Eu iria escrever sobre isso, mas pra variar o Marcelo Rubens Paiva tirou as palavras da minha boca e do meu teclado. Transcrevo abaixo o post publicado em seu blog no Estadão.
(http://blogs.estadao.com.br/marcelo-rubens-paiva)
Em tempo: a Globo veiculou matéria sobre a Indy no Fantástico, depois da prova e bem superficial. No sábado havia uma chamada no Globo.com, negativa, onde um dos pilotos reclamava que era um absurdo a realização da prova nas condições em que a pista se encontrava. São as ignorâncias de uma emissora que acha que tudo que não pertence ao seu "mundo" não existe.
Prática Global - Marcelo Rubens Paiva
A São Paulo Indy 300 foi um dos eventos mais emocionantes que já organizaram na cidade.
Pista escorregadia, ondulada, poeira, sujeira, vários problemas… Mas lá estavam os carros a 330 km/h na Marginal do Tietê, o pesadelo da cidade, cruzando a pista de samba, sob uma tormenta de granizo, que chegou cedo demais.
Tudo montado em tempo recorde. Ninguém se feriu.
No entanto, a corrida foi ignorada pelo jornalismo da Rede Globo. Pois era um evento organizado por outra emissora, a Band, que por sinal é parceira da Globo na transmissão de jogos de futebol.
A guerra da concorrência falou mais alto, em detrimento da missão jornalística: informar. É uma antiga prática global que fere a ética e soa como mal-educação. No mais, o público da Indy poderia tomar gosto e migrar pra Fórmula 1, exclusividade da emissora, não?
Se um produtor tem um filme que não vem com o rótulo GLOBO FILMES, não consegue divulgá-lo nos programas de entrevista da emissora.
Muitos se queixam. A diretora Ana Muylaert reclamou publicamente. Gloria Pires, estrela do seu longa É PROIBIDO FUMAR, deu longas entrevistas para a emissora. As referências sobre o filme LULA, O FILHO DO BRASIL apareceram, já que é produção GLOBO FILMES. As sobre É PROIBIDO FUMAR foram cortadas.
Atores globais falam de seus filmes nas entrevistas. Tudo é cortado se não tem parceira global. Uma grosseria. No mais, ajudando a divulgar o cinema independente ou de outras distribuidoras, ajuda a levar público ao cinema, que pode se interessar pelos filmes da GLOBO, aquece o mercado, e todos saem ganhando.
O ridículo não tem fronteiras.
Atores que têm contrato com a emissora não podem participar das séries da HBO produzidas na AL. No entanto, a NET, braço de TV paga da Globo, retransmite a HBO, fatura com ela.
Teve um tempo que até comerciais de produtos estrelados por atrações de outras emissoras, como HEBE, ADRIANA GALISTEU, ELIANA, eram vetados na Globo. O mercado reagiu, ameaçou retaliar, e voltaram atrás.
Se você é de outra emissora, e quer entrevistar um ator global, vetado. Insanidade, pois tais atores estarão divulgando produtos da empresa que os contrata.
Quem vê David Letterman, da CBS, se cansa de assistir a entrevistas com apresentadores de emissoras concorrentes ou até atores divulgando séries das outras redes. Isso é liberdade de imprensa. Este é o dever de uma concessão pública.
No passado, a Globo se queimou. Demorou para cobrir as Diretas Já, o movimento de impeachment contra Collor. Manipulou informações, como a eleição para governador de Brizola [Caso Proconsult], e a edição desvirtuada do debate entre Collor e Lula de 1989. Pagou um preço alto, a falta de credibilidade jornalística
Como será a cobertura dos Jogos Olímpicos de 2012, de Londres, cujos direitos pertencem à TV Record?
Uma empresa com a grandeza da Globo se comporta como a velhota ranzinza do bairro. Não é apenas teimosia. É burrice.
Em tempo: a Globo veiculou matéria sobre a Indy no Fantástico, depois da prova e bem superficial. No sábado havia uma chamada no Globo.com, negativa, onde um dos pilotos reclamava que era um absurdo a realização da prova nas condições em que a pista se encontrava. São as ignorâncias de uma emissora que acha que tudo que não pertence ao seu "mundo" não existe.
Prática Global - Marcelo Rubens Paiva
A São Paulo Indy 300 foi um dos eventos mais emocionantes que já organizaram na cidade.
Pista escorregadia, ondulada, poeira, sujeira, vários problemas… Mas lá estavam os carros a 330 km/h na Marginal do Tietê, o pesadelo da cidade, cruzando a pista de samba, sob uma tormenta de granizo, que chegou cedo demais.
Tudo montado em tempo recorde. Ninguém se feriu.
No entanto, a corrida foi ignorada pelo jornalismo da Rede Globo. Pois era um evento organizado por outra emissora, a Band, que por sinal é parceira da Globo na transmissão de jogos de futebol.
A guerra da concorrência falou mais alto, em detrimento da missão jornalística: informar. É uma antiga prática global que fere a ética e soa como mal-educação. No mais, o público da Indy poderia tomar gosto e migrar pra Fórmula 1, exclusividade da emissora, não?
Se um produtor tem um filme que não vem com o rótulo GLOBO FILMES, não consegue divulgá-lo nos programas de entrevista da emissora.
Muitos se queixam. A diretora Ana Muylaert reclamou publicamente. Gloria Pires, estrela do seu longa É PROIBIDO FUMAR, deu longas entrevistas para a emissora. As referências sobre o filme LULA, O FILHO DO BRASIL apareceram, já que é produção GLOBO FILMES. As sobre É PROIBIDO FUMAR foram cortadas.
Atores globais falam de seus filmes nas entrevistas. Tudo é cortado se não tem parceira global. Uma grosseria. No mais, ajudando a divulgar o cinema independente ou de outras distribuidoras, ajuda a levar público ao cinema, que pode se interessar pelos filmes da GLOBO, aquece o mercado, e todos saem ganhando.
O ridículo não tem fronteiras.
Atores que têm contrato com a emissora não podem participar das séries da HBO produzidas na AL. No entanto, a NET, braço de TV paga da Globo, retransmite a HBO, fatura com ela.
Teve um tempo que até comerciais de produtos estrelados por atrações de outras emissoras, como HEBE, ADRIANA GALISTEU, ELIANA, eram vetados na Globo. O mercado reagiu, ameaçou retaliar, e voltaram atrás.
Se você é de outra emissora, e quer entrevistar um ator global, vetado. Insanidade, pois tais atores estarão divulgando produtos da empresa que os contrata.
Quem vê David Letterman, da CBS, se cansa de assistir a entrevistas com apresentadores de emissoras concorrentes ou até atores divulgando séries das outras redes. Isso é liberdade de imprensa. Este é o dever de uma concessão pública.
No passado, a Globo se queimou. Demorou para cobrir as Diretas Já, o movimento de impeachment contra Collor. Manipulou informações, como a eleição para governador de Brizola [Caso Proconsult], e a edição desvirtuada do debate entre Collor e Lula de 1989. Pagou um preço alto, a falta de credibilidade jornalística
Como será a cobertura dos Jogos Olímpicos de 2012, de Londres, cujos direitos pertencem à TV Record?
Uma empresa com a grandeza da Globo se comporta como a velhota ranzinza do bairro. Não é apenas teimosia. É burrice.
Um comentário:
É teimosia, burrice, egocentrismo, egoísmo, narcisismo.....
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