segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"A arte só existe porque a vida só não basta!"

Terminada a oitava edição da FLIP, de volta a São Paulo, só o corpo, porque a mente ainda deve estar rondando pelas ruas coloniais de Paraty.

A idéia era ter mandado mais postagens de lá, no entanto, na pousada não tinha sinal algum de telefone e muito menos de internet, e no meio da cidade e da “muvuca”, não dava pra se concentrar tanto ao conectar a internet e tentar escrever alguma coisa.

Mas vou deixar algumas impressões do que vi e vivi na Festa.

Além da Conferência de Abertura com FHC, dissertando sobre Gilberto Freyre, assisti a mais 5 mesas, 2 com temas ligados ao homenageado da edição; Além da Casa Grande, que discutiu outras obras do autor e Gilberto Freyre e o século XXI, que abordou a importância de sua obra nos dias de hoje. As outras foram: Alguma Poesia, leitura de poemas de Drummond; Em Nome do Filho, com Salmon Rushdie, abordou alguns pontos de sua carreira, a perseguição política e religiosa e o novo livro inspirado em seu filho mais novo; e Gullar, 80, homenagem aos 80 anos do poeta Ferreira Gullar.

As mesas duram cerca de 1 hora e quinze, acho que tempo suficiente para não ficarem chatas, deixam sempre aquele gostinho de quero mais.

(Mesa Gullar, 80 - Pra mim, a mais emocionante, ouvir suas histórias e poemas, sentir sua vivacidade valeram todo o evento. A frase título deste post foi proferida por ele durante a mesa.)

O evento é bastante democrático, tem para todos os bolsos e gostos. Quem quiser se aventurar, mesmo sem ter ingresso para as mesas, consegue acompanhar tudo que rola no telão que é disponibilizado na tenda externa, é só ter disposição e concentração.

Nas imediações da tenda principal, tem muitas atividades gratuitas, muitos poetas e escritores vendendo suas obras, músicos, figuras e mais figuras curiosas.

A noite é convidativa, os restaurantes e bares charmosos, bem decorados, com um clima boêmio e romântico irresistível. Um fato curioso é que deve ser a cidade com o maior número de banquinho e violão por m2 do Brasil.

(Ao lado da minha namorada e companheira de viagem, curtimos cada minuto intensamente, em certos momentos a overdose de informação era digerida, obviamente, numa mesa de bar)

O evento deixou saudades, a cidade das ruas de pedra também.

Quando vai ser a próxima mesmo?

2 comentários:

Leslie disse...

Poderia escrever horas o que senti lendo esse texto, vendo as figuras...a viagem que fiz até Paraty só na imaginação...as tendas, o clima, o burburinho pelas ruas abafando as vozes seculares que por ali passaram. Meus olhos arregalados, os sentidos aguçados...que aventura maravilhosa!! Ali, naquele local historico, ao lado de cérebros em ebulição, só contentamento! E além de tudo, tendo com quem compartilhar, todo aquele mar de Drummond a Ribamar!!

Naty Monteiro disse...

Ai como queria ter estado lá com você!