Fim de ano é sempre a mesma coisa, especial da Xuxa pra cá, Roberto Carlos pra lá e dá-lhe retrospectivas. E quem nunca fez a sua?
Aproveitando a passagem do The Police, o último grande espetáculo antes do “show da virada”, vou fazer a minha retrospectiva 2007. Não se trata de um apanhado dos grandes nomes da música que passaram por aqui, e olha que não foram poucos, mas uma geral de tudo que eu vi nos últimos 351 dias.

Tudo começou no dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, e lá fui eu para o Parque da Independência conferir a sempre vital apresentação da
Nação Zumbi, depois
Tom Zé e
Mutantes (com tia Rita metamorfoseada de Zélia Duncan). A partir daí o ano foi basicamente punk! Fevereiro, no Kazebre Rock Bar, teve
Cólera,
Inocentes e
Garotos Podres (com direito a Mercenárias no palco 2). Março foi a vez de matar saudades do Hangar 110 e conferir o transpirante show do
Matanza. Em abril foram três pauladas na seqüência:
Velvet Revolver +
Aerosmith (12/04),
Bad Religion (14/04) – apresentação que invadiu a madrugada do dia 15, por isso posso dizer que os caras tocaram no meu aniversário – e fechando o mês, no dia 28/04, o sensacional
Motörhead (e
Matanza na abertura).
Prometi parar, porém veio a Virada Cultural e festa punk às 10h00 com
Cólera,
Ratos de Porão,
Garotos Podres,
Inocentes,
Plebe Rude e
Zélia Duncan (?!?). Finalmente o último do ano, 14/07, no Centro Cultura Vergueiro conferi a gravação ao vivo do primeiro (e ainda inédito) dvd dos
Garotos Podres. Aja pogo hein!!!
Se o Steward Copeland tivesse tocado em São Paulo eu jogaria no rotativo, mas no Rio... não obrigado. Depois de julho meu dinheiro acabou e não vi mais nada.
Do pessoal acima, o show mais emocionante foi sem dúvida Aerosmith no Morumbi. Foi a primeira vez que vi, em carne e osso, um rockstar de verdade na minha frente. Eram caras e bocas (principalmente boca), cabelos ao vento, lenços no pedestal, solos e mil poses. A disposição dos coroas era incrível. Clássicos eram derramados um atrás do outro: as pedradas Love In A Elevator, Toys In The Attic, Janie’s Got A Gun e Draw The Line; e as românticas Cryin’ e I Don’t Want To Miss A Thing fizeram os marmanjos (inclusive eu) ligarem para suas amadas no meio do show. Como disse João Gordo certa vez “os caras cheiraram um avião de cocaína e estão aí até hoje... é preciso respeitá-los”.
No clipe da semana a gente confere a apoteose do show, do álbum homônimo de 1973, Dream On ao vivo em São Paulo.