Assisti, ontem, ao filme de Michael Mann, Inimigos Públicos, com Johnny Depp, Marion Cotillard e Christian Bale.
Àquela famosa pergunta feita logo após o filme – “E aí, gostou?” – respondi afirmativamente.
Porém, com algumas observações.
Vamos aos méritos. Trata-se, sem dúvida, de um filme denso, cujos personagens são construídos de modo meticuloso pelo diretor ao longo de toda a trama. É uma elaboração lenta, apresentada em várias cenas e circunstâncias diferentes. Logo no início, por exemplo, Mann gasta quase meia hora para dar à luz seu par antagonista formado por Depp e Bale.
Parece que o diretor quer nos mostrar todas as possibilidades relativas à complexidade de cada uma das personagens – tarefa difícil de ser cumprida num longa de pouco mais de duas horas.
Disso resultam o grande mérito e o risco do filme.
O mérito é não reduzir os papéis a estereótipos e criar oposições binárias (bonzinho x mauzinho): Dillinger (Depp) e Purvis (Bale) não cumprem essas funções e o seu maior embate não é físico, mas psicológico, muito bem contado na cena em que ambos se enfrentam apenas “por olhares” através das grades de uma cadeia em Indiana.
Além disso, há a relação entre Dillinger e Billie (Cotillard), cujo símbolo é uma graúna, mas que não vou comentar para não antecipar detalhes.
O risco é tornar a narrativa lenta demais – o que ocorre em alguns momentos da trama. Tal risco parecia calculado, pois o diretor acelera a trama por várias vezes com belos – e rápidos! – embates entre os gângsteres e a polícia e com algumas reviravoltas no enredo.
Para representar os anos 1930 e o ambiente denso no qual passa a história, Mann usa e abusa das “cenas escuras” – que certamente contribuíram para o desinteresse de três “aborrecentes” que conversaram o tempo todo na fileira da frente, consultando o celular para saber se haviam recebido novas mensagens! Urgh...
Enfim, um filme bom, mas que em alguns momentos “se arrasta” demais na tentativa de desenhar a complexidade das personagens e das tramas nas quais estão envolvidas. Por outro lado, o resultado alcançado pelo diretor com essa “demora” é extraordinário, principalmente quando colocamos lado a lado o início e o fim da história.
Àquela famosa pergunta feita logo após o filme – “E aí, gostou?” – respondi afirmativamente.
Porém, com algumas observações.
Vamos aos méritos. Trata-se, sem dúvida, de um filme denso, cujos personagens são construídos de modo meticuloso pelo diretor ao longo de toda a trama. É uma elaboração lenta, apresentada em várias cenas e circunstâncias diferentes. Logo no início, por exemplo, Mann gasta quase meia hora para dar à luz seu par antagonista formado por Depp e Bale.
Parece que o diretor quer nos mostrar todas as possibilidades relativas à complexidade de cada uma das personagens – tarefa difícil de ser cumprida num longa de pouco mais de duas horas.
Disso resultam o grande mérito e o risco do filme.
O mérito é não reduzir os papéis a estereótipos e criar oposições binárias (bonzinho x mauzinho): Dillinger (Depp) e Purvis (Bale) não cumprem essas funções e o seu maior embate não é físico, mas psicológico, muito bem contado na cena em que ambos se enfrentam apenas “por olhares” através das grades de uma cadeia em Indiana.
Além disso, há a relação entre Dillinger e Billie (Cotillard), cujo símbolo é uma graúna, mas que não vou comentar para não antecipar detalhes.
O risco é tornar a narrativa lenta demais – o que ocorre em alguns momentos da trama. Tal risco parecia calculado, pois o diretor acelera a trama por várias vezes com belos – e rápidos! – embates entre os gângsteres e a polícia e com algumas reviravoltas no enredo.
Para representar os anos 1930 e o ambiente denso no qual passa a história, Mann usa e abusa das “cenas escuras” – que certamente contribuíram para o desinteresse de três “aborrecentes” que conversaram o tempo todo na fileira da frente, consultando o celular para saber se haviam recebido novas mensagens! Urgh...
Enfim, um filme bom, mas que em alguns momentos “se arrasta” demais na tentativa de desenhar a complexidade das personagens e das tramas nas quais estão envolvidas. Por outro lado, o resultado alcançado pelo diretor com essa “demora” é extraordinário, principalmente quando colocamos lado a lado o início e o fim da história.
5 comentários:
Estou louca pra ver! Podia ter me chamado né senhor Anderson!
passei para ler o blog claro...
e desejar um feliz aniversario pro cd...abraço meu e do cla
Obrigado, Dri e Cláudio!
Naty: eu lá ia saber! rs...
Beijos...
aniversário do companheiro Cd hj?
parabéééééééns amorzão
tudo de bom sempre!
Obrigado, Naty!
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