sábado, 16 de agosto de 2008

Pequenas Igrejas, Grandes Negócios


sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Pra embalar o fim de semana!

Aproveitando o ensejo da Ossétia do Sul e lembrando das manifestações "Tibete Livre", um tiquinho de Rage Against The Machine, com Vietnow. Pra embalar e rememorar os bons tempos, não é Edu?


quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Retrato


O judoca Eduardo Santos reflete a atual situação esportiva do Brasil.

Em tempos de Olimpíada, somos tomados por aquela torcida de ocasião, um sentimento elevado de patriotismo. Assistimos ginástica, judô, natação, tiro ao alvo, levantamento de peso, qualquer competição que tenha um brasileiro envolvido.

Os narradores se esforçam para dar emoção às competições, na maioria das quais nossos atletas não têm condições de chegar entre os primeiros. Ficamos em frente à TV torcendo, quase sempre em vão.

Quem conhecia o judoca Eduardo Santos? Creio que ninguém. O cara chegou numa disputa de medalha por batalha própria, com ajuda de amigos e familiares. Não tem patrocinador e muito menos ajuda do governo.

Se ele ganha a medalha, chega no Brasil como herói nacional, participa do Faustão, dos jornais globais. Talvez até conseguisse um patrocínio e coisa e tal.

Mas e daí? Cadê a base? Quantos atletas existem por aí, batalhando um patrocínio e treinando em condições precárias.

A mídia que detém a maior força de cobrança perante aos governantes; deveria - ao invés de comemorar o oitavo lugar na natação e na ginástica, o quarto lugar no judô e etc. – cobrar fortemente as autoridades competentes pelas federações, o governo, seja lá quem for, mas cobrar.

Ganhar uma medalha de bronze (sem querer tirar o mérito) não devia ser tratado como uma coisa excepcional. Precisamos parar de se contentar com pouco. É o tal do complexo de vira-lata.

Olha o tamanho do nosso país! Quanta criança sem ter o que fazer o dia inteiro, pedindo dinheiro no farol.

É uma questão de boa vontade, disciplina e querer ser o melhor naquilo que faz.

Ficamos dependentes de surgir um Aurélio Miguel, um Gustavo Borges, um Robson Caetano por aí. Talentos isolados, exceções à regra.

Voltando ao nosso judoca e “lutador”: não tem que chorar no microfone da Globo e nem se envergonhar porque perdeu. Tem que GRITAR e cobrar: cadê estrutura, patrocínio e incentivo. Aproveitar a exposição, porque daqui uma semana ninguém mais lembrará.

O talento e a genialidade do Phelps são incontestáveis. Mas a estrutura que ele tem ajuda bastante.

Como querer se candidatar pra uma Olimpíada, gastar milhões, se não temos o básico, que é uma estrutura decente para nossos atletas?

A alma líquida do jazz

Todo sábado às 20h00 a Rádio Eldorado FM 92,9 apresenta o Jazz Masters, encabeçado pelo produtor e locutor Paulo Mai, e Sérgio Scarpelli, publicitário e DJ. Foi ouvindo o programa que descobri um combo fantástico, o Liquid Soul. Com a palavra, o próprio Sérgio.

Liquid Soul – Make Some Noise

Este álbum não é uma grande novidade. Aliás, foi lançado lá em 1998.

Mas vale muito a pena o registro pois trata-se de um dos melhores álbuns de acid jazz que eu já ouvi. E para quem ama o estilo e não conhece a banda, esta indicação vale ouro.

O Liquid Soul é uma big band de Chicago comandada pelo saxofonista Mars Williams. Faz uma mistura incrível de jazz, funk e soul que realmente sacode a moçadas. Muitos metais, percussão, bateria rasgada, baixo, guitarra, e uma pitada na dose exata de samplers. O Liquid Soul faz o jazz dançar.

Além de Mars, fazem parte desse CD o trombonista Tom Sanchez, e vocalistas como Dirty MF, Trine Rein, Yvonne Gage e Simone (filha de Nina Simone). Ainda conta com os DJs Ajax e De la Pena.

“Make Some Noise” é um disco irrepreensível que encanta a cada faixa. Principalmente na música “I want to want me”. Um balanço delicioso onde Yvonne Gage dá uma aula de groove. Só ela já valeria o CD.

Mas tem outras, e que outras. “Threadin’ The Needle”, My Three S.O.B.’s” e “Ricky’s Hat”.

O Liquid Soul está com CD recente chamado “One-Two Punch”. Muito legal também, com músicas mais instrumentais que dão uma certa flertada com a House. Mas se for pra escolher apenas um CD da banda, fique com “Make Some Noise”. Velhinho mas que ainda dá um belo caldo”.

E digo mais... Liquid Soul é um desbunde, um ato sexual para os ouvidos.

Dica para os meninos: Convide-a para um jantar na sua casa. Prepare todo o ambiente; um bom prato, um bom vinho, perfume-se sem frescura e escove os dentes. Ligue o computador e deixe o clipe da semana no ponto. Aperte o Play e bom orgasmo!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Poesia dos morros

Beijos, ainda quero
Mais beijos dos lábios teus
Beijos, para satisfazer os meus
Beijos, nem que sejam de falsidade
Beijos, melhor que fossem de verdade.
(Cartola)

Trecho de um dos sambas apresentados pela Estação Primeira de Mangueira, em sua primeira disputa de carnaval, no ano de 1929.

Da série "Criatividade"

E por falar em Pequim...


terça-feira, 12 de agosto de 2008

Como escolher um livro para ler

Outro dia me peguei pensando por que escolhia tal ou qual livro para começar a ler! As hipóteses (sem ordem de valor):

1. Porque alguém, com gosto não duvidoso, recomendou. Até porque se as senhorinhas que lêem Zibia Gasparetto no supermercado me indicarem alguma leitura, apenas agradecerei com um sorriso amarelo.

2. Porque li uma resenha bem feita no jornal – claro, desde que não haja grau de “parentesco” entre o autor da obra e o responsável pela crítica.

3. Porque uma capa ou uma lombada, de tão bonitas, se destacam na estante da livraria ou da biblioteca. Sim, é impressionante o poder de uma capa bem feita e de um projeto gráfico que não seja R$0,99!

4. Porque o título é muito curioso e as orelhas são bem escritas.

5. Porque tenho obrigação profissional.

6. Porque o livro é um clássico ou de um autor clássico.

7. Porque o livro é um best-seller – claro, desde que o autor seja alfabetizado.

Pensei, pensei e concluí que eram esses os motivos. Aí fui fazer o teste: por que comecei a ler o livro que agora está na minha cabeceira? O livro: “As travessuras da menina má”, do Mario Vargas Llosa.

O motivo?

Não era propriamente nenhum dos acima listados!

Puxei pela memória e me lembrei o motivo. Eu estava no metrô da Cidade do México e ao meu lado um jovem senhor devorava as últimas páginas de um livro. Ele estava entusiasmado, ansioso, rindo a cada parágrafo – embora o vagão estivesse lotado e o relógio ainda não tivesse marcado oito da manhã.

Eu, curioso, espichava o pescoço para descobrir o livro. Mas nada! Na última página, o senhor ria mais ainda, apoiando o queixo sobre a mão esquerda que estava encostada no vidro e olhando para o reflexo da multidão em pé, agarrada nos ferros. Ele sorria e pensava sobre o que acabara de ler. E eu, quase morto de curiosidade, continuava louco para descobrir o autor ou o nome do livro.

De repente, quando estávamos chegando à estação final, ele se levantou e, de relance, vi o título: “Las travesuras de la niña mala”.

Ufa, que alívio! Enfim descobrira o que levava aquele senhor a se divertir tanto, tão cedo! Além disso, acabara de ganhar, por meio de um sorriso despretensioso, uma boa recomendação de livro – que, por sorte, eu já tinha comprado.

Obrigado, jovem senhor anônimo mexicano! A sua satisfação valeu mais do que recomendações pessoais, resenhas, críticas, capas ou orelhas! O livro é realmente bom e vale muitas risadas!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Pra começar a semana!

Para esta semana olímpica, e ainda de olho nos mestres do piano: Marcus Roberts tocando um trecho da clássica Blue Monk, de Thelonious Monk!

Troféu CGC da semana*

LI NING – o príncipe dos ginastas

O maior atleta chinês do século 20 teve a honra de caminhar no ar e acender a pira, num dos momentos mais belos de todas as aberturas de jogos olímpicos. Li conquistou três ouros, duas pratas e um bronze nas Olimpíadas de Los Angeles 84.


PATRÍCIA PILLAR – aFlora a maldade

Ela começou o folhetim como a coitada injustiçada. Nessa última semana, Flora mostrou sua verdadeira faceta, confessando o assassinato de Marcelo, virando as costas para a filha Lara, para Irene, e dando uma reviravolta na trama. Ponto para João Emanuel!

* à caça...