrando em certos momentos o velho Ministry. Jimmy Chamberlin (outro remanescente da formação clássica) na bateria é um monstro, um monstro de 1.000 braços. Destaque para as seqüências matadoras Doomsday Clock, 7 Shades of Black e Starz, United States.


Lembrando MACHINA I (2000) e bem longe do marasmo de Adore (1998), Zeitgeist não tem a melancolia e doçura característica dos primeiros trabalhos da banda. São outros tempos, outros assuntos, outras preocupações e outra formação, com Jeff Schroeder (guitarra), Ginger Reyes (baixo) e Lisa Harriton (teclado). Aproveitemos enquanto outra esquisitice não pinta na cabeça do Tio Chico do rock. Vida longa às abóboras – mesmo sem a D’arcy!!!

No clipe da semana, o 1° single do álbum, a excelente e barulhenta Tarantula.

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