sexta-feira, 29 de maio de 2009

Pra entrar o fim de semana...

Procurando a batida perfeita!

Um poema às sextas!

Desencanto, de Manoel Bandeira

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue.
Volúpia ardente...Tristeza esparsa...
remorso vão...Dói-me nas veias.
Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E neste versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

-Eu faço versos como quem morre.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Devaneios

Após uma noite de insônia e devaneios, cheguei (ou não) a algumas conclusões...

Amigos, poucos, seletos, confiáveis e bons!

Existem pessoas que se torna necessário evitar!

A maldade está enraizada no ser-humano, seja criança, adulto, homem, mulher...

Prefiro dez ressacas de vinho chapinha a uma moral!

Vodka, beba com moderação!

Absinto, não beba! Ou já peça a jaca pra enfiar o pé.

Cerveja, beba sem moderação... só não dirija depois!

Fofoca já é feio... feita por homens fica pior ainda!

Chico Buarque, quanto mais eu leio e escuto, mais eu gosto e admiro!

Mulheres, quanto mais eu conheço, mais previsíveis elas se tornam e conseqüentemente
menos eu entendo!

Mulheres, lindas e essenciais!

Ah, mulheres...

Não troco os meus 28 anos pelos 18 de ninguém...

Solteirice e liberdade, não tem preço!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Ao alho e óleo...

Ontem, Anderson e eu fomos conferir o documentário Simonal – Ninguém sabe o duro que dei. Idealizado pelo casseta Cláudio Manoel e bancado pela Globo Filmes.

O filme consegue transmitir, de maneira fiel e sem rodeios, a história de encantamento popular, ostracismo e uma busca triste no final da vida pelo reconhecimento cultural de um dos maiores artistas que a música brasileira já teve.

Simonal foi grandioso, o seu trato com a platéia era único, seu swing e sua musicalidade eram acima da média. Mas também caiu no lugar comum; negro, de origem humilde, foi picado pelo bichinho da vaidade; gastava mais do que ganhava e achou que fosse intocável. No primeiro deslize foi boicotado pela classe artística e tachado de informante do regime militar para o grande público.

Durante mais de 20 anos foi esquecido e aquele que nos anos 60 fazia frente ao Rei Roberto, chegou ao fim da vida alcoólatra e perambulando pelos programas sensacionalistas vespertinos para provar que nunca havia sido “cagueta”.

Um artista pleno, que muita gente não sabe que existiu, e que a sala de cinema com pouco mais de 10 pessoas reflete bem o ostracismo em que caiu.

Pra começar a semana, Meu Limão meu limoeiro, uma pérola do “Simona”, comandando a platéia do teatro da TV Record.

“Sem champignon, ao alho e óleo, no máximo uma cebolinha e uma salsinha cortada...”