No último dia 20, faleceu no Rio de Janeiro, Luiz Carlos da Vila, grande poeta, compositor e sambista.
Na última semana fiquei meio fora de sintonia, já que não acessei a internet, e só soube ontem da notícia.
Tive o prazer de assistir alguns shows dele e em algumas oportunidades tomei alguns (vários) “goles” ao seu lado. Uma grande figura, parecia sempre estar em outra dimensão, divagava, comportamento próprio de poetas, que enxergam a beleza de outra maneira.
Vai deixar um grande vazio nas rodas de samba do Brasil e vai reforçar o batuque lá de cima.
Autor de sambas belíssimos, é oriundo das rodas do Cacique de Ramos e já foi gravado por toda a turma do samba.
Em 1988 foi um dos compositores do samba-enredo da Vila Isabel, vencedora do carnaval daquele ano, Kizomba, festa da raça, um dos sambas mais belos e emblemáticos de todos os tempos.
Entre suas canções mais conhecidas estão O show tem que continuar (com Arlindo Cruz e Sobrinha), Além da Razão (com Sombrinha e Sombra), Doce Refúgio e O sonho não acabou (com Adilson Victor).
O poeta faleceu aos 59 anos, após complicações causadas por um câncer no intestino.
Luiz Carlos de todas as vilas e de todos os sambas.
"Às vezes, ele saia pra conversar com as flores e voltava com uma música" (depoimento de um vizinho do compositor)
Saibam mais sobre o sambista no site http://www.luizcarlosdavila.com.br/
Pra iniciar a semana fiquem com Kizomba, a festa da raça. “Valeu Zumbi”. Reparem na cadência do samba-enredo de 20 anos atrás...
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