Não bastasse o sono de Lula ao ler o novo livro de Chico Buarque ou a confusão que a tal Lina Vieira (ex-secretária da Receita Federal) provocou ao publicar que a “deusa” Dilma Roussef havia lhe pedido para agilizar uma investigação na Fazenda contra a família Sarney, o inverno no Partido dos Trabalhadores continua rigoroso.
O apoio petista (bancado por Lula) a José Sarney – e aos arquivamentos de representações contra o senador poli-estatal – culminou em dias de fúria dentro do partido. Em pouco menos de quarenta oito horas, algumas baixas entre os trabalhadores.
A senadora Marina Silva (“petista histórica”, sem nenhum trocadilho com a sua formação acadêmica) se desfilou do PT e migrou ao PV. A defensora incondicional do meio-ambiente está, enfim, no Partido Verde! Outro senador, Flávio Arns, diante da cumplicidade petista a Sarney, se disse então envergonhado de ser filiado ao partido, e rompeu com a legenda.
Por fim, o “bravo” Aloízio Mercadante anunciou ontem no seu Twitter que renunciaria, ainda hoje, à liderança da bancada governista e do PT no Senado. Mercadante, que outro dia deu um show grotesco no depoimento de Lina Vieira à CCJ, se sentiu isolado em sua posição de não condescender com a postura do Partido em relação a Sarney.
Como em qualquer legenda, o PT abriga várias “correntes políticas”. Quando estas não convergem para o mesmo ponto num dado momento, o circo se arma. Ao cabo, o PT vocalizou – por meio de Ricardo Berzoini – a vontade de Lula no caso Sarney, demonstrando, enfim, que petismo e lulismo estão mais próximos do que nunca.
O fim último? O apoio oficial do PMDB à Dilma Roussef no pleito de 2010. Ruídos? Existem, aos montes. Marina Silva pode ser o maior deles, mas há também a rejeição da figura de José Sarney junto à população, que, se bem explorada pela oposição, poderá arrancar alguns votos de Dilma.
Terá valido a pena para o PT esse tour de force? A resposta só em 2010. Minha intuição é de que o companheiro Lula, um “leitor” brilhante do cenário político, não dá ponto sem nó. Mas é só intuição.
O apoio petista (bancado por Lula) a José Sarney – e aos arquivamentos de representações contra o senador poli-estatal – culminou em dias de fúria dentro do partido. Em pouco menos de quarenta oito horas, algumas baixas entre os trabalhadores.
A senadora Marina Silva (“petista histórica”, sem nenhum trocadilho com a sua formação acadêmica) se desfilou do PT e migrou ao PV. A defensora incondicional do meio-ambiente está, enfim, no Partido Verde! Outro senador, Flávio Arns, diante da cumplicidade petista a Sarney, se disse então envergonhado de ser filiado ao partido, e rompeu com a legenda.
Por fim, o “bravo” Aloízio Mercadante anunciou ontem no seu Twitter que renunciaria, ainda hoje, à liderança da bancada governista e do PT no Senado. Mercadante, que outro dia deu um show grotesco no depoimento de Lina Vieira à CCJ, se sentiu isolado em sua posição de não condescender com a postura do Partido em relação a Sarney.
Como em qualquer legenda, o PT abriga várias “correntes políticas”. Quando estas não convergem para o mesmo ponto num dado momento, o circo se arma. Ao cabo, o PT vocalizou – por meio de Ricardo Berzoini – a vontade de Lula no caso Sarney, demonstrando, enfim, que petismo e lulismo estão mais próximos do que nunca.
O fim último? O apoio oficial do PMDB à Dilma Roussef no pleito de 2010. Ruídos? Existem, aos montes. Marina Silva pode ser o maior deles, mas há também a rejeição da figura de José Sarney junto à população, que, se bem explorada pela oposição, poderá arrancar alguns votos de Dilma.
Terá valido a pena para o PT esse tour de force? A resposta só em 2010. Minha intuição é de que o companheiro Lula, um “leitor” brilhante do cenário político, não dá ponto sem nó. Mas é só intuição.
Atualização das 11h25: Mercadante amarelou e permanecerá na liderança do governo no Senado. Segundo o senador, as cinco horas de conversa com Lula ontem e uma carta enviada pelo presidente na manhã de hoje o fizeram mudar de ideia. Tô dizendo que esse menino, o Luiz, é bom de leitura política!
3 comentários:
Mercadante é um bunda mole.
Como disse o Simão, se continuar assim PT vai significar 'perda total'...
E o Dudu Supla, que partido tomou nessa discussão toda?
O Suplicy foi à tribuna umas tantas vezes para pedir o afastamento de Sarney, além de ter manifestado o desejo de assinar uma carta elaborada pela oposição que também pedia o afastamento do maranhense. No entanto, a bancada petista no Senado foi enquadrada pela dupla Berzoini/Lula - com o apoio 'irrevogável' de Mercadante, líder da bancada.
E não rolou nem uma palhinha de Dylan na tribuna?
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