domingo, 11 de novembro de 2007

Chávez, o rei e uma cúpula

A cúpula ibero-americana que se encerrou ontem no Chile terminou com a temperatura elevada. O que inicialmente era mais um convescote de autoridades teve seu epílogo com um grande bate-boca.

Hugo Chávez, sempre ele, atacou o ex-primeiro-ministro espanhol José Maria Aznar (direita e apoiador da guerra no Iraque), chamando-o de fascista. Zapatero, atual presidente do governo espanhol, divergiu imediatamente. Mesmo sendo opositores, Zapatero reiterou que um mandatário escolhido pelo povo espanhol deveria ser respeitado.


O rei Juan Carlos, diante do episódio, irritou-se com Chávez e disse: ¿Por qué no te callas?

Na seqüência o presidente da Nicarágua defendeu Chávez e continuou atacando a Espanha. Inesperadamente o rei retirou-se da reunião de cúpula.

Na Espanha a repercussão é muito semelhante aos processos políticos brasileiros. Mesmo que Aznar tenha agradecido às defesas de Zapatero e do monarca, o seu partido, o PP, acusou Zapatero dizendo que seu governo havia feito a Espanha perder liderança e o respeito de outros países. Os socialistas, de Zapatero, defenderam a elegância do primeiro-ministro e seu compromisso com as instituições espanholas. O rei foi criticado pelos comunistas. O mundo gira...

Depois da cúpula Chávez falou diretamente com Fidel, que reiterou apoio ao venezuelano. Chávez, em entrevista, ainda desafiou Juan Carlos: por acaso ele sabe que houve uma tentativa de golpe na Venezuela? O rei foi eleito? Eu fui 3 vezes. Enfim, Chávez.

Será que Chávez está um pouco mais preocupado por causa do crescimento dos protestos contra sua proposta de reforma constitucional? Ou tudo é apenas um despiste para alimentar o sentimento nacionalista de povos explorados pela Espanha?

PêEsse1: o convescote parecia animado. Chávez que fez suspense até a última hora chegou fazendo graça com Lula e as descobertas recentes de petróleo, chamando-o de “magnata do petróleo”. Alguma coisa saiu dos eixos.

PêEsse2: D. Bachelet teve que intermediar para acalmar os ânimos.

PêEsse3: De Lula a principal ação foi ter pulado do palco onde posaram para fotos de uma altura de mais de um metro. O petróleo deu novo gás ao nosso presidente. Kirchner foi imitá-lo e quase caiu. Já pensou se Cristina fica viúva agora?

Um comentário:

Anônimo disse...

Em Portugal o pessoal diria que a "cimeira foi atribulada"!