sexta-feira, 2 de abril de 2010

Rabo preso?

O projeto de lei 564/06, de autoria dos vereadores Antônio Goulart e Agnaldo Timóteo, que determina que eventos esportivos na cidade de São Paulo devem terminar até as 23h15, aprovado pela Câmara, foi vetado ontem por Gilberto Kassab. Após uma análise das razões do veto a Câmara pode derrubar a decisão do prefeito. A pergunta que fica é: Quais seriam as razões para o veto de um projeto de lei que visa o bem estar e a segurança do torcedor?

PêEsse: quem foi ontem ao estádio do Pacaembu assistir a vitória corintiana de 2x1 frente o Cerro Porteño (PAR), jogo realizado as 19h15, pode comentar o tão gosto que é sair do estádio cedo, tomar uma cerveja e papear sobre a partida tranquilamente...

Intolerância religiosa?


Alguns jogadores do aclamado time da Vila Belmiro acabam de dar um péssimo exemplo. Numa ação programada de distribuição de ovos de páscoa a uma entidade de assistência a crianças com paralisia cerebral, mantida por um centro espírita na cidade de Santos, parte do elenco se recusou a participar. Neymar, Ganso, Robinho, André, Fábio Costa, Durval e Marquinhos ficaram dentro do ônibus da equipe na porta do Lar Espírita Mensageiros de Luz. O motivo para alguns não participarem era a divergência de profissão religiosa.

Se à distância condenamos ataques terroristas ou conflitos religiosos pelo mundo, fica a pergunta: o que se está construindo no Brasil? Que perfil tem essa nova religiosidade brasileira? A divergência de credo religioso implica selecionar onde se faz caridade?

A propósito os ovos de páscoa não foram bancados por nenhum dos ilustres jogadores, mas pagos por um dos patrocinadores da equipe santista. Vergonha!

P.S. Felipe, Edu Dracena, Arouca, Pará e Wesley, além do técnico Dorival Jr, participaram da atividade.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Tenho pressa...

Quero correr! Quero andar! Quero conhecimento! Quero barulho! Quero silêncio! Quero me embriagar! Quero curar a ressaca! Quero amigos! Quero amor! Quero solidão! Quero rir! Quero chorar! Quero um banquete! Quero simplicidade! Quero todos os livros! Quero todas as músicas! Quero o sol! Quero a brisa! Quero a chuva! Quero tudo! Quero nada!

Tenho pressa... e por isso vou devagar!

terça-feira, 30 de março de 2010

Reflexão

Existe um momento na vida do homem em que é preciso parar e comprar cuecas novas.

segunda-feira, 29 de março de 2010

E o que virá?

Diante do exposto no texto anterior faço uma aposta arriscada de prever o futuro.

1) Teremos uma eleição acirrada e com candidatos que não tem o mesmo carisma dos presidentes anteriores. Os acirramentos se desdobrarão durante o exercício do mandato.

2) Que a mídia, que na reeleição de Lula perdeu uma eleição pela primeira vez após o fim da ditadura, exercerá papel fundamental na opinião que se formará sobre quem vença as eleições, assim como os movimentos sociais tendem a ser mais combativos no próximo quadriênio. Tudo dependerá dos resultados eleitorais. Cada pólo político tem suas armas e nenhuma figura capaz de ser força aglutinadora, por enquanto, como o foram FHC e Lula.

3) Que partidos que não se lançam na arena política aparecerão, cobrando altas faturas, para apoiar qualquer que seja o vencedor. Ou alguém acredita que nossa criatividade política é tão maior do que qualquer outro povo para termos mais de 20 partidos políticos?

Eleições e popularidade

A rodada de pesquisas Datafolha no final de semana não é surpreendente em seu cerne central. Serra sai na frente e Dilma tem fôlego. Os outros são figurantes com direito a protagonismos eventuais. A campanha mesmo só depois da Copa.

A popularidade de Lula, no entanto, é algo que merece uma reflexão associada ao período FHC-Lula.

1) A alta popularidade de Lula favoreceu a inexistência de crises sistemáticas ou mesmo institucionais. Crises políticas, por certo, existiram e fazem parte do jogo. Se Lula tivesse uma popularidade medíocre o país teria entrado em uma série de ameaças de golpismos etc. De um lado os movimentos sociais, de outro a mídia e os setores mais conservadores. A polarização seria mais acirrada. Notem que, com tamanha popularidade, pelas páginas dos jornais a impressão é de uma catástrofe retumbante. Agora, imaginem, se o governo não tivesse robustos índices de popularidade?

2) E o que FHC tem a ver com isso? Que o governo dele não teve a popularidade de Lula, nem no auge do real, mas também não teve crises institucionais. A questão é inversa: FHC, o “príncipe da sociologia” tupiniquim, tinha (e tem) simpatia e grandes defensores entre os formadores de opinião com lugar reservado na imprensa, com especial destaque para alguns veículos. A carência de sustentação popular era contraposta àquele apoio.

domingo, 28 de março de 2010

Eleições 2010

Faltando cerca de sete meses para as eleições começa a ficar insuportável o nível das trocas de ofensas e acusações nos blogs, sites de política e correntes de e-mail.

Esse aumento de temperatura vem obrigando alguns jornalistas a pedirem moderação ou até mesmo a vetarem certos tipos de comentários que, provavelmente, se fossem feitos em outros meios de comunicação, resultariam em processos.

Além disso, começaram a surgir denúncias de recebimento de verbas públicas feitas por jornalistas teoricamente “serristas” aos “dilmistas” e vice-versa, o que transforma a internet em um local onde a chamada “guerra-suja”, comum em períodos eleitorais, caminha com mais desenvoltura.

Infelizmente, a tendência é de piora constante até outubro, o que acaba limitando o debate político, pautado pelo anonimato e pela baixaria.

Afinidade

Desde sempre escutei aquela máxima de que os opostos se atraem. E de certa forma sempre fui levado a acreditar nisso.

A princesa e o plebeu, o negro e a loira, o amor dos filhos de famílias inimigas, diferenças de religião, o cara calmo com a mulher explosiva são alguns exemplos de amores entre opostos e que vemos por aí em filmes, novelas, em nossa família, no círculo de amigos, tem sempre uma historinha nessa linha.

Sendo bem racional e olhando para essas "diferenças", se é que são diferenças, e são frutos de preconceitos, paradigmas e crenças. É superficial, não acho que seja o ponto da atração!

Nesse mundo dinâmico em que tudo acontece num piscar de olhos, esses muros, essa cegueira de preconceito não cabe mais para julgar relacionamentos, ou pelo menos não deveria caber.

O que percebo, e falando por mim, é que estamos cada vez mais individualistas, independentes, egoístas até. E o que buscamos no outro são afinidades, valores semelhantes, sonhos para se compartilhar. Se isso não rola, a coisa não vai pra frente e o ficar sozinho já não é o fim do mundo, a conveniência nas relações, o namorar por namorar não satisfaz.

Os amantes, apaixonados, aqueles que aos olhos da sociedade, amparada por mitos e preconceitos, são vistos como opostos e que essa oposição é o que determina o romance. Esses, certamente, são alinhados e caminham juntos no campo da afinidade.