sábado, 26 de janeiro de 2008
Soltando o verbo contra o "Johnny"
Leiam um trecho da crítica feita pela Sylvia Colombo (“Uma fraude chamada Johnny” – íntegra aqui), da reportagem do caderno Ilustrada, da Folha de São Paulo.
A pior produção do cinema brasileiro desde a fraude de "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias", "Meu Nome Não É Johnny" atingiu nesta semana 1 milhão de espectadores no Brasil. É uma pena que, depois do show de roteiro e montagem de “Tropa de Elite”, um filme com a trama levada de modo tão arrastado e preguiçoso faça tanto sucesso. Era de se esperar pelo menos um pouco mais de rigor crítico por parte das platéias.
Plausível? Razoável? Não sei! Quem assistiu pode argumentar, se quiser, é claro!
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Os 454 anos da Grande Mãe
Parem de falar mal de São Paulo, por Júlio Maria
Falar mal de São Paulo se tornou um clichê sem graça que habita o mesmo universo de clichês sem graça do tipo ‘a chuva voltou’ ou ‘que calor, né?’. Aquele tipo de papo furado que engatamos com um conhecido no elevador, de quem sabemos que vamos nos livrar em minutos. Um lugar-comum em farrapos, um mantra barato. Frases feitas do tipo ‘ não agüento mais esse trânsito’ ou ‘esse tempo louco da cidade’ deu o que tinha de dar e este colunista, humildemente, vem por meio desta solicitar sobretudo aos não paulistanos que pisam essas terras que, por obséquio, PAREM DE FALAR MAL DE SÃO PAULO.

Se São Paulo fosse uma pessoa, seria uma mulher cansada, daquela que faz tudo por seus filhos, sejam eles legítimos ou deixados em uma cesta na porta de sua casa. Uma senhora que adora receber gente sem ver a cor de seus olhos ou questionar suas reais intenções. Então, depois que os cria e lhes dá emprego, passa a ser agredida. Esses mesmos filhos, apesar de tudo, continuam morando em sua casa e mamando do seu leite. Criem vergonha, filhos de São Paulo. Os senhores não sabem, mas estão na melhor cidade do mundo, segundo uma pesquisa cem por cento imparcial feita por mim mesmo cada vez que tiro férias e consigo conhecer uma outra cidade do Brasil. Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Belém, Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Campinas, Londrina, Americana, São Gonçalo do Pará (é, o dinheiro foi acabando) – tudo lugar para se ficar cinco dias e sair correndo de volta para São Paulo. E o que faz essa cidade ser tão irresistível? Anotem aí: a) Não há em nenhuma outra cidade do País um parque equivalente ao do Ibirapuera com tudo o que ele tem, incluindo museu, planetário, marquise. b) Não existe outro corredor cultural como a Avenida Paulista, com duas livrarias gigantes nas extremidades (Fnac e Cultura), além de um bosque (Trianon) e um museu (Masp) no meio. c) Pense em um prato típico da Indonésia ou do Mali e corra para um restaurante sempre de portas abertas e garçons sorridentes. d) Inútil procurar um pastel de feira como o de São Paulo fora de São Paulo. e) Ninguém com vontade de trabalhar fica cinco dias desempregado por aqui.

Nenhuma outra cidade oferece oportunidade de se ouvir tanta música. Se você leva duas horas no trânsito para ir trabalhar, pode ouvir uma média de dois CDs inteiros na ida e outros dois na volta. Experimente amanhã o novo de Bruce Springsteen para ir e o novo de Teresa Cristina para voltar. Graças ao trânsito, o paulistano tem muito mais cultura musical. Mas lembre-se de um detalhe. A Grande Mãe não perdoa quem vacila. O que quer que você forasteiro queira fazer por aqui, faça direito. Os fracos, como diria um certo capitão Nascimento, são os primeiros que pedem pra sair.
***
Resumo o texto de Júlio usando a frase de uma amiga forasteira que comentou: Se São Paulo tivesse praia, o Rio de Janeiro não apareceria nem no mapa!
No clipe da semana, nada mais justo, e paulistano, do que Ira! com Envelheço na Cidade.
Um poema às sextas!
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Os fantasmas de Goya

O nome original da película, Goya's Ghosts, foi traduzido aqui para “Goya y la Inquisición”, fato um tanto estranho, já que não é propriamente sobre a relação do artista com o Santo Ofício que trata a história bem dirigida por Milos Forman.
De todo modo, fica aqui a dica! Para ver o trailer, clique aqui.
PêEsse: O que é a atuação de Natalie Portman no filme? Deus do céu. Cada dia que passa me torno mais fã da jovem!
Definição
Palavras como educacionismo e educacionista nem sequer constam dos dicionários.
A realidade socioeconômica de hoje exige a adoção destes termos: educacionismo, para definir o progresso e a transformação social com base em uma revolução na educação que assegure a máxima qualidade, para todos; e educacionista, para definir aqueles que defendem a necessidade de uma revolução social pelo educacionismo.
Educador é o especialista em educação que usa seu conhecimento para formar e transmitir conhecimento; educacionista é o militante político que luta para que todos os habitantes do País tenham educadores competentes em escolas com a máxima qualidade.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
And the nominees are...
A metade esperada veio dos resultados do Globo de Ouro. “Onde Os Fracos Não Têm Vez” e “Desejo e Reparação” receberam várias indicações (4 e 7 respectivamente) e dois prêmios cada. A metade inesperada ficou por conta de “Sangue Negro” e “Conduta de Risco”. Esse último eu assisti e não vi nada demais para tantas nomeações, é apenas um bom filme.
Nas outras categorias principais (ator, atriz, coadjuvantes e diretor) não houve muita mudança, apenas uma alteração aqui e outra ali. Destaco a inclusão de Tommy Lee Jones, pela grande atuação em “No Vale das Sombras” – também vi e é excelente; a ausência de “O Gângster”, de Ridley Scott, Denzel Washington e Russel Crowe, que não concorre em nenhuma categoria “nobre”; e "Juno", o independente da vez, que passou batido no GDO mas entrou novamente na briga com 4 indicações das grandes.
O filme de Cao ra-tim-bum Hamburger “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” chegou quase lá, mas não participa da festa (uma pena, pois gostei bastante).
Inclusive, quem também pode não participar da premiação são justamente as estrelas da noite. O Sindicato dos Atores continua apoiando a greve dos roteiristas e um boicote semelhante ao que aconteceu no Globo de Ouro pode acontecer novamente.
O Oscar 2008, de um jeito ou de outro, está programado para o dia 24/02 no Kodak Theatre em LA. A lista completa você confere aqui.
PêEsse: Um Salve do CGC para Luiz Carlos Tourinho e Heath Ledger.

Morre o ator Heath Ledger aos 28 anos
O corpo do ator foi encontrado hoje à tarde em um apartamento de Nova York. A suspeita é de suicídio por overdose, pois seu corpo foi encontrado rodeado por pílulas de sonífero.
Após o filme “O segredo de Brokeback Mountain” (Oscar de melhor ator), trama que envolve a grande polêmica de um relacionamento homossexual, a carreira do ator vinha crescendo.
Neste ano seu nome, provavelmente, estaria na vitrina de Hollywood, pois além de interpretar o famoso vilão “Coringa”, no novo filme do Batman, ainda teremos outra estréia com sua atuação: “I'm not there” (filme sobre a vida do cantor Bob Dylan).
Agora, fica a dúvida: o que leva um rapaz novo, bonito, talentoso e bem sucedido a tomar uma atitude dessas? (Um desperdício, em minha opinião)
Pressão da carreira, problemas na vida particular?
Até onde vai a fraqueza do ser humano, a ponto de acreditar que o fim de seus problemas se resolva com o fim da própria vida?
Outra informação sobre a morte do ator é que ele foi encontrado pela empregada e massagista, que havia marcado uma sessão de massagens para aquele dia.
Será que a massagem seria algo para relaxar e esquecer de algum problema, mas não agüentou esperar? Existem coisas por trás do glamour do tapete vermelho muito além da beleza, dinheiro e sucesso.
Este não é o primeiro caso de suicidas famosos; já tivemos: Marilyn Monroe, Kurt Cobain, Elis Regina e até mesmo na política como: Getúlio Vargas e Adolf Hitler. (É claro que pairam sobre essas mortes muitas dúvidas e suspeitas de homicídios)
Agora ficam na memória os personagens que Ledger interpretou e o fim trágico de uma carreira promissória.
Ainda acho que tem algo estranho e mal explicado nessa história, mas vejamos o que os “Cops” descobrirão...
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Trabalho Infantil
Analisando o vídeo a seguir, ficamos com a seguinte dúvida: O que será que dão pra essa guria nos bastidores? LSD? Extasy? Coca? Marijuana? É “óvio” que a guria está chapaaaaaaada, minha gente! Ela diria “posso por na bunda” sem mais nem menos?
É um absurdo que as autoridades não tomem uma atitude.
E como se não bastasse, a desgramada da Maísa ainda me aparece no Raul Gil cantando “Maria Chiquinha” sendo observada por “Sandyjunior”, uma droga muito mais poderosa.
Diga não às drogas e ao trabalho infantil.
Minha denúncia fica aqui. Eu acredito na Polícia (isso não quer dizer nada, eu acreditei no Felipe Massa).