Desencanto, de Manoel Bandeira
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue.
Volúpia ardente...Tristeza esparsa...
remorso vão...Dói-me nas veias.
Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E neste versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
-Eu faço versos como quem morre.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Um poema às sextas!
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Um comentário:
Me encanta a morbidez de todo e qualquer autor. MAs o Bandeira conseguia ser mórbido e doce ao mesmo tempo.
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