sexta-feira, 11 de julho de 2008

Um poema às sextas!

Simplicidade, de Maria Thereza Noronha (O verso implume, 2005)

O que por mar vier não sendo barco
alga coral peixe retardatário
será de mim o que deixei alhures:
praia perdida de remoto mar.

O que por ar vier não sendo asas
— aeronave ou ave migratória —
rumor será de vento nas acácias:
rota antiga de um sonho perdulário.

O que por terra vier será bem-vindo
como bem-vindas são as coisas simples,
estratégia e rotina se alternando:
legada a insanidade aos altos píncaros.

Extraído do sempre convidativo Poesia.Net.

Sim, as coisas simples são sempre bem-vindas!

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