O Estudo Latinobarómetro, uma ONG chilena, fez uma pesquisa sobre o que pensam os latino-americanos sobre a democracia, o Estado e seus políticos.
Apesar de perder pontos a democracia continua sendo o regime preferido por 72% dos entrevistados. Na Costa Rica este índice chega a 83%.
Entre os que mais confiam no Estado para resolver seus problemas estão os venezuelanos, como 67%. Os peruanos são os mais desconfiados, apenas 22%. Para 40% dos brasileiros o Estado é capaz de resolver os problemas da sociedade. Será efeito da retórica Chávez?
Numa escala de 0 a 10, Lula é o presidente mais admirado pelos latino-americanos: 5,7.
Em seguida a presidente do Chile, Michele Bachellet, com 5,5. Kirchner tem 4,8 e Chávez, 4,5.
O último colocado é Fidel Castro, com 4,3.
Sobre o apoio da população em seu próprio país, o presidente do Equador, Rafael Corrêa, com 74% de aprovação. Neste mesmo país os partidos políticos têm apoio de apenas 8% da população.
Analisando os números podemos concluir um forte efeito dos discursos presidenciais e a aceitação popular. O caso do Equador, em que o presidente mais popular foi eleito sem apoio de partido e depois convocou eleições parlamentares é um caso. A crença do venezuelano no Estado está associado ao papel daquele sob as ordens de Chávez. O presidente mais impopular, o paraguaio Nicanor Duarte, com apenas 17% de popularidade, está em fim de mandato.
Uma coerência: o lugar de Fidel na lista coincide com a premissa de valorização da democracia.
Um dos pontos mais interessantes é a declaração política da população – direita e esquerda. Apesar da chamada “onda de esquerda”, os latino-americanos estão no “centro” (5,3). A escala vai de 0 (esquerda) a 10 (direita).
A pesquisa foi realizada entre os dias 07 de setembro e 09 de outubro. Foram ouvidas mais de 20 mil pessoas em 18 países.
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