terça-feira, 20 de novembro de 2007

Parada Negra


A 4a Marcha da Consciência Negra, ou simplesmente a Parada Negra, está ocorrendo neste momento na Avenida Paulista, em SP.

O número de manifestantes ainda não é muito grande, mas pelos trios elétricos pode-se perceber a pluralidade da manifestação e do povo negro.

Músicas de protesto, sambas, tambores, reggae, hip hop e canções gospel, num carro de uma igreja evangélica, eram alguns dos sons presentes na marcha que desceu em direção à rua da Consolação.

O tom político é garantido nas referências a Zumbi, às pesquisas que indicam que a mulher negra ganha 44% menos que um homem branco na mesma função. As denúncias contra a violência policial, que vitima jovens negros, também fazem parte da manifestação. Mães que não querem ver seus filhos humilhados e vitimados.

Povo animado e resistente que tomava conta das ruas do maior centro econômico do Brasil.

Nas calçadas, as pessoas assistiam a um "desfile". A interação era pequena e algumas pessoas chegavam a manifestar contrariedade com pequenos movimentos da cabeça.

Havia um incômodo na "platéia". Talvez este seja o principal legado da celebração: tocar em feridas que são simuladas diante de nossa pretensa "democracia racial".

2 comentários:

Anônimo disse...

e qual seria o problema em balançar a cabeça? alguns dos afro-manifestantes poderiam estar curtindo o axé não usando AXE, daí o balançar de cabeça de quem estava por perto...

Anônimo disse...

de fato, "democracia" não há... mas a pluraridade (positiva?) ninguém discute. e como a religião agrega! benza deus...