sexta-feira, 9 de abril de 2010

Tira as flechas do peito...

Semana de tragédia e caos na cidade maravilhosa, dezenas de mortos e desabrigados.

Piadas e mais piadas, bairrismos, discursos inflamados, cinismo de governantes. O de sempre no país do carnaval!

É ruim ter a certeza de que toda essa comoção pelo povo carioca logo será substituida por outro assunto. Assim como aconteceu com as chuvas de São Paulo e Santa Catarina. Ou será que os governantes estão tomando alguma atitute preventiva? A resposta certamente é não!

Daqui a pouco vão maquiar tudo isso aí, afinal lá vem a Copa do Mundo no Brasil e as Olímpiadas no Rio. Licitações, obras, verba publicitária, turismo... não vamos querer perder essa mamata, não é mesmo?

Prefiro o otimismo à ironia e torço para que diante dessas tragédias recorrentes, medidas sejam tomadas.

A fúria da natureza não pode ser contida, mas o descaso pode ser substituído por atenção e prevenção!

Pra embalar o fim de semana e em homenagem ao Rio, uma linda canção de Moacyr Luz, Aldir Blanc e Paulo César Pinheiro, Saudades Da Guanabara. A letra pega na veia!

"Brasil
Tira as flechas do peito do meu Padroeiro
Que São Sebastião do Rio de Janeiro
Ainda pode se salvar"

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Erraram por pouco...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Os cariocas, a grama do vizinho e o clima

Estive no Rio de Janeiro em dezembro último. Foram 5 dias de descanso antes da maratona de trabalho que enfrentaria no final do ano. Gosto da cidade maravilhosa, apesar de conhecê-la pouco. Andei pelo “centrão” por horas; fui até às portas do tão falado Morro dos Macacos; batuquei na Portela e conheci um pouco mais a zona norte carioca. Tudo ótimo!

Fazia um calor infernal, com 33 graus às 23h. Fiquei hospedado na casa de um amigo, a 500 metros do Estádio do Maracanã, na Tijuca, o que aumentava ainda mais a temperatura na semana que antecedia os jogos finais do Campeonato Brasileiro.

Naqueles dias, em São Paulo, a chuva destruía uma parte da cidade. O noticiário carioca mostrava os desabamentos, enchentes e lágrimas. Provavelmente, por seu lado, os telejornais paulistas tratavam da troca de tiros nos morros cariocas por conta da tal UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).

Enquanto almoçava, na Vila Isabel, ouvi um carioca, com os “erres” e “esses” sublinhados, dizer algo como: “é só chover lá que os paulixxxtas ficam em baixo d’água”. Gargalhadas. Na TV, o jornal local mostrava os problemas em Carapicuíba e na zona leste de SP.

Lembro-me de ter pensado: “é engraçado, lá em SP os caras devem estar metendo o pau no RJ por conta dos morros; aqui, eles noticiam e ironizam a incapacidade crônica dos paulixxxtas em lidar com as chuvas”.

Em se tratando de certa rivalidade Rio-São Paulo, a grama do vizinho é sempre menos verde do que a nossa.


Chove há quase 24 horas no Rio. São, até agora, 95 mortos no estado (com cerca de 40 na capital). Em São Paulo, choveu torrencialmente durante 47 dias (com poucas horas diárias de estiagem). Por aqui, morreram 78 pessoas nesse período. O Rio enfrenta a maior chuva em 44 anos! Em SP, caiu água como não se via há 70 anos!

Fiquei com o ouvido colado ao rádio por boa parte do dia de hoje. Na Globo News, vejo agora o prefeito Eduardo Paes falando. Antes, assisti às entrevistas do governador Sérgio Cabral e do presidente Lula.

E estou impressionado com uma diferença fundamental: há - nas entrevistas, análises técnicas e comentários - um ar de colaboração, de condolência, de compreensão com a situação caótica dos cariocas e fluminenses, incluindo-se aí os próprios governantes.

Afinal de contas, trata-se de algo extraordinário: a maior chuva em quatro décadas!

Em SP, em situação semelhante ou pior, o clima era bem menos amistoso e menos compreensivo. As críticas eram mais ferozes – além de politizadas. À época, parecia que a chuva em SP era apenas uma brisa que destruía a cidade. Hoje, parece que o RJ passou por um tsunami e que, por sua excepcionalidade, merece compreensão.

Vai entender... Pau que bate em Chico não bate em Francisco!

Se é que posso assim dizer, prefiro, em casos excepcionais, a suposta “não-politização-compreensiva” carioca à “crítica-politizada” paulistana! A sensação de solidariedade ajuda a sair do buraco.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

16 anos sem aqueles olhos azuis...



No dia 5 de abril de 1994, o maior ícone da música grunge apertou o gatilho de sua espingarda ferindo não só seu belo rosto como os corações da imensa legiões de fãs que foi cultivada pelo mundo.

O problemático Kurt Cobain, tímido e ao mesmo tempo polêmico fez história mediante letras marcantes e apresentações diferenciadas ao longo de sua curta carreira.

O CGC não poderia deixar de apresentar uma singela homenagem a quem influenciou (e sim, ainda influencia), tantos corações e mentes jovens sedentas por algo que ainda valha a pena ser ouvido e tocado.

Para quem é fã de Kurt, do Nirvana, de Courtney Love (a viúva um tanto quanto indiscreta de Cobain) ou apenas de uma biografia muito bem escrita, a dica é ler "Mais Pesado Que o Céu" (Heavier Than Heaven), de Charles Cross. A obra é de descrição impecável e, por que não dizer?, angustiante como a maioria dos anos de Kurt Cobain entre nós. Ela impressiona por sua qualidade e pela emoção que transmite ao leitor, fazendo com que mesmo quem não é fã do falecido biografado fique boquiaberto com a vida do mesmo.

PêEsse: Editoria CGC, visitantes, críticos, admiradores etc.: voltei!

Pra começar a semana!

Sempre tive uma identificação fortíssima com os filmes do Rocky, marcou a minha infância e adolescência e continuou me acompanhando na minha carreira profissional.

Não lembro exatamente quando começou, talvez 2003 ou 2004, e desde então sempre que me sinto desmotivado ou quando chega aquelas semanas malucas de batimento de meta, eu sempre assisto algum filme da saga. Serve como um gatilho motivador. O enredo do filme me encanta; a história da batalha do Stallone pra conseguir viabilizar o filme; o próprio personagem, é aquela coisa bem crua de batalhar pelos sonhos com as próprias mãos, não há exemplo mais direto do que um lutador de boxe. Sem falar na trilha sonora e na canção Eye of the Tiger que traduz perfeitamente a energia do filme.

É maluco, porque em algumas lutas, mesmo eu já sabendo que ele perde, fico torcendo pela vitória e as sensações são as mesmas. E olha que eu já assisti uma pancada de vezes.

Semana passada me mandaram esse vídeo de um coral de crianças interpretando Eye of the tiger, muito bacana a naturalidade e a alegria sincera delas.

Pra começar a semana com Olhos de Tigre!

Ótima semana a todos!