Parece que o tema do final de semana passado foi mesmo o dos blogs. Além dos debates específicos sobre o assunto, citados pelo Zé Alves (ver post abaixo), o Daniel Piza, do Estadão, escreveu um texto interessante sobre o exercício da crítica (“Ah, esses críticos”), inclusive nesse novo espaço: a blogosfera (isso me lembra as aulas de ciência à época do ginásio).
Um trecho do texto de Piza:
Um efeito claro do padrão histórico personalista ou pseudoliberal é a noção que se tem de crítica no Brasil. Como se via nos botequins e hoje se vê nos blogs, a troca de idéias logo vira acúmulo de adjetivos e a opinião emana sem argumentos, emotivamente polarizada. Tudo se precipita em lados opostos e, no fundo, semelhantes em sua falta de distanciamento, como o sujeito que só fala mal do Brasil e não consegue pensar em nada além do Brasil. O “construtivo” e o “destrutivo”, ao final, abdicam da análise, tomados pelo orgulho pueril. E aí vem o “centrão” e diz que escolher não é importante, como se a capacidade seletiva não fosse fundamental nesta era de caos informativo. Não à toa tantos artistas se crêem no direito de proibir críticos em locais públicos ou então tentam ignorá-los e se bastam no sucesso comercial.
Para quem quiser conferir o texto na íntegra, é só clicar aqui.
Um trecho do texto de Piza:
Um efeito claro do padrão histórico personalista ou pseudoliberal é a noção que se tem de crítica no Brasil. Como se via nos botequins e hoje se vê nos blogs, a troca de idéias logo vira acúmulo de adjetivos e a opinião emana sem argumentos, emotivamente polarizada. Tudo se precipita em lados opostos e, no fundo, semelhantes em sua falta de distanciamento, como o sujeito que só fala mal do Brasil e não consegue pensar em nada além do Brasil. O “construtivo” e o “destrutivo”, ao final, abdicam da análise, tomados pelo orgulho pueril. E aí vem o “centrão” e diz que escolher não é importante, como se a capacidade seletiva não fosse fundamental nesta era de caos informativo. Não à toa tantos artistas se crêem no direito de proibir críticos em locais públicos ou então tentam ignorá-los e se bastam no sucesso comercial.
Para quem quiser conferir o texto na íntegra, é só clicar aqui.
2 comentários:
eu tenho problemas com críticos. fiz até um post sobre isso um tempo atrás. acho que muitos deles escrevem o que querem que as pessoas pensem sobre determinada coisa. darei um exemplo sobre música, que é meu assunto preferido: "o Arctic Monkeys é o novo Oasis" essa frase me fez ficar mais de um ano odiando a banda. porque eu fui ouvir o primeiro disco dos Monkeys achando que seria algo maravilhoso (hoje eu gosto bastante, mas qdo ouvi e comparei com o definitely maybe do oasis achei horrivel)e a decepção foi tanta q fiquei os odiando. a crítica de músic ainglesa é muito "animadinha" (acho q vc me entende, certo?!)....
certa vez o humberto gessinger, dos engenheiros do hawaii, disse que os críticos escrevem sobre os albuns antes de ouvi-los...acho que é mais ou menos isso.....
:)
bjks!
Mila: os críticos são sempre bons assuntos. Obrigado pela participação.
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