De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
Soneto da Separação, Vinícius de Morais
4 comentários:
Muito bonito!
sempre me interessaram mais (ou me chamaram mais atenção) os tercetos do que os quartetos dos sonetos (quantos etos :P). e acho que só me toquei disso agora. pois lá vai minha contribuição, se me permite:
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Olá Bia!
Muito obrigado pela visita
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cadê os namorados desse blog?
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