sábado, 17 de janeiro de 2009

Mais estádios para 2014

Brasília
Campo Grande

Rio Branco

Das 18 cidades apenas 4 serão eliminadas. Arrisco o palpite: Rio Branco, certamente. Uma do Nordeste (Natal ou Maceió?). Uma do Centro-Oeste (Cuiabá ou Campo Grande). Uma do Sul (Curitiba ou Floripa?). Se optarem por preservar as 3 capitais do Sul, o Centro-Oeste fica apenas com Goiânia e Brasília.

Critérios geográficos, políticos e futebolísticos.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Os projetos de estádios para a Copa 2014

Belo Horizonte

Porto Alegre

Maracanã

Salvador

Recife

Morumbi

Florianópolis

Manaus

Bye, bye BUSH


Pesquisas sobre a popularidade de presidentes dos EUA. George W. Bush tem a 3a pior taxa de aprovação e a 2a maior taxa de reprovação. Perdeu apenas para Nixon, que renunciou após o escândalo Watergate, em 1974.


Se a pesquisa fosse em todo o mundo.


Não deixará saudades.

Leve 3 Pague 2

Um fim de semana cercado de mulheres intrigantes.

Closer – Perto Demais (Closer), 2004.
Pecados Íntimos (Little Children), 2006.
Um Beijo Roubado (My Blueberry Nights), 2008.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A foto presidencial de Obama


God save the queen

Depois de Madonna - a rainha do pop - chegou a vez de ver de perto a rainha-mãe do pop de volta ao Brasil.

Dia 17 de janeiro na Arena Skol Anhembi em São Paulo, com transmissão da Globo; e 19 na Praça da Apoteose no Rio.

No Clipe da Semana, Sir Elton John com a clássica Goodbye Yellow Brick Road de 1973.

E os Globos de Ouro foram para...


Depois do marasmo que foi a coletiva de imprensa que divulgou os vencedores do Globo de Ouro do ano passado - devido a greve dos roteiristas, a Associação de Imprensa Estrangeira fez uma grande festa para comemorar a 66ª edição da premiação, que aconteceu em Los Angeles no último domingo.

Além do prêmio póstumo para Heath Ledger, grande expectativa da noite, pela excelente interpretação de Coringa em Batman – O Cavaleiro da Trevas, e do prêmio de melhor ator de drama para Mickey Rourke, com a cara do pai do Coringa (!), quem roubou a cena foi a inglesa Kate Winslet.

Kate derrubou estrelas como Angelina Jolie, Anne Hathaway, Meryl Streep, Penelope Cruz e Marisa Tomei. Após receber o segundo troféu da noite, a inglesa educadamente pediu desculpas para as companheiras por, digamos, ‘roubar’ dois prêmios: melhor atriz de drama em Apenas Um Sonho (do maridão Sam Mendes e do velho amigo Leo DiCaprio), e melhor atriz coadjuvante em The Reader. Sensacional! Eu nunca vi nada parecido na história das premiações para o cinema. Uma atriz/ator faturar de cara dois grandes prêmios numa mesma noite é inédito!
Alguém aí sabe de algum caso parecido??

E quem venha o Oscar 2009. Que me desculpe La Jolie, mas eu torço por Kate!!!

Clique aqui e confira a lista completa dos ganhadores do Globo de Ouro 2009.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A História nos vestibulares

Tive que montar um banco de questões de vestibular para os que usam meu livro e de Célio Tasinafo (História Geral e do Brasil. Ed. HARBRA). As provas consultadas, dos últimos 3 anos, são das principais Universidades públicas do Brasil. Sabendo que os vestibulares direcionam, lamentavelmente, muitos planejamentos segue uma pequena lista de comentários sobre o que se cobra por este país afora.

A atividade serve para partilhar com estudantes e interessados algumas tendências dos últimos anos. De forma geral posso afirmar:

- O grande tema é o Brasil do século XIX, mais especificamente o Segundo Reinado. Em todas as regiões há uma demanda alta sobre temas clássicos: a escravidão, a guerra do Paraguai, a política imperial, a imigração, a industrialização, a economia do café etc.

- Outro tema frequente é a Era Vargas (1930-1945). As observações no entanto, variam muito de enfoque, quando se compara RS, SP ou RJ na elaboração das questões;

- as ditaduras do Brasil, Argentina e Chile são comuns em vestibulares por todo país. Depois do XIX o tema das ditaduras é o mais cobrado.

- Nas universidades nordestinas, com provas interessantíssimas, muitas questões relativas a rebeliões: desde a era colonial até Canudos;
- Na UFMG a história mineira do período colonial é tão certa quanto as tempestades de verão; as universidades do Sudeste também enfatizam muito a República Velha e os clássicos temas do modernismo, política de governadores, café-com-leite etc.

- Sobre História Geral duas coisas me deixaram intrigado: a quase ausência de questões sobre a II Guerra Mundial. As ênfases são no período anterior, com os regimes totalitários, e posterior, com a Guerra Fria; e um espaço menor para a Revolução Francesa. Os processos relacionados a ela foram menos solicitados do que os processos das revoluções inglesas;

- Temas clássicos como a Independência dos EUA e da América Latina ainda são pouco explorados. Mas há uma cobrança mais frequente sobre estes assuntos na UFRJ, UFF, UFG e na FUVEST;

- História Medieval é outro clássico. Muito frequentes as questões sobre feudalismo, relações entre Igreja e conhecimento, além da política medieval;

- Em História Antiga, Roma reina soberana em sua disputa com Grécia. Na UFPE, UPE, UFC, UFS há muito espaço para Egito: tema ignorado no Centro-Sul.

- Índia e movimentos de descolonização na África também são mais freqüentes do que o século XX na América Latina;

- Há uma demanda cada vez mais freqüente por análises de imagem. UFG, UnB e UFMG se destacam neste aspecto. Atualidades e efemérides, ao contrário do que insistem os jornalistas de plantão, são menos frequentes. É um mito.

Recado simpático e eficiente

A foto acima é da esquina da Rua Tereza com Rua Serra de Jairé, no bairro da Moóca.

Normalmente essa esquina ficava cheia de lixo, depois do poético recado, o aspecto melhorou muito.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Conselho masculino

Caro Roberto,

Espero que você possa me ajudar. Outro dia, de manhã, eu peguei meu carro e saí para trabalhar, deixando meu marido em casa vendo televisão, como sempre. Eu rodei pouco mais de um quilômetro, quando o motor morreu e o carro parou. Então eu voltei para minha casa, para pedir ajuda ao meu marido.

Quando cheguei lá, nem pude acreditar naquilo que meus olhos estavam vendo. Ele estava no quarto, com a filha da vizinha!

Eu tenho 32 anos, meu marido 34, e a garota 22. Nós estamos casados há dez anos. Quando eu o interpelei, ele confessou que eles estavam tendo um caso há seis meses. Eu disse a ele para parar com isso, senão eu o deixaria.

Esclareço que ele foi demitido do seu emprego há seis meses e desde então tem estado muito deprimido. Eu o amo muito, mas desde que eu lhe dei aquele ultimato ele tem estado muito calado, ausente, distante. Ele não está se cuidando e eu temo não poder tê-lo de volta nunca mais. Estou desesperada. Você pode me ajudar?

Antecipadamente grata.

Marisa

***

Cara Marisa,

Quando um carro para, depois de haver percorrido uma pequena distância, isso pode ter ocorrido devido a uma série de fatores. Comece por verificar se tem gasolina no tanque. Depois veja se o filtro de gasolina não está entupido. Verifique também se tem algum problema com a injeção eletrônica. Se nada disso resolver o problema, pode ser que a própria bomba de gasolina esteja com defeito, não proporcionando quantidade ou pressão suficiente nos injetores.

Espero ter ajudado.

Roberto

Sobre São Paulo


Como qualquer grande metrópole, São Paulo possui contradições infinitas. Qualquer tentativa de descrevê-la é reducionista e injusta. No ano passado, num dos posts mais comentados em nosso blog foi sobre a cidade.


Retomo o tema por uma provocação em conversas com o Anderson , Fabio e Eduardo. Há uma questão histórica que perpassa o olhar sobre a cidade que é seu conservadorismo e sua forma de excluir, supostamente integradora. As predileções da “cidade que não para”, que é “extremamente profissional”, que “tem pressa”, que é uma “ilha de eficiência” indicam um comportamento supostamente asséptico, sem vinculações e responsabilidades maiores do que acontece ao seu redor e com a maioria de seus habitantes. Em nome da ideologia do êxito as pessoas se atropelam e seguem desconhecendo o que está próximo delas.


A cidade dos noticiários é divida assim: começa na Cidade Universitária e avança até a Mooca, quando se trata de lazer, de opções culturais, serviços etc. Há uma ou outra ilha em outras regiões como Tatuapé e Santana. Os confins da ZL e da ZS só aparecem nas chacinas e violências desmedidas. O encrave da cracolândia parece irremovível, como se a questão fosse apenas a simplicidade de constatar que existem pessoas que vagam como almas penadas pelas ruas centrais. Quando a prefeitura pôs os concretos no viaduto da Dr. Arnaldo/Paulista para evitar “moradores de rua”, eles resistiram por dias, mas foram vencidos. Pronto: não temos mais o problema. Desaparecido de nosso olhar, desaparecido está. Para onde foram estas pessoas? Que fim levaram?


É injusto reduzir a cidade ou qualificá-la assim. Há uma quantidade incrível de pessoas criativas, dinâmicas, atuantes – mas esta é uma faceta que a cidade tanto se orgulha e, ao mesmo tempo, apenas legitima discursos de higienização e moralismos reinantes por aqui. Quando se implantou a Cidade Limpa – veto à publicidade – parecia que estávamos à procura de um bom xerife numa cidade americana dos anos 1930. A cidade ficou menos poluída visualmente. Em seu lugar o que surgiu? Uma cidade resgatada do que exatamente? A ação predatória do comércio, da indústria e dos próprios cidadãos fez surgir o quê? De repente nos descobrimos como donos de grandes passeios e áreas livres? Mas o orgulho paulistano afirma: a cidade está mais bonita. Sim, nos Jardins, Vila Madalena, V. Mariana, Itaim, Moema. E o restante?


Um exemplo deplorável da cidade é o Minhocão. Não trato de suas questões urbanísticas que são quase unânimes. Mas abordo uma avenida de 3500 metros de concretos suspensos que se torna em ponto de lazer à noite e nos finais de semana. Deve ser um dos poucos casos no mundo. Tamanha carência fez com que o concreto que destruiu uma região da cidade seja incorporado como espaço de diversão.


Antes que me acusem de ser ingrato ou qualquer coisa assim reafirmo que esta é a cidade que escolhi para viver e que forneceu-me as condições para tornar-me quem eu sou. Meus fracassos não se relacionam com a cidade. É uma cidade incrível por ser dinâmica e receptiva. Aqui fiz amigos e construí minha vida.


Mas o anonimato e a indiferença que nos protege são, paradoxalmente, os mesmos que alimentam em nós uma monstruosidade que habita em cada paulistano (nativo ou por adoção). E diante deles nada como uma opção, concretizada política e historicamente, no discurso da autoridade e da eficiência.