domingo, 28 de março de 2010

Afinidade

Desde sempre escutei aquela máxima de que os opostos se atraem. E de certa forma sempre fui levado a acreditar nisso.

A princesa e o plebeu, o negro e a loira, o amor dos filhos de famílias inimigas, diferenças de religião, o cara calmo com a mulher explosiva são alguns exemplos de amores entre opostos e que vemos por aí em filmes, novelas, em nossa família, no círculo de amigos, tem sempre uma historinha nessa linha.

Sendo bem racional e olhando para essas "diferenças", se é que são diferenças, e são frutos de preconceitos, paradigmas e crenças. É superficial, não acho que seja o ponto da atração!

Nesse mundo dinâmico em que tudo acontece num piscar de olhos, esses muros, essa cegueira de preconceito não cabe mais para julgar relacionamentos, ou pelo menos não deveria caber.

O que percebo, e falando por mim, é que estamos cada vez mais individualistas, independentes, egoístas até. E o que buscamos no outro são afinidades, valores semelhantes, sonhos para se compartilhar. Se isso não rola, a coisa não vai pra frente e o ficar sozinho já não é o fim do mundo, a conveniência nas relações, o namorar por namorar não satisfaz.

Os amantes, apaixonados, aqueles que aos olhos da sociedade, amparada por mitos e preconceitos, são vistos como opostos e que essa oposição é o que determina o romance. Esses, certamente, são alinhados e caminham juntos no campo da afinidade.

Um comentário:

LESLIE disse...

Concordo contigo. O que segura o relacionamento é a afinidade atrelada à admiração e ao companheirismo e ao sexo.Cada casal com suas características pitorescas. Eu diria que o tal do relacionamento baseado nos opostos se atraem pode até ser gostoso no início e dar um certo tempero pela dificuldade,mas não satisfaz, a não ser aos masoquistas e sádicos...hahaha...