sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Jardel, o flanelinha paulistano

por Luis G. Kalil

O Profissão Repórter, um dos melhores programas da TV aberta, abordou nesta terça-feira (20/10) a situação dos deficientes mentais, desde moradores de rua do centro de São Paulo até internos de hospitais psiquiátricos.

Apesar de mostrar uma série de pautas que, geralmente, não são usuais na televisão, como a cobertura de uma manifestação do movimento anti-manicomial e a persistência de terapias de eletro-choque para casos de “depressão severa e potenciais suicidas iminentes”, o que mais me chamou a atenção foi a entrevista que Caco Barcellos fez com um flanelinha paulistano que acredita ser o atacante Jardel.

O vigia de carros respondeu todas as perguntas em primeira pessoa como se fosse o próprio companheiro de Paulo Nunes no melhor Grêmio dos anos 90. Porém, restringiu-se ao momento em que o atleta viveu seu auge, inclusive aumentando suas vitórias (afirmou ter sido campeão mundial pelo time gaúcho).

Não sabe – ou ignora o fato – os últimos anos do atleta, marcados por uma longa decadência com passagens pífias por times idem e pela confissão de sua dependência de cocaína, que o levou à falência. Já o flanelinha afirma estar recebendo propostas de times europeus que variam de 150 a 200 milhões.

Duas histórias tristes que mostram a instabilidade (financeira, psicológica...) vivida pelos jogadores de futebol, que, muitas vezes, alcançam em pouco tempo fama e fortuna que parecem intermináveis, mas que o tempo demonstra serem finitas.

PêEsse: as últimas informações que eu consegui achar sobre o verdadeiro Jardel apontam que o vencedor de duas “Chuteiras de Ouro” e tetracampeão português jogou a última temporada pelo Ferroviário do Ceará e faltou à sua apresentação no Rio Branco do Acre. Tudo isso, com apenas 35 anos.

Pra embalar o fim de semana

Sem palavras...

Red Hot Chili Peppers, com Under the Bridge. Ou melhor: Anthony Kiedis e John Frusciante, careca e mais inteiro antes das turnês de Blood Sugar Sex Magik (devolve meu disco, Gordo!!), no início dos anos 1990.

Com esses caras cantando, qualquer lugar do mundo fica parecendo a Califórnia!

Veja o que Edu Zanardi escreveu, há cerca de dois anos, sobre o RHCP e os "apimentados anos 90".

Bom final de semana!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Um fim de semana típico

Mais uma vez o FDB/CGC foi conferir in loco o GP Brasil de Fórmula 1. Um fim de semana típico de velocidade no autódromo de Interlagos.

No sábado havia um pingo d´água para cada torcedor. Capa de chuva era item obrigatório, de preferência duas, uma em cima da outra. Na pista encharcada Barrichello e Webber travaram um belo duelo após duas paralisações devido a água – foi o treino mais longo da história da categoria. No Q3 Rubinho lembrou Senna ao abrir a última volta com menos de um minuto para o término do treino – velha tática de Ayrton. Enquanto seus adversários ficaram no Q1, pole-position para o brasileiro!

No domingo o clima era tão favorável ao brasileiro que numa típica mudança paulistana de clima o sol saiu em Interlagos. Um sol pra cada um. Dá-lhe protetor e cerveja (mesmo que seja Nova Schin). Na reta oposta, portão G, arquibancada, a torcida estava empolgada: “5, 4, 3, 2, 1... desce fdp” e “a gostosa sobe, o viado desce” eram entoados de 5 em 5 minutos até o desfile dos pilotos, quando todo o autódromo gritou “Rubinho, Rubinho”. Rubens largou (e o medo do catzo daquela embreagem dar pau?) e apontou na entrada do 'S' em primeiro. O público vibrou como se fosse um gol. A cada passagem de Barrichello mãos empurravam o piloto para frente. Mas numa típica tarde de automobilismo em São Paulo... seu pit stop demorou, seu carro perdeu rendimento e o típico barrichelliano, seu pneu furou... 8ª posição para o Rubens Barrichello e vitória do australiano Mark Webber.

A expectativa pela largada

O sentimento em Interlagos era de decepção. Claro que estávamos torcendo para Rubens chegar em primeiro e um raio cortar o carro de Button em dois, mas seria pedir demais. O agora campeão do mundo poderia chegar em 2º e também liquidar o campeonato, numa boa. O que a torcida queria mesmo era a vitória de Barrichello.

No final, no meio da multidão, quando a fila empacava alguém lá do meio mandava a típica piadinha: Anda aê o Rubinho!!!

Edu Zanardi (o primeiro da esq. para dir. de capa amarela) deu atenção a todos os fãs do FDB/CGC. Confira outras fotos clicando aqui.