segunda-feira, 29 de março de 2010

Eleições e popularidade

A rodada de pesquisas Datafolha no final de semana não é surpreendente em seu cerne central. Serra sai na frente e Dilma tem fôlego. Os outros são figurantes com direito a protagonismos eventuais. A campanha mesmo só depois da Copa.

A popularidade de Lula, no entanto, é algo que merece uma reflexão associada ao período FHC-Lula.

1) A alta popularidade de Lula favoreceu a inexistência de crises sistemáticas ou mesmo institucionais. Crises políticas, por certo, existiram e fazem parte do jogo. Se Lula tivesse uma popularidade medíocre o país teria entrado em uma série de ameaças de golpismos etc. De um lado os movimentos sociais, de outro a mídia e os setores mais conservadores. A polarização seria mais acirrada. Notem que, com tamanha popularidade, pelas páginas dos jornais a impressão é de uma catástrofe retumbante. Agora, imaginem, se o governo não tivesse robustos índices de popularidade?

2) E o que FHC tem a ver com isso? Que o governo dele não teve a popularidade de Lula, nem no auge do real, mas também não teve crises institucionais. A questão é inversa: FHC, o “príncipe da sociologia” tupiniquim, tinha (e tem) simpatia e grandes defensores entre os formadores de opinião com lugar reservado na imprensa, com especial destaque para alguns veículos. A carência de sustentação popular era contraposta àquele apoio.

2 comentários:

Edu Zanardi disse...

Zé, como ficaria essa questão da popularidade com os candidatos Serra e Dilma? Pelo que parece, Serra tem mais popularidade entre as massas e simpatia da elite do que Dilma. Serra, nesse caso, seria o presidente ideal para gregos e troianos?

Anônimo disse...

Pode ser que o Serra tenha a simpatia da elite e popularidade entre as massas. Mas Dilma tem a Máquina Estatal e seu padrinho é o Presidente da República. Além disso temos que pensar que as classes C,D e E formam a maioria, a massa de manobra e será essa maioria de BOLSISTAS que definirá o futuro nacional!!