sábado, 6 de março de 2010

Porque hoje é sábado!

Quick Oscar

Aqui na redação do CGC estamos todos ansiosos pela passagem de atores, diretores, roteiristas, produtores e claro, os contra-regras, no red carpet do Kodak Theatre, o início da cerimônia e a abertura dos primeiro envelopes do Oscar 2010.

A festa é cheia de glamour, bem legal, mas também é muito longa. Poucos são os tupiniquins que permanecem ligados até o prêmio de melhor filme, último da noite, ou melhor, da madrugada de segunda-feira.

Além da lengalenga dos discursos e as apresentações musicais das 5 canções originais concorrentes temos também clipes dos indicados a melhor filme espalhados pela cerimônia. Como neste ano temos 10 indicados ao grande prêmio, se eles não encurtarem esses vídeos a festa poderá se estender terça-feira adentro.

Pensando nisso, tive uma idéia para deixar o Oscar mais rapidinho. Seria assim: o apresentador chama Kate Winslet para anunciar as indicadas para melhor atriz. Kate entra and the Oscar goes to... sei lá, Sandra Bullock. Sandra se dirige ao outro lado do palco, onde uma modelo está com a estatueta, recebe o prêmio, posa para fotos e tchau. Isso mesmo, sem discurso! Ao sair do palco Sandra é imediatamente levada a uma salinha onde lá, menos de um minuto depois de receber o troféu, gravará seu discurso que será disponibilizado automaticamente no site oficial do evento.

Tudo bem que esse ano a organização limitou o tempo de discurso para 40 segundos. Mas mesmo assim sabemos que as coisas não acontecem sempre do jeito que a Academia planeja. No quick Oscar acima, ganhamos no mínimo 30 minutos de sono. É ou não é uma idéia digna de prêmio?

***

Para esquentar o clima antes da festa, uma compilação de vários filmes produzidos nos anos 2000. Assista e depois comente se faltou algum dos seus prediletos da década.

Se você ainda não viu a lista dos indicados 2010, clique aqui.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Para acalentar o fim de semana!

Ontem a noite, escutando o programa Conexões Urbanas, da Rádio Eldorado (aliás, uma ótima pedida para as noites de quinta), uma canção do Chico Science e Nação Zumbi me fez viajar aos tempos de colégio, minha fase mais roqueira e, digamos, mais revoltada.

Nos idos de 96/97 em que eu vibrava com Enter Sandman do Metálica (principalmente o clipe Live in Moscow); ia a festivais e shows de Rock balançar a cabeça e tocar guitarras imaginárias; escutava Legião Urbana no volume máximo; pelo lado tupiniquim despontavam o Rappa, Planet Hemp e eu tinha a certeza que podia mudar o mundo.

Quando fui apresentado ao som do Chico Science e da Nação Zumbi, foi um tapa na cara, era diferente de tudo, aquela percussão maluca, mistura de ritmos, o regional com o moderno. E fiquei mais impressionado com a atitude (com A maiúsculo) do Chico, pelo seu posicionamente, autenticidade e pelas suas declarações apaixonadas falando de música.

Uma pena que alguns gênios nos deixam cedo, mas a tempo de quebrar paradigmas, barreiras musicais e tornar sua obra eterna.

A Nação Zumbi continua seguindo seu caminho e a rapaziada liderada por Jorge du Peixe e Lúcio Maia conseguiu segurar bem a onda!

Pra embalar o fim de semana, um pouco de Science pra matar a saudade!!!


quinta-feira, 4 de março de 2010

5ª da poesia...

SOLIDÃO (Paulo César Pinheiro)

Eu sozinho sou mais forte
Minh'alma mais atrevida
Não fujo nunca da vida
Nem tenho medo da morte

Eu sozinho de verdade
Encontro em mim minha essência
Não faço caso de ausência
E nem me incomoda a saudade

Eu sozinho em estado bruto
Sou força que principia
Sou gerador de energia
De mim mesmo absoluto

Eu sozinho sou imenso
Não meço nunca o meu passo
Não penso nunca o que faço
E faço tudo o que penso

Eu sozinho sou a Esfinge
Pousado no meio do deserto
Que finge que sabe o que é certo
E sabe que é certo que finge

Eu sozinho sou sereno
E diante da imensidão
De toda essa solidão
O mundo fica pequeno

Eu sozinho em meu caminho
Sou eu, sou todos, sou tudo
E isso sem ter contudo
Jamais ficado sozinho

quarta-feira, 3 de março de 2010

Não tem coisa mais chata que...

... Coldplay! A banda do marido da Gwyneth Paltrow tenta ao mesmo tempo ser tão popular quanto o U2 e tão cabeçuda quanto o Radiohead, mas não consegue ser nenhum nem outro. Tá, nem tudo é chato, God Put A Smile Upon Your Face é legal e !

Copa do Mundo

Faltando cem dias para a Copa do Mundo, veja alguns distintivos de seleções que provavelmente nunca irão sentir o gostinho de participar deste torneio.
Tuvalu

Micronésia
Curdistão

terça-feira, 2 de março de 2010

Onde ela está, Lulu?

(...)
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade pra dizer mais sim do que não
(...)


Toda vez que ouço Tempos Modernos, de Lulu Santos, fico meio intrigado. Apesar de compartilhar da esperança e desejo presentes na letra, pergunto mentalmente, com certa insatisfação, ao compositor: onde está, Lulu, essa gente fina, elegante e sincera a quem você se refere na música?

De uma coisa estou certo: essas pessoas estão diminuindo drasticamente em dois “lugares” (para me limitar às experiências do último final de semana): no trânsito e no cinema!

Você já reparou, querido(a) colega de CGC, que é mais fácil trocar de faixa durante um congestionamento sem “dar seta”? É preferível aguardar a brecha, calcular, esperar os motoqueiros insanos passarem e, vupt, pular de uma faixa para a outra.

Experimente sinalizar antes, como seria mais prudente. O carro na faixa ao lado, que guardava uma distância de 4 metros em relação ao outro veículo, acelera numa pressa repentina e se mantém a 10 centímetros do motorista da frente. Tudo para você não “cortá-lo”, como se isso o desrespeitasse ou o desonrasse.

Se se consegue a manobra, corre-se o risco de levar uma buzinada ou mesmo um xingamento. Pronto, lá vão ofensas a sua mãe.

E no cinema? Ah... as salas de cinema!

Já troquei de sala, shopping, bairro, cidade e até me aventurei na gringa. Mas não adiantou, pois há coisas que são universais.

Por que é que as pessoas acham que quando sobe o volume da trilha sonora durante o filme inicia-se a hora de conversar. Ou então o inverso, que é igualmente irritante: por que cochichar durante aquelas cenas longas, sem diálogos, de espreita, em que só há o barulho do atrito do sapato com o piso? Não dá para prestar a atenção por 1 minuto numa cena em que não há diálogos ou estopins?

Claro, sem falar dos pés na poltrona da frente (e na cabeça de quem estiver lá), dos celulares ligados, dos copos e sacos de pipoca que ficam jogados no chão, nas escadas e nos assentos e do “senta-e-levanta” sem fim.

Não estou bem certo, mas receio que tal gente, com dois reais ou com dois milhões na poupança, não seja tão “fina e elegante”. Suspeito, inclusive, que ela não esteja muito disposta e pronta para “dizer mais sim do que não”.

Ou tenho azar e ela me persegue, ou essa gente “metade-homem-metade-brucutu” se prolifera em vez de diminuir, contrariando a previsão e expectativa do Lulu Santos.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Quem é quem?

Fim do carnaval, fim da devassa.
Novo cabeçalho, novo desafio: da editoria do CGC, quem é quem na imagem lá de cima?

Rotina

A rotina volta em março

Troféu CGC da semana

'F'ANCOUVER 2010

O Troféu CGC dessa semana é coletivo - para os torcedores canadenses, que representaram muito bem o espírito dos Jogos Olímpicos de Inverno. Graças ao advento da TV por assinatura e, temos que registrar também a cobertura da TV Record e Record News, nós brasileiros amantes de qualquer competição de par ou ímpar nos deliciamos com esportes pouco comuns como o luge, skeleton, bobsled, hóquei, e o sensacional curling. Um viva para Vancouver e que venha Sóchi na Rússia em 2014.

Confira o quadro final de medalhas clicando aqui.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

"O importante é que nossa emoção sobreviva"

Num instante, mudança de planos. Já são quase 8 e o show começa as 9, saio acelerado para o SESC Pompéia, no caminho ansiedade e incerteza: “Será que ainda tem ingresso?”. É dia de show do poeta Paulo César Pinheiro, comemoração dos seus 60 anos de vida. Oportunidade ímpar de vê-lo em São Paulo.


Subo num passo rápido a Francisco Matarazzo e de longe avisto na porta do Sesc um aviso de ingressos esgotados, penso: “Que merda, perdi”. Chegando mais perto, alívio, os esgotados eram do outro show da noite, Pedro Luís e a Parede.

Já são quase nove e na fila os minutos parecem uma eternidade, finalmente chega a minha vez, restam poucos lugares, a atendente me dá a opção da galeria do teatro: “não tem assento marcado, mas entrando antes você pega um bom lugar”. Aceitei a opção e não podia ter sido melhor, fiquei acima do palco e de frente para o mestre.

Soa a primeira campainha, o público continua chegando. A segunda... expectativa! A terceira, e finalmente casa cheia.

A luz vai diminuindo aos poucos. O poeta entra sozinho no palco, a platéia se levanta e o saúda com muitas palmas. Com um sorriso tímido, terno e de agradecimento, abre os braços retribuindo o carinho.

Se acomoda no centro do palco e com sua voz rouca e inconfundível faz um breve relato dos 60 anos de vida: 46 anos de carreira, quase duas mil composições, mais de mil gravadas; inúmeros textos para jornais e revistas; produções de discos e peças de teatro; dez discos lançados; dez livros de poesia, dos quais seis ainda na gaveta e um romance, recém- lançado. “Está a venda aí fora, no final vou autografar”, promete.

O primeiro músico a ser chamado é Maurício Carrilo, também produtor do show, no violão 7 cordas acompanha Pinheiro em Viagem, primeira música feita pelo compositor aos 14 anos de idade.

Na sequência ele convida os percussionistas Marcos Tadeu e Paulino Dias e no cavaquinho sua esposa Luciana Rabello. Causa alvoroço na platéia ao entoar Lapinha, “Quando eu morrer me enterre na Lapinha... calça culote, paletó, almofadinha”.

Aos poucos, como ele mesmo brinca, o palco se transforma em sua sala de estar. Para completar o time de músicos, sobem ao palco seu filho Julião Rabello Pinheiro, no violão 6 cordas, sua filha (visivelmente o xodó do pai) Ana Rabello Pinheiro, e tal qual a mãe, também no cavaquinho. E ainda, sua cunhada Amélia Rabello, de belíssima voz. (Definitivamente, essa família Rabello não sabe brincar, é muito talento junto!)

Numa atmosfera mágica, canções, poemas e histórias são deliciosamente entregues à platéia. Acho que nunca me arrepiei tanto!

O poeta mostra um certo desconforto, com seguidos pigarros. “Em outro tempo, tinha alguma coisinha pra esquentar a garganta, agora já não posso tanto”, diz, cercado por 3 copos de água. Prontamente, Carrilo se levanta e em poucos minutos aparece com 2 copos de whyskie, um ele divide com os percussionistas e o outro serve a Paulo. Pigarro resolvido, apesar do olhar de reprovação da esposa.

Esposa, filho e filha (tímidos, porém afinadíssimos) interpretam canções inéditas feitas em parceria com o poeta. Ele assiste a tudo encantado e com o orgulho transbordando em seus gestos. “Aprenderam direitinho, não acham”, “Se fizer pagode eu mato de joelho no pé de milho”, brinca ao final das apresentações. Sua esposa responde, “Não existe a menor possibidade disso acontecer”. Risos e aplausos!!

O espetáculo vai chegando ao fim e em Canto das Três Raças, fica impossível não se emocionar.

Alguns minutos de aplausos, o poeta volta para o bis com a linda E lá se vão meus anéis, homenageando Eduardo Gudin, parceiro na canção e presente na platéia.

O show acaba, deixando um gosto de quero mais. É impressionante o impacto que esses momentos causam na emoção.

Ainda fico para tentar um autógrafo no livro. Alguns minutos se passam e o homem dos botequins e dos bares reaparece, cumprindo a promessa do começo do show.

Na sua simplicidade e cordialidade senta para atender os pedidos. Sou o quinto da fila, minha voz falha e preciso repetir meu nome, após o autógrafo e um aperto firme de mão, a única coisa que consigo dizer é um “obrigado Paulo”.


Volto pra casa inebriado, cantarolando. Feliz como uma criança!!!