Um amigo meu ficava revoltado – há uns 5 ou 6 anos – quando o padre Júlio Lancelotti aparecia na TV ‘protegendo’ os menores da FEBEM que tinham acabado de fazer uma rebelião. À época, Lancelotti era o nome forte da “Pastoral do Menor”; também à época, a FEBEM ainda tinha esse nome e vivia em constantes rebeliões.
“Ai, os menininhos do padre Lancelotti” – dizia esse meu amigo, em tom irônico. “Se ele quer protegê-los, ele que carregue esses moleques para morar em sua casa”. Para arrematar, fechava o rosto e afirmava: “Direitos Humanos? Para esses moleques? Com eles, o negócio é na porrada!”.
Eu nem sempre concordava com a “dureza” de suas propostas ou mesmo com as suas ironias ou simplificações a respeito dos Direitos Humanos. Na semana passada, porém, lembrei-me desse meu amigo. Evidentemente não para atestar que ele tinha razão, mas para imaginar o que ele deve estar dizendo a respeito do padre Lancelotti.
Estou curioso também para saber no que vai dar o atual caso. E isso por dois motivos: o primeiro, e óbvio, é porque se suspeita do uso de dinheiro público para o pagamento da suposta “extorsão”; segundo, porque o padre Lancelotti sempre se arvorou em discussões sobre a ética e sobre as políticas públicas em São Paulo, tornando-se um dos mais controvertidos agentes da cidade.
São muitas as perguntas e as possibilidades. Qual foi o valor pago ao tal “Anderson” (que zica de nome!)? 50, 60, 600 mil reais? De onde veio esse dinheiro? Fica caracterizada a extorsão? Ex-FEBEM, sem emprego, andando de Pajero e Audi-A3? O padre mantinha ou não relações sexuais com o ex-FEBEM e/ou com outros (as) ex-internos (as)?
Dependendo das respostas encontradas na investigação, o meu amigo poderá se tornar um guru, uma pitonisa, ou simplesmente, um jovem senhor aborrecido que não acredita em Direitos Humanos!
“Ai, os menininhos do padre Lancelotti” – dizia esse meu amigo, em tom irônico. “Se ele quer protegê-los, ele que carregue esses moleques para morar em sua casa”. Para arrematar, fechava o rosto e afirmava: “Direitos Humanos? Para esses moleques? Com eles, o negócio é na porrada!”.
Eu nem sempre concordava com a “dureza” de suas propostas ou mesmo com as suas ironias ou simplificações a respeito dos Direitos Humanos. Na semana passada, porém, lembrei-me desse meu amigo. Evidentemente não para atestar que ele tinha razão, mas para imaginar o que ele deve estar dizendo a respeito do padre Lancelotti.
Estou curioso também para saber no que vai dar o atual caso. E isso por dois motivos: o primeiro, e óbvio, é porque se suspeita do uso de dinheiro público para o pagamento da suposta “extorsão”; segundo, porque o padre Lancelotti sempre se arvorou em discussões sobre a ética e sobre as políticas públicas em São Paulo, tornando-se um dos mais controvertidos agentes da cidade.
São muitas as perguntas e as possibilidades. Qual foi o valor pago ao tal “Anderson” (que zica de nome!)? 50, 60, 600 mil reais? De onde veio esse dinheiro? Fica caracterizada a extorsão? Ex-FEBEM, sem emprego, andando de Pajero e Audi-A3? O padre mantinha ou não relações sexuais com o ex-FEBEM e/ou com outros (as) ex-internos (as)?
Dependendo das respostas encontradas na investigação, o meu amigo poderá se tornar um guru, uma pitonisa, ou simplesmente, um jovem senhor aborrecido que não acredita em Direitos Humanos!
6 comentários:
Realmente esse é um assunto que levanta muita polêmica.
Não sei qual será mo resultado, e confesso estar bem "curiosa" pra saber no que vai dar...
Tenho meu palpite, mas vamos ver.
Acho que o Padree Lancelotti está sendo vítima das pessoas envolvidas no seu trabalho, que são drogados, marginais, etc. Acho que está correndo $$$ de bandidos para incriminar o padre. Quanto à pedofilia quem pode acreditar que o padre ou qualquer individuo vai praticar relaoes sexuais com o menor (ou maior mesmo) em presença de outros)? É um ato muito intimo!
Ainda estou na espera dos desdobramentos do caso. Primeiro foi o próprio paddre quem processou por extorsão; segundo a Escola Base está logo ali na nossa lembrança; terceiro: são muitos interesses controversos; quarto, mesmo que comprovem esse ato errado, Pe Julio tem uma história respeitável. O bom seria que não precisassemos de heróis.
Fernanda: obrigado pela participação constante no blog. Carmen: a depoente que disse ter visto o Pe. Lancelotti aos beijos com um rapaz de 15 anos só presenciou a cena porque os surpreendeu. Resta claro que se o padre teve essas atitudes, ele tomava certos cuidados. Caro Anônimo: concordo com você e vou esperar, bastante ansioso, pelo desfecho do caso. Porém, o "passado respeitável" não livra ninguém de arcar com as conseqüências de atos ilícitos, caso estes sejam comprovados, julgados etc. etc. Obrigado pelos comentários.
"Interessante" tem sido a cobertura da Record: "o padre CATÓLICO Júlio Lancelotti...". Tem padre evangélico? Padre protestante? Padre budista?
Olha, conheço pessoas que dizem que isso é a mais pura verdade e que inclusive já tiveram algum tipo de envolvimento com o tal Padre.
Postar um comentário