domingo, 18 de abril de 2010

See you at the bitter end...

Mais um sábado quente e uma grande distância da linha ferroviária a vencer, se bem que na companhia de amigos tudo é válido, ainda mais pelo motivo destes suplícios que acabam se tornando sempre alvo de várias piadas.

Enfim, hoje o suspense está escasso, e logo de cara revelo que o meu destino de ontem foi o Credicard Hall, mais precisamente para me deleitar ao som de uma banda que marca minha vida até hoje. Estou falando do trio britânico Placebo, que veio pela terceira vez ao Brasil (não consegui assistir aos shows anteriores nem em 2005 nem em 2007) para a turnê de lançamento do seu sexto CD, o Batlle For The Sun (2009).

As filas não estavam tão grandes, o público estimado foi de 4 mil pessoas, o que fez com que o Credicard Hall estivesse com mais ou menos metade de sua lotação. Devo dizer que, graças a um amigo consegui ficar na ponta da fila, o que me permitiu assistir o show na grade da pista. Infelizmente, havia a pista premium à minha frente, tirando um pouco do "encanto" da grade, mas mesmo assim estava em posição privilegiada.

Antes do esperado espetáculo, sempre vem a banda de abertura, geralmente não muito conhecida e muito menos ovacionada pelo público que anseia por seus ídolos, e não por uma "bandinha qualquer". Ontem foi o caso da Superdose dar a cara a tapa, e sinceramente, não achei que eles mereciam a rejeição da platéia. Os paulistanos acompanharam a turnê do Placebo pelo Brasil, e apesar de ter um estilo bem distinto da banda principal, tem grande qualidade musical. O vocalista é bem seguro de si, e consegue atingir ótimos tons sem desapontar (além de ele lembrar muito o Liam Gallagher do Oasis). Lembra um estilo meio mod, se assemelhando com a banda gaúcha Cachorro Grande, mas ainda podendo ser melhor do que isso. Acho que todos, principalmente o público, devem dar um grande valor às bandas de abertura, principalmente as que não tem seu prestígio, pois sua banda preferida também já ocupou este posto (até o próprio Placebo, que no início abriu vários shows para o David Bowie, já imaginaram a responsabilidade?).

Então, às 22:00 hrs pontualmente, o baterista Steve Forrest e sua "camisa" de tatuagens, o baixista Stefan Olsdal e seu terno listrado com ombreiras, e o guitarrista e vocalista Brian Molko com menos maquiagem mas com o mesmo olhar de clareza profunda e melancólica sobem ao palco. O show foi aberto com "For What It's Worth" arrepiando e emocionando os fãs logo de cara.

O set list composto por 20 músicas, das quais 9 eram do Batlle For The Sun estava quase impecável. Digo quase porque senti falta de alguns hits como "Pure Morning", "Come Home", "Protect Me From What I Want" e "Because I Want You" (não tão hit, mas minha favorita). E achei interessante que o maior sucesso da banda, "Every you, Every Me" tenha começado com um arranjo diferente e não tenha empolgado tanto a platéia quanto "Special K" e "The Bitter End".

Durante o show várias projeções no telão ajudaram a criar o clima da apresentação, e um destaque a parte foi a tecladista e violinista Fiona Brice. A linda moça da banda de apoio deu um show a parte, principalmente em cada vez que tocava seu violino elétrico branco. Esse detalhe deu um tempero a mais, isso é fato!

Apesar de terem deixado um pouco de lado toda a androginia característica dos seus 16 anos de existência, o Placebo e as letras com temas doentios e pessimistas de Molko ainda são merecedoras de destaque, principalmente para os fãs de um estilo mais gótico e sombrio semelhante so de muitas bandas dos anos 80 misturado com distorções bem feitas que proporcionam um ritmo contagiante.

Infelizmente, também devo fazer minhas ressalvas quanto à apresentação de ontem, pois apesar de ser fã, o senso crítico vem sempre em primeiro lugar. Eu esperava muito mais da presença de palco, principalmente do Brian Molko, que por ironia foi o que menos interagiu com o público. Já Forrest estava sempre animado, e já estava imaginando ele levantando e tocando bateria em pé, tamanha a empolgação do baterista que entrou para a banda em 2008. Olsdal já era um destaque por sua roupa e por sua magreza. Molko, se for questão de maquiagem, volte a se emperequetar fazendo o favor!

Como o Placebo não é uma banda que está em evidência nas mídias mais populares, abaixo colocarei o set list do grupo para os que aqui entram e ainda não conhecem o trabalho deles. Vale ressaltar também que o trio já compôs algumas músicas para trilhas sonoras de filmes mais lado B, como "Every You, Every Me" em "Segundas Intenções", "Protect Me From What I Want", em "Aos Treze", "Meds" em "Requiem Para Um Sonho", dentre outros. Vamos ao set:

For What it's Worth
Ashtray Heart
Battle for the Sun
Soul Mates
Speak in Tongues
Following the Cops Back Home
Every You Every Me
Special Needs
Breathe Underwater
Julien
The Neverending Why
Bright Lights
Devil in the Details
Meds
Song to Say Goodbye
Special K
The Bitter End

Bis:
Trigger Happy
Infra-Red
Taste in Men


Acho válido também mostrar um pouco mais da banda no clipe de uma das músicas que não tocaram. Com vocês, "Pure Morning":



Nota: fotos pelo meu amigo Bruno "Candyman"

Nota adicional: alguém foi no show do Social Distortion ontem no Via Funchal para nos contar como foi? Nessas horas queria me dividir em duas!

7 comentários:

Helder Knoxxx disse...

Eu queria ter ido no show, mas não deu. Vi que pelo jeito que vc falou o show foi bom!!!

Unknown disse...

mesmo sem Black eyed foi otimo, por Special needs valeu...

remember meee =)

te amo!

edullla disse...

Trocar o show do SD por Placebo, ah não!!!

Candyman disse...

Foi fodaaa ainda mais com vcs amo vc amor valew por usar minhas fotos te amo ♥

Edu Zanardi disse...

Aos interessados, o Felipe Machado também foi ao show do Placebo. Para 'bater' informações acessem http://blogs.estadao.com.br/felipe-machado/

Felipão até tu...

Naty Monteiro disse...

Gordenho, foi porque quando eu soube do SD, já tinha comprado o do Placebo.

Mauro disse...

Que boquinha linda!! Que dentes!! Beijável!