quarta-feira, 18 de julho de 2007

Catástrofe, tragédia, impunidade...

Difícil não ficar chocado com o acidente de ontem, 17/07, do Airbus da TAM.
O aeroporto de Congonhas em São Paulo é novamente o palco de um desastre.
As causas e especulações, como sempre, são imprecisas e o inquérito será demorado.
Algumas coisas cabem:
a) até quando nos aeroportos, nas estradas, nas ruas de nossas cidades continuaremos a ver vidas destruídas de forma estúpida?
b) não são apenas os órgãos da aviação os responsáveis: as empresas aéreas que querem vender muito e a vontade dos passageiros que querem sempre descer "dentro da cidade" fazem com que as discussões sobre a desativação deste aeroporto sejam sempre vistas como "inviáveis".

Lamentos pelas vidas perdidas, pelas famílias e pela insensibilidade que nos assola.

4 comentários:

Anônimo disse...

José...
eu também ainda estou meio "tonto" com os fatos.
Retomo algo que venho apresentando: o problema é de Planejamento Urbano. Não existe um projeto (seja Federal, Estadual, Municipal) de locação de aeroportos nas áreas não urbanas interligados com sistema de transporte coletivo, como ocorre, por exemplo, em Barcelona; lá o metrê chega no aeroporto e leva o passageiro até a Estação Central.
O mundo "burro" dos executivos que adoram deslifar nos aeroportos com suas gravatas importadas, seus paletós grifados e notebooks de último modelo "amam" os aeroportos que mais parecem shoppings e não sistemas de engenharia de circulação. A ganância das Cias. Aéreas que hiperconcentraram as escalas em SP para satisfazer tais executivos, a inoperância gerencial do Governo Federal nessas situações só pioram a situação. Resta apenas o sentimento de uma dor estranha...como disse Eliane Cantanhede: qual será o próximo acidente?
abs
Rodrigo

Raquel Sallum disse...

O insensível constante em nossas vidas.Fazem a população dormir tranquilamente com o desabamento de corpos que avermelham o nosso chão de sangue e pó.
As tragédias são constantes, pela mais bestialidade ocasião do acaso... "Tempo sempre diferente para cada ser vivo".

E concordo plenamente com vc Rodrigo, o planejamento dos aeroportos é um dos responsáveis da trágica situação. E voltando ao buraco que a construção da linha amarela do metrõ causou, faz parte de mais um planejamento descuidado.
Sempre querendo por o carro na frente dos bois...
Raquel

Anônimo disse...

Olá Zé...

Rodrigo, concordo plenamente com a sua análise. Enquanto os influentes ($$) continuarem olhando para o próprio umbigo, tragédias como essa, e as demais (em menor escala) que acontecem no dia a dia do trabalhor, longe dos flashes da mídia, vão continuar acontecendo. Planejamento, o que é isso?

Aproveito para convidá-los, acessem O Fino da Bola e acompanhem as "Finas do Pan".

Abs,

Esteban

Anônimo disse...

por falar em dissonâncias e insensibilidades, esquisito que num meio dedicado ( ou achamos que ...) à engenharia, a reforma tenha primado pela bomboniére e afins ... chato a Globo ter exibido Casseta e Planeta na noite do acidente ....