Na última quarta-feira escrevi um post que se chama “O mundo dividido”. Era uma simples tentativa de pilheriar com aqueles que vêem tudo (ou só conseguem fazê-lo) dividido em dois: ou se é isto ou se é aquilo!
É mais ou menos aquela coisa: se você faz uma crítica a X, automaticamente você está com (ou é) Y. E essas incógnitas poderiam ser substituídas por muitas variantes. Vejamos algumas:
- Se você faz uma crítica ao governo Lula, logo receberá uma pedrada nas têmporas e uma meia-dúzia de palavras atacando o FHC!
- Se você diz que o Putin está errado e que a Rússia está fora de eixo, logo xingam você e os EUA, lembrando-lhe do Iraque, de Kosovo.
- Se você bate em Israel, logo lhe acusarão de ser um palestino em missão anti-semita no Ocidente.
- Se você desce a lenha na China, logo lhe lembram das peripécias de Bush.
- Se você fala que a Folha de São Paulo está uma caca, logo lhe questionam: “e o Estadão? Tá uma merda!”.
E por aí vai... E o mais interessante é que todas essas variáveis podem ser invertidas que dá na mesma! Façam o teste. É a sofisticação do chamado “pensamento Cold War”: criticar X pressupõe elogiar (apoiar/estar com) Y!
É mais ou menos aquela coisa: se você faz uma crítica a X, automaticamente você está com (ou é) Y. E essas incógnitas poderiam ser substituídas por muitas variantes. Vejamos algumas:
- Se você faz uma crítica ao governo Lula, logo receberá uma pedrada nas têmporas e uma meia-dúzia de palavras atacando o FHC!
- Se você diz que o Putin está errado e que a Rússia está fora de eixo, logo xingam você e os EUA, lembrando-lhe do Iraque, de Kosovo.
- Se você bate em Israel, logo lhe acusarão de ser um palestino em missão anti-semita no Ocidente.
- Se você desce a lenha na China, logo lhe lembram das peripécias de Bush.
- Se você fala que a Folha de São Paulo está uma caca, logo lhe questionam: “e o Estadão? Tá uma merda!”.
E por aí vai... E o mais interessante é que todas essas variáveis podem ser invertidas que dá na mesma! Façam o teste. É a sofisticação do chamado “pensamento Cold War”: criticar X pressupõe elogiar (apoiar/estar com) Y!
Então, para que se registre, é importante lembrar (com uma metáfora inspirada na guerra): os “inimigos” dos meus “inimigos” não são, necessariamente, os meus “amigos”!
Ter “valores” ou “princípios” (alguns têm “lado”) não impede – ou melhor: não deveria impedir – a avaliação de cada caso, de cada circunstância. Quando os princípios e os valores funcionam como uma prisão, então é melhor abandoná-los.
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