terça-feira, 21 de setembro de 2010

Brincadeira de música ou música de brinquedo?

Mais um domingo preguiçoso, pós um sábado frenético na noitada paulistana. Uma ótima oportunidade para ficar em casa embaixo das cobertas vendo filmes repetidos e futebol na TV, certo? Completamente errado.

Acordo mais cedo que o habitual, faço algumas obrigações caseiras e vou rumo a mais um show esperado há certo tempo. O lugar, Sesc Vila Mariana, a companhia, duas amigas queridas, o motivo, cheira a pão de queijo com doce de leite.

Em 1992, Belo Horizonte deu a luz à uma banda que conquistou o cenário pop/rock do Brasil. Com letras simples, melodias tocantes e sutileza nos vocais, o Pato Fu entrou em cena.

O talento do casal Fernanda Takai e John Ulhoa é inquestionável desde o início. Porém, o novo projeto da banda que conta também com Ricardo Kactus, Xande Tamietti e Lulu Camargo se superou de forma fantástica.

“Música de Brinquedo” foi lançado no último final de semana com ingressos esgotados para os três dias de apresentações. A nova “brincadeira” do grupo tem como proposta promover um show de covers e alguns sucessos da banda tocados apenas com instrumentos de brinquedo e acessórios infantis.

Guitarras, violões, bateria, baixo, sanfona, piano, xilofone, kazoo, escaleta, flauta, entre outros mini instrumentos foram genialmente comandados pelo grupo que também se utilizou de chaveiros com sons psicodélicos, bonequinhos de plástico, ursos de pelúcia falantes, todos com cara de adquiridos na 25 de Março e espalhados por uma mesa de percussão improvisada pelo músicos convidados Thiago Braga e Mariá Portugal.

Como os próprios músicos dizem no palco, “o descontrole que é a graça deste show”. Os brinquedos são imprevisíveis, podem apresentar um som diferente a cada momento ou apenas decidem não funcionar. Essa é a maior expectativa. A banda inteira está em uma brincadeira musical e torce pra que ela se “comporte” da melhor maneira possível.

As surpresas não pararam por aí. Dois simpáticos bonecos, Ziglo e Gloco, deram um tom ainda mais lúdico ao show. Manipulados pelo tradicional grupo Giramundo, os simpáticos monstrinhos tiveram participação ativa no show, tocando instrumentos, dançando e cantando.

O repertório de “Música de Brinquedo” é tão variado quanto o público ali presente. No set list encontramos canções nacionais como “Sonífera Ilha”, “Ovelha Negra” e “Primavera”, além de hits do Pato Fu como “Eu”, “Perdendo Dentes” e “Made In Japan”.

Entretanto, as músicas que mais me emocionaram foram algumas internacionais, mais precisamente a que iniciou o Bis: “Love Me Tender”, do rei imortal Elvis Presley, a qual fez meus olhos se encherem de lágrimas (confesso) através da interpretação única de Fernanda. E parecia que eu adivinhei, estava ate com uma blusa do meu ídolo.

Os outros destaques, em minha opinião, ficaram por conta do rock pesado de “Live And Let Die” do sir Paul McCartney e de “Bohemian Rhapsody” do Queen, onde John “destrói” a guitarrinha infantil e Ziglo e Groco se arriscam nos backing vocals.

Não posso deixar de frisar, porém, que o maior destaque deste momento que presenciei sem dúvida é a presença de palco de Fernanda Takai. A delicada mestiça possui uma doçura inigualável em seu tom de voz, além de uma sutileza de movimentos surpreendente. Com certeza, tanta paz e serenidade que ela transmite ao cantar desperta além de encantamento, espanto, tamanho o talento apresentado.

Como resultado, “Música de Brinquedo” trouxe uma sensação de que o lúdico, a brincadeira e a criatividade presentes na crianças pode sim ser repassada aos adultos e o melhor, por adultos.

Faixa etária: crianças de 0 a 100 anos.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Crepúsculo e Lua Nova

Sobrevivi!

Quero deixar claro que minha opinião será apenas em relação aos filmes, e não sobre a adaptação da obra de Stephenie Meyer - até porque não li os livros e nem pretendo fazê-lo (tenho muitos outros na frente).

Em Crepúsculo, acho interessante a condução do romance entre Bella e Edward. Prende até +/- os 56 minutos do filme. Depois que a garota descobre a verdade sobre o jovem, o lado misterioso e intrigante do relacionamento se perde um pouco.

Gosto da interpretação de Robert ‘Cedrico’ Pattinson, que encarna bem a sobriedade que seu personagem exige assim como a forma como conduz o namoro.

E os Cullen? Simpaticíssimos, gostei deles! Especialmente o Dr. Carlisle e a saltitante Alice.

Voltando... Depois da descoberta a história cai no melodrama (você queria o quê?). Porém, nessa hora o bicho pega, ou melhor, tenta pegar Bella. Essa açãozinha dá uma agitada no coreto.

O resultado final (para quem não conhece as minúcias do livro) não é chato nem insosso.

Mas também não é nada demais, óóóóóó, que puta filme! Nada que vá merecer, por exemplo, um pôster como tem na casa do Anderson (entreguei, haha!!).

***
Lua Nova repete a fórmula. Com a ausência do vampiro, quem entra em cena é o lobo mau – que músculos grandes você tem... é para te proteger melhor!

Achei sem novidades, sem grandes coisas em relação ao primeiro. Deve fazer a cama para o terceiro.

Notas: 4 gotas para Crepúsculo; 3 gotas para Lua Nova.