sábado, 14 de junho de 2008

Uma lágrima para Jamelão


Há coisa de um mês, Fábio e eu fomos assistir à Velha Guarda da Mangueira, no Sesc Pompéia.

Impressionante - pensei enquanto arriscava uns passinhos tímidos, com o dedo indicador apontado para o céu, em meio aos quadris que quebravam loucamente ao meu lado - como os sambas da Estação Primeira sempre traziam à memória a voz rouca de Jamelão!

“Mangueiiiiiiira, estou aqui na plataforma da estação primeiiiiiiira, o morro veio me chamar...”

Ele não estava lá! Informavam-nos que continuava doente. Cantamos alguns sambas em sua homenagem, desejamo-lhe força e rezamos em silêncio por sua saúde.

Nesta madrugada o intérprete se foi! Sim, intérprete! Puxador, não!

Aos 95 anos, um dos mais nobres mangueirenses partiu! O morro está aos prantos.

Em Mangueira, quando morre um poeta todos choram... Vivo tranqüilo em Mangueira porque sei que alguém há de chorar quando. Mas o pranto, em Mangueira, é tão diferente. É um pranto sem lenço que alegra a gente...”

Adeus a José Bispo dos Santos (1913-2008)!


3 comentários:

Fábio Almeida disse...

Tive a oportunidade de encontrá-lo algumas vezes na loja da Contemporânea, sempre com sua simpatia "mal humorada"!

A roda de samba no céu está ganhando um reforço de peso!

Edu Zanardi disse...

SOOOU MANGUEEEEEEIRA!!!

Anônimo disse...

No vídeo é muito bacana a expressão de admiração do Chico ao olhar para o Jamelão.