sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Um poema às sextas!

A carta que não foi mandada, Vinícius de Moraes

Paris, outono de 73
Estou no nosso bar mais uma vez
E escrevo pra dizer
Que é a mesma taça e a mesma luz
Brilhando no champanhe em vários tons azuis

No espelho em frente eu sou mais um freguês
Um homem que já foi feliz, talvez
E vejo que em seu rosto correm lágrimas de dor
Saudades, certamente, de algum grande amor
Mas ao vê-lo assim tão triste e só

Sou eu que estou chorando
Lágrimas iguais
E, a vida é assim, o tempo passa
E fica relembrando Canções do amor demais
Sim, será mais um, mais um qualquer
Que vem de vez em quando
E olha para trás
É, existe sempre uma mulher
Pra se ficar pensando
Nem sei... nem lembro mais

2 comentários:

Adri disse...

sempre bom ler vinicius...

Anônimo disse...

Alguns seres deveriam ser imortais; morrer...jamais !!!

Imortalizados estão em suas ma... ra...vi...lho...sas obras!!!