quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O Congresso, o governo e o mensalão mineiro

Três momentos das últimas 24 horas na política nacional.
1. O governo Lula obteve uma importante vitória na Câmara dos Deputados para prorrogar a CPMF até dezembro de 2011. São 40 bilhões anuais que saem de nossas contas-correntes. Sem sonegação. A votação foi folgada, o que demonstra a existência de um clima favorável ao governo naquela Casa. Também não podemos esquecer que os projetos presidenciais de Serra e Aécio, do PSDB, incluem a prorrogação do imposto e os recursos na hipótese de um deles ocupar o Planato a partir de 01/01/2011.

2. No Senado uma derrota da MP que deu o cargo de ministro a Mangabeira Unger, na Secretaria de Ações de Longo Prazo (Sealopra... O governo gosta de aloprados). Mangabeira Unger foi sem nunca ter sido. Não há mais o cargo. Foi o troco de Renan ao governo. Pois mesmo tendo colaborado com a absolvição do senador alagoano, a frigideira continua quente e senadores governistas estão pouco convictos a morrer abraçados a este cadáver político.
Renan, ao seu estilo, revidou com os votos que controla no Senado.
Quem vai piscar primeiro? Renan ou o governo? Chantagens são comuns na seara política, mas os custos (para os cofres e para a imagem dos políticos) são muito altos.

3. O senador e ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), envolvido no caso do valerioduto mineiro, acusou FHC de também ser beneficiário das "verbas não-contabilizadas" na eleição de 1998.
Serra, Aécio, Tasso e todas as figuras emplumadas do tucanato recomendaram silêncio ao mineiro. Pois é, quando um mineirinho começa a falar lembram a ele que mineiro é um ser desconfiado, quase um matuto.
Pena que o que ele poderia falar é algo que gostaríamos tanto de saber.

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