sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Um poema às sextas!

Velhas Árvores

Olha estas velhas árvores, mais belas
do que as árvores novas, mais amigas:
tanto mais belas quanto mais antigas,
vencedoras da idade e das procelas. . .

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
vivem, livres de fomes e fadigas:
e em seus galhos abrigam-se as cantigas
e os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
como as árvores fortes envelhecem:

na glória da alegria e da bondade,
agasalhando os pássaros nos ramos,
dando sombra e consolo aos que padecem.

Olavo Bilac

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