quinta-feira, 25 de março de 2010

Só um comentário...

Pretendia não comentar nada sobre o julgamento dos Nardoni, o assunto já está sendo borbardeado demais em todas as mídias.

Mas uma coisa me chama a atenção nisso tudo, apesar da visível culpa e iminente condenação do casal, essa cumplicidade entre os dois é uma coisa impressionante. Pode até ser estratégia e coisa e tal, mas me impressiona muito essa frieza, até uma certa calma em relação a tudo.

É aguardar pra ver a reação dos dois se a condenação for efetivada. Saber se o comportamento vai mudar, se vão acusar um ao outro, se vai surgir alguma situação nova. É esperar!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Histórias de amor duram apenas 90 minutos

No filme de Paulo Halm, 90 minutos bastam para contar uma história de amor.


A história é narrada por Zeca (Caio Blat), um escritor, ou melhor, um quase escritor cujo romance empacou na página 50.

Casado com Júlia (Maria Ribeiro), Zeca paira entre as incertezas do que deve fazer da vida, já está com quase 30, vive da mesada do pai e da herança da mãe, não realizou nada e não consegue inspiração para escrever e a paranóia do ciúme pela mulher, que tem uma amiga próxima, Carol (Luz Cipriota) - e aqui só um comentário, a argentina Luz Cipriota é um espetáculo, muito charmosa, é daquelas que acaba com qualquer casamento.

O desenrolar da trama é o suposto caso entre as amigas e o envolvimento do escritor com a melhor amiga da esposa.

O cenário do filme me agrada, passeia pelas ruas da Lapa e a praia de Ipanema, as andanças do personagem e seus conflitos são muito bem retratados e dão o tom.

O ponto alto são as cenas entre Zeca e seu pai (interpretado por Daniel Dantas), diálogos muito bem construídos, uma química bem bacana entre os dois atores.

O filme prende a atenção pela expectativa do desfecho desse triângulo amoroso, rende boas risadas, tem algumas cenas impagáveis, que não vou contar para não estragar a sessão de quem pretende assistir. Além de trazer ótimas referências literárias.

Uma pena ficar restrito ao circuito Augusta (apesar dos Globais, a platinada não está distribuindo o filme), muita gente deixa de assistir por desconhecimento ou por preguiça de ir até a região.

O CQC, a TV e a cabeça do brasileiro

O programa CQC (Custe o que Custar), da Band, entrou numa polêmica nesta semana ao testar, ainda que sem nomeá-lo, o grau de privatização da coisa pública em uma cidade de São Paulo.

Os simpáticos jovens de terno preto decidiram presentear uma prefeitura qualquer, escolhida por sorteio, com uma TV de plasma para ser doada a uma escola municipal. Para ter certeza do seu destino, o programa instalou um GPS no televisor.

Barueri foi a cidade sorteada e a Secretaria de Educação recebeu o aparelho, que passou a pertencer, pois, ao Patrimônio Público.

Porém, a TV não chegou até a escola. Seu destino foi a casa de uma funcionária da prefeitura. (Clique AQUI para assistir à entrevista com o prefeito de Barueri)

Por quê? Ah, talvez porque ela tenha gostado da tela plana ou porque precisasse de uma televisão nova.

Ou, quem sabe, porque ela, tal qual significativa parcela dos brasileiros, não viu problemas em se apropriar de algo que é público.

Esse caso não revoltará, certamente, 17% dos brasileiros, que consideram que “se alguém é eleito para um cargo público, deve usá-lo em benefício próprio”. Nem incomodará 74% (sim, três quartos da população!), que pensam que “cada um deve cuidar somente do que é seu, e o governo cuida do que é público”.

Esses dados estão no livro “A Cabeça do Brasileiro”, do sociólogo Alberto Carlos de Almeida, lançado em 2007 pela editora Record.

Uma boa dica de leitura para os interessados em saber o que os brasileiros pensamos (claro, a partir de pesquisa com metodologia específica e explicada no início do livro) sobre ética, sexualidade, jeitinho, fatalismo, raça, política etc.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Pra começar a semana...

O poder do abraço II

FREE HUGS CAMPAIGN.ORG

oooo

O poder do abraço!

Ontem assisti o longa Aproximação, de Amos Gitai, que tem como estrela Juliete Binoche (maravilhosa!! o motivo pra eu ter assistido o filme).

O fio da história é a mãe em busca da filha abandonada e os conflitos na faixa de gaza entre palestinos e judeus. O filme se arrasta com planos longos, alguns sem diálogo e não acontece nada de muito interessante.

Somente uma cena me chamou a atenção e conseguiu, de certa forma, salvar a sessão.

No reencontro entre mãe e filha: um longo abraço! Não foi preciso palavras, nada, somente o abraço, uma intensidade emocionante, o olhar trocado entre as duas, um carinho sufocado, um desabafo, o arrependimento da mãe, o perdão da filha, tudo ali, resumido na grandeza de um sincero abraço.

domingo, 21 de março de 2010

Cinquentão!

Senna, cinquentão!


O tempo passa rápido demais e apesar de alguns sopros, as manhãs de domingo nunca mais foram as mesmas...