sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Cada cabeça sua sentença

Não é de hoje, que no Brasil, pra tudo se tem ou se dá um “jeitinho”. Mas, de uns tempos pra cá, isso vem me incomodando de uma maneira acentuada.

Não posso dizer que nunca usufrui do famoso “jeitinho”. Porém, não me orgulho disso.

Sempre tem alguém com “esquema” pra alguma coisa. Seja pra camisa de time, carta de motorista, bebida, peça de carro e uma infinidade de serviços e produtos. E é engraçado, que é sempre o cunhado, o vizinho, o tio ou o primo de alguém.

Talvez, isso seja fruto de uma necessidade do homem de levar vantagem, sempre, sobre alguma coisa; das brechas que existem em qualquer ramo de atividade; da cultura do nosso país; da burocracia. Fica difícil pensar numa só causa.

O que mais me incomoda é que existe um orgulho, uma satisfação em quem se beneficia de tais atos. Parece que tentar fazer o certo virou errado e praticar o ilícito é que é legal.

Num cenário onde ser honesto nem sempre é sinônimo de qualidade, onde política caminha lado a lado com a corrupção e onde ser esperto e levar vantagem é o que vale. Prefiro tentar caminhar nos trilhos da minha consciência, embora, cada cabeça carregue sua sentença.

Um comentário:

Anônimo disse...

Vivemos no mundo da malandragem, dos mais exxxpertos, daqueles que criam e seguem suas próprias regras, leis e lógicas - tudo de acordo com a forma que enxergam as circunstâncias!
Afinal de contas, não é legal ficar com cara de bobo esperando na fila do cinema ou do mercado, ou dar trinta voltas no estacionamento do Shopping atrás de vaga. O que a sua garota vai pensar? E seus amigos? Zé Mané! Não!!!! Absurdo!!! Temos que ser mais exxxpertos que os outros, o tempo todo!
Um abraço aos editores, direto daqui do meu hospício particular, junto a uma corte de malandros psicóticos imaginários!