sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Os perigos da morte de Benazir Buttho

Sobre o assassinato de Benazir Bhutto – ex-premiê e candidata às eleições do próximo dia 8 janeiro no Paquistão – li nas reportagens duas teses que me “preocuparam”: a primeira é de que sua morte teria sido “encomendada” por Pervez Musharraf, atual presidente. Por quê? Porque num momento de caos – como o que se inicia no Paquistão, com a convocação de greve geral, comoção popular e conflitos internos, com mortes – Musharraf se beneficiaria, instituindo, de uma vez por todas, um governo ditatorial.

A segunda é de que com o caos nem mesmo Musharraf conseguiria se manter, já que desde outubro (se não me falha a memória), o Paquistão está sendo governado em Estado de Emergência e o governo tem sido alvo de duras críticas por parte da comunidade internacional. Essas críticas (sem falar das pressões norte-americanas) se referem, sobretudo, à ausência de planos de combate aos grupos extremistas – entre eles o Taleban. Neste caso, o Paquistão estaria à beira de uma guerra civil.

Nas duas análises, o ponto crítico a ser considerado é o solapamento da democracia que já não era lá essas coisas por aquelas bandas. Sem querer prever nada, parece que os horizontes paquistaneses não são muito coloridos.

E, como a maioria dos jornais do mundo fez questão de ressaltar, convém lembrar que o Paquistão é uma potência nuclear.

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