sábado, 19 de janeiro de 2008
Enquanto isso no Uruguai...
Algumas notas rápidas:
1- O câmbio mudou a relação de turistas aqui no Uruguai. O jornal "El Pais" relatou, de forma bem humorada, o que acontece por aqui. Não há um "efeito caipirinha" ou "efeito tango", mas os turistas dos dois vizinhos se distinguem assim. O argentino diz "Da-me media". O brasileiro: "da-me dos". Efeitos do câmbio.
2- É proibido fumar no interior dos restaurantes. Comentário que ouvi: "uma medida do comunismo que se implanta acá". Chávez e o anti-chavismo fazem escola.
3- Acidentes nas estradas são manchetes diárias.
4- Um carro oficial trouxe um filho de um ministro de Montevideo até Punta del Este. Familiar...
5- Estou num lugar chamado Aguas Dulces. Impossível encontrar alguém nesta localidade. Nunca havia imaginado chegar a um lugar assim: uma trupe dos anos 60, com ventos gélidos e desconectado do mundo.
PêEsse 1: Desculpas pelos acentos, mas o teclado é diferente. [Os acentos já foram colocados pelos estagiários que estão de plantão no sábado à noite, na redação. Afinal de contas, estagiários são para isso mesmo]
PêEsse 2: Por aqui também há "livros de texto". Nada mais do que nossos conhecidos livros didáticos.
Tudo nos mííííínimos detalhes!
Vejam três exemplos claros:
1) Num grande magazine, uma C&A da vida, o seguinte anúncio: “Camisas de vestir, aqui”! Que é isso? Eles vendem camisas que não são “de” vestir?
2) Numa livraria, a placa pomposa: “Vendemos livros de texto”. Ah é? Não diga!?
3) Ao atravessar a rua, meio correndo, leio no pára-brisa de um táxi: “Com Taxímetro”. Eu iria estranhar se tivesse um gotímetro ou uma balança de pesar!
Brincadeiras à parte, esses “mínimos detalhes”, por mais lusitanos que possam parecer (essa também é uma brincadeira!), são resultados tanto de características da língua como dos costumes locais.
A corrida do táxi, aqui, é negociada antes – sendo possível até pechinchar com o motorista. E os outros dois exemplos são peculiaridades do idioma!
Bom final de semana a todos!
Postado por
Anderson
às
21:38
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Marcadores: Brevíssimas..., Internacional, Variedades
TweetarEtiqueta japonesa
Por Raquel Vito

Os hábitos e costumes da terra do sol nascente ganham cada vez mais adeptos no Ocidente. A tradição milenar está presente em desenhos, filmes, músicas e principalmente na culinária que oferece uma diversidade de gostos, aromas e temperos.
A procura pela comida japonesa ocorre por diversos fatores, mas principalmente, por ser uma culinária saudável, que contêm cálcio, proteína, omega 3 e um baixo teor de açúcar.
Hashi
Especialista em etiqueta japonesa, Roseli Yumi Kawamura explica algumas regrinhas para não fazer feio no restaurante. "Comer de garfo sushi e sashimi, espetar o palitinho no arroz são as principais gafes", explica Roseli que foi responsável pelos preparativos da vinda do Imperador do Japão ao Brasil.
Os orientais seguem um rito todo especial. Pedir para substituir o hashi pelos talheres é visto como uma imposição da cultura dominante, ocidental. Muitos restaurantes oferecem o hashi (os pauzinhos) com o elástico, para que as pessoas adquiram o hábito de comer com o utensílio.
Utilizar as mãos para comer é permitido no caso do sushi (bolinho de arroz com peixe). São oferecidos aos clientes o oshibori (toalhinhas umedecidas a vapor), utilizadas para limpar as mãos.
"Enquanto você não tem habilidade com o hashi, nada é gafe". No processo de aprendizagem é comum alguns alimentos escorregarem, isso não é motivo de pânico. "Se cair no próprio prato você pode continuar comendo, a habilidade vem com o treinamento", afirma a consultora.
Perguntar o que vem na descrição de um prato não é falta de educação. Segundo Roseli, no Japão o bom sushiman é aquele que olha o cliente que está no balcão e faz o sushi do tamanho da boca do freguês para ser comido de uma vez só.

O saquê também obedece a um cerimonial. A mulher deve segurar com as duas mãos, sempre colocando uma mão abaixo do tchawan (copo) e a outra mão na lateral no utensílio. Os homens utilizam apenas a mão esquerda para pegar o copo.
Os pratos não seguem uma seqüência, entre frios e quentes, podem ser servidos juntos. As saladas com vegetais acompanhadas de polvo, lula ou camarão são ricas em proteínas. "No próprio sushi e sashimi tem nabo desfiado, leque de pepino, gengibre, muita verdura para dar equilibro na alimentação", revela Roseli.
O barulho emitido pelos japoneses enquanto saboreiam a comida, para muitos, pode parecer falta de educação, mas na cultura oriental é justamente o contrário. Quanto maior o barulho, maior a apreciação.
Mais detalhes você encontra no site www.vamoscomer.com.br.
***
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Um poema às sextas!
Extraído de A bela de Amherst
Noites Loucas — Noites Loucas!
Estivesse eu contigo
Noites Loucas seriam
Nosso luxuoso abrigo!
Para Coração em porto —
Ventos — são coisas fúteis —
Bússolas — dispensáveis —
Portulanos — inúteis!
Navegando em pleno Éden —
Ah, o Mar!
Quem dera — esta Noite — em Ti
Ancorar!
Para mais poemas e poetas norte-americanos, clicar aqui.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Definição
{verbete}
Dataçãos. XVI cf. AGC
Acepções
1 que se exprime por poucas palavras; conciso, sucinto, breve
Ex.: [perguntei-lhe sobre a sua saúde, mas ele deu uma resposta das mais l.] [uma carta l. um estilo l.]
■ adjetivo e substantivo masculino (1881)
2 m.q. lacedemônio
Etimologia
Sinônimos
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
O lamento do samba
Por Fábio Almeida

Intérpretes de suas canções? Além do próprio e de seus parceiros podemos lembrar de Elza Soares, Cristina Buarque, Clara Nunes (com quem foi casado e com certeza sua maior e melhor intérprete), Elis Regina, Beth Carvalho, Alcione, Simone, Quarteto em Cy, Nana Caymmi, Alcione, Dorina e por aí vai...
Muita gente provavelmente cantarola canções de Paulo César Pinheiro pelas ruas sem saber que ele é o autor. Isso porque boa parte de suas composições está gravada no nosso imaginário musical. Bastaria citar O canto das Três Raças, dele com Mauro Duarte, que se imortalizou na voz de Clara Nunes. Há também outros clássicos como Quaquaraquaquá, Lapinha e Refém da Solidão, com Baden; Matita-Perê, com Tom Jobim; Poder da Criação, Espelho, As Forças da Natureza, com João Nogueira (e mais uma pancada, que não dá pra citar agora).
Paulo César Pinheiro lançou em 2004, o CD chamado O Lamento do Samba, todo de músicas próprias e inéditas (sem parcerias), uma obra-prima que ele abre cantando o verso "Eu tenho saudade dos sambas de antigamente, quando o samba deixava uma vaga tristeza no peito da gente..." e termina com "Não chores por mim quando eu me for, que eu gozei por demais a mocidade..." o disco tem 14 faixas que se complementam e criam uma crônica que refletem claramente o sentimento e a ideologia desse poeta. Com certeza vale a pena ouvir.
O poeta também tem quatro livros lançados: Viola Morena, Canto Brasileiro e Atabaques, Viola e Bambus e o mais recente Clave de Sal.
Para terminar deixo uma frase do mestre, pincelada de uma entrevista de 2004 que acho fantástica e mostra a personalidade desse homem das esquinas e dos bares, que não se rendeu aos encantos da mídia, atravessou gerações e continua na ativa nos brindando com sua obra: “Gravadora é para Zezé di Camargo e Luciano, ou seja, produto para vender e no ano seguinte ninguém sabe o que aconteceu; é descartável, não é história, não é arte. Não é música, é entretenimento. Arte é atemporal e entretenimento é temporal. Por isso, os que formaram a nossa identidade estão aí, até hoje”.
No clipe da semana, o poeta numa de suas raras aparições cantando “O canto das Três Raças” no Programa Sr. Brasil.
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Imagens históricas
A raposa política mineira iniciou uma prática comum em todos os governos desde a redemocratização: arregimentar apoios entre antigos opositores. Assim, Sarney tornou-se seu vice.
E o dr. Ulysses, o líder da oposição por duas décadas, não teve como conter a onda de apoios ao seu aliado Tancredo. Era preferível esta solução a uma derrota para Maluf nas eleições indiretas.
Quis o destino que o país vivesse mais um drama com o adoecimento do presidente eleito na noite de 14/03/1985, véspera da posse, e sua morte em 21/04. Se fosse antes, poderíamos ter outras eleições? Num quadro sem garantias jurídicas tudo poderia acontecer.
De 1985 para cá os tempos foram outros. E as decepções se acumularam: Sarney, hiperinflação, Collor, impeachment, Itamar, o Fusca, FHC, o neoliberalismo, Lula, o mensalão e outras coisas mais.
Mas a redemocratização é igual a casamento longo: perdeu parte do encanto, mas é melhor assim! Vemos os defeitos com maior facilidade, mas também aprendemos a conviver com eles e a saber que não é o fim dos tempos.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
O Globo Amarelado...
O grande vencedor da noite foi o WGA (o sindicato dos roteiristas de Hollywood, em greve desde novembro passado), que contou com o apoio de atores, atrizes e diretores para boicotar a 65ª edição do prêmio. Dizem que o prejuízo dos organizadores seria suficiente para atender o pedido dos roteiristas – um ajuste no repasse dos lucros obtidos pelos estúdios com a comercialização das obras pela internet e outros “novos” meios tecnológicos.
A coisa pode piorar e esse roteiro aponta para um final conturbado. O estúdio ABC (da Disney) dispensou na última sexta-feira 20 profissionais e a gigante Warner também ameaça dispensas. O Oscar, previsto para 24/02, corre sérios riscos.

Jorge Camara (presidente da HFPA) e o Globo “Amarelado”
O Globo de Ouro, termômetro da Academia, não apontou favorito. A divisão dos globinhos dourados foi bem homogênea, com destaque para: “Desejo e Reparação”, vencedor em duas categorias incluindo melhor filme drama (mas concorria com 7 indicações); “Onde Os Fracos Não Tem Vez”, roteiro para os irmãos Coen e ator coadjuvante para o espanhol Javier Barden; e “Sweeney Todd”, de Tim Burton, melhor filme e ator (Johnny Depp - finalmente) na categoria comédia/musical.
Confira a lista completa:
Melhor filme – Drama: “Desejo e Reparação”
Melhor Ator – Drama: Daniel Day-Lewis – “Sangue Negro”
Melhor Atriz – Drama: Julie Christie – “Longe Dela”
Melhor Filme – Comédia ou musical: “Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet”
Melhor Ator – Comédia ou musical: Johnny Depp – “Sweeney Todd”
Melhor Atriz – Comédia ou musical: Marion Cotillard – “Piaff – Um Hino ao Amor”
Melhor Ator Coadjuvante: Javier Bardem – “Onde os Fracos Não Têm Vez”
Melhor Atriz Coadjuvante: Cate Blanchett – “I’m Not There”
Melhor Diretor: Julian Schnabel – “O Escafrandro e a Borboleta”
Melhor Roteiro: Ethan e Joel Coen – “Onde os Fracos Não Têm Vez”
Melhor Filme em Língua Estrangeira: “O Escafrandro e a Borboleta”
Melhor Filme de Animação: “Ratatouille”
Melhor Canção Original: “Guaranteed” Eddie Vedder – “Na Natureza Selvagem”
Melhor Trilha Sonora: “Desejo e Reparação”
Ah sim! Após passar todas as informações via SMS, Anderson conseguiu voltar são e salvo às terras mexicanas e agora relaxa saboreando Corona Extra.
Imagens do México - 5
... e a entrada do luminoso Hard Rock!
domingo, 13 de janeiro de 2008
Cartomante
De um leitor de cartas: "Dentro de pouco tempo José Dirceu perderá uma pessoa querida, mas começará uma nova fase de sua existência. Ficará rico, famoso e bronzeado".
Traduzindo: Fidel Castro vai morrer, liberando um processo de privataria comunista. A ilha será beneficiada por um dos maiores booms imobiliários e turísticos da história do Caribe. O comissário entrará nessa, assessorando grupos portugueses, espanhóis e brasileiros.
Mais um casal famoso (!?)
Naomi Campbell teria declarado o seguinte: "No es un gorila, es más bien un toro"! Queeeee iiiisso? (Como indagaria um amigo!).
Se a notícia tiver fundamento, Chávez entrou numa bela competição com Sarkozy, para ver quem, digamos, se relaciona melhor!
Mais fofocas, ops!, detalhes, no site do diário espanhol El País.
Postado por
Anderson
às
03:23
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