sábado, 21 de julho de 2007

ACM

A morte de um político é sempre um processo de avaliação de sua carreira.

O lamento pela morte de uma pessoa (dirigidas à família) não deveriam interferir nas leituras da ação do político.

Diversos líderes disseram que ACM contribuiu com a democracia. É hilário.

Um líder autoritário, chantagista e que moldou um Estado aos anseios particulares de seu grupo político. Esteve com a ditadura até o seu ocaso. Ficou os 5 anos de Sarney distribuindo concessões de rádio e TV. Terminado aquele governo embarcou na canoa collorida. Depois na de FHC e flertou com o governo Lula quando lhe foi conveniente e a equipe de Dirceu o protegeu no escândalo do painel do Senado.

Curiosamente veio do matuto Itamar Franco a maior vergonha pública de ACM. Dizendo que o governo de Itamar, a quem fazia oposição, era um antro e que tinha um dossiê comprovando escândalos, o presidente o chamou ao Planalto. Quando chegou com o tal dossiê, Itamar convidou a imprensa para a audiência. ACM não tinha nada. Era mais uma de suas chantagens.

Muitas lideranças políticas morreram nos últimos anos: Covas, Brizola, Arraes e agora ACM.

Dos outros algo ainda pode ser dito como legado. De ACM as recordações são mais duras.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Catástrofe, tragédia, impunidade...

Difícil não ficar chocado com o acidente de ontem, 17/07, do Airbus da TAM.
O aeroporto de Congonhas em São Paulo é novamente o palco de um desastre.
As causas e especulações, como sempre, são imprecisas e o inquérito será demorado.
Algumas coisas cabem:
a) até quando nos aeroportos, nas estradas, nas ruas de nossas cidades continuaremos a ver vidas destruídas de forma estúpida?
b) não são apenas os órgãos da aviação os responsáveis: as empresas aéreas que querem vender muito e a vontade dos passageiros que querem sempre descer "dentro da cidade" fazem com que as discussões sobre a desativação deste aeroporto sejam sempre vistas como "inviáveis".

Lamentos pelas vidas perdidas, pelas famílias e pela insensibilidade que nos assola.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

As vaias, os jogos e a piada



1. Sobre as vaias ao presidente na abertura do Pan.

Alguns analistas se regozijaram com o acontecimento. A oposição a Lula diz que a imagem do presidente está arranhada. Os aliados do presidente dizem que tudo foi orquestrado. Disputas políticas de lado é possível que a popularidade do presidente permaneça onde está.

Mas produziu-se uma imagem que será usada muitas vezes. Afinal, no esvaziamento da política, conta mais a imagem.

Se o governo descer ladeira abaixo será apontado como um sentimento premonitório dos cariocas.



2. Os jogos

Uma festa esportiva com custos altos e fabricação de novos ídolos. Mas para ser ídolo tem que ser comportado.

O vencedor do primeiro ouro para o Brasil, Diogo Silva, rasgou o verbo contra os dirigentes e as políticas de apoio ao esporte brasileiro. Não poupou os colegas esportistas pelo "baixo nível de politização".


3. Uma piada que trocando o país também nos é útil. Na língua em que recebi.

Durante un congreso médico, se escucha el siguiente diálogo. Un médico judío comenta: 'La medicina en Israel está tan avanzada, que nosotros le sacamos el cerebro a una persona, se lo ponemos a otra y en 6 semanas ya está buscando trabajo.' Un médico alemán comenta:'Eso no es nada, en Alemania le sacamos el corazón a una persona, se lo ponemos a otra y en 4 semanas ya está buscando trabajo.' Un doctor ruso comenta:'Eso también es nada. En Rusia la medicina ha logrado extraer las bolas a una persona, injertárselas a otra y en dos semanas, ambas están buscando trabajo.' A su turno un médico argentino responde:'No nos llegan ni al dedo del pie. Esas historias de ustedes, son pavadas, están muy atrasados. Nosotros en Argentina, agarramos hombres sin cerebro, sin corazón y sin bolas, los pusimos de Presidentes, y ahora... todo el país está buscando trabajo.'