terça-feira, 27 de outubro de 2009

Bastardos Gloriosos

Sexta-feira passada (23/11) assisti Bastardos Inglórios pela segunda vez. A primeira foi na estréia, dia 09, e fiquei tão excitado com a trama que não consegui prestar atenção nos detalhes. Já na segunda, eu ria da reação da platéia com certas cenas já conhecidas.

Não sei se para o público em geral, para a crítica e nem pra mim Bastardos Inglórios é a obra-prima de Tarantino. Mas para o diretor é! Quentin reuniu em BI tudo o que ele mais gosta: letreiros retro, capítulos, legendas, histórias paralelas, flashbacks, referências pop-cinéfilas, Enio Morricone, diálogos, violência, diálogos, sangue e mais diálogos. É ou não é uma overdose tarantinesca?

Tarantino dirigindo Bastardos sem dúvida está em sua melhor fase, maduro e senhor da situação. Além de ótimas tomadas e a famosa preocupação com os diálogos (em certas cenas exageradas), aqui Quentin dá atenção especial a interpretação, principalmente em cenas sem fala, onde a expressão do ator conta muito (esse caminho já é percebido em Kill Bill vol.2). Duas cenas me chamaram a atenção a esse detalhe: a conversa do coronel SS Hans Landa com Monsieur LaPadite; e o encontro de Shosanna com Landa no restaurante. O tal coronel inclusive rouba o filme numa interpretação genial do austríaco Christoph Waltz – prêmio de melhor ator em Cannes. Brad Pitt também está ótimo na pele do caricato tenente Aldo “the Apache” Raine.

Voltando ao diretor, Tarantino imprimiu ao longa o ritmo que quis, dando-se ao luxo de mostrar uma coisa no trailer e outra no filme – não vou entrar em detalhes senão estraga a surpresa. A crítica sobre a suposta falta de ação é infundada e invoco a biografia de QT para provar. Apontem-me um filme do diretor (não do roteirista) que tenha uma sequência digamos “duro de matar”? Nenhum!

Parênteses: Cenas de ação em Cães de Aluguel: a fuga de Mr. Pink da joalheria; Pulp Fiction: a briga entre Butch e Marsellus Wallace no meio da rua; Jackie Brown: os vídeos de garotas de biquíni armadas com metralhadoras que Ordell e Louis assistem; Kill Bill vol. 1 e 2: a luta entre a Noiva e Vernita Green, o confronto na Casa das Folhas Azuis e o duelo com Elle Driver; Death Proof: não assisti, pois não o filme não saiu comercialmente no Brasil.

Tirando isso, você tem um filme recheado de diálogos impagáveis e cenas fortíssimas de violência pastelão (sem necessariamente estarem ligadas a uma sequência de ação) – é ou não é um clássico tarantinesco? Pois assim é Bastardos Inglórios, um delírio cinematográfico, uma reconstrução histórica não-oficial da guerra (pois a sétima arte dá esse direito) sensacional, além de apresentar os judeus de um ponto de vista totalmente diferente daquele grupo fraco e indefeso que estamos acostumados a ver. Desse último comentário, é impossível sair do cinema sem um sorriso sádico e sem nenhuma pena dos chucrutes. Além de tudo, Tarantino nos presenteia com um ato sublime, a cena em que Shosanna (a linda Mélanie Laurent) se maquia ao som de David Bowie. Só isso já vale uma, duas, três idas ao cinema!

Arrivederci!

PêEsse: Seja um bastardo! Clique aqui e esmague alguns nazis.

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No Clipe da Semana, David Bowie com Cat People (Putting Out Fire), décima primeira faixa da trilha sonora original de Bastardos Inglórios. Sounds good?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Humor

Pra começar a semana!

Geraldo Azevedo, com "Dia branco"! Uma pérola!

Se você vier, pro que der e vier, comigo
Eu lhe prometo o sol, se hoje o sol sair.

Boa semana!