terça-feira, 10 de junho de 2008

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A Fundação Lemann e o Instituto Futuro Brasil fizeram uma pesquisa (divulgada ontem pela Folha , no Cotidiano) que chega a uma conclusão trágica: apenas 5% dos melhores alunos que se formam no ensino médio querem se dedicar ao magistério.

Trágica, porque nos faz questionar pelo avesso: e quem são os jovens que escolhem a docência como profissão?

A pesquisa aponta que carreiras onde se formam professores, como a Pedagogia, se transformaram em “refugos”. Muitos embarcam nessa nau chamada educação sem o mínimo de preparo: vêem-na apenas como uma saída para o desemprego.

A cada dia que passa são criados novos cursos de Pedagogia, sem estrutura ou condições de “formar bem” a massa de alunos que ingressa anualmente na universidade. Logo, voltamos ao impasse: como apostar nossas fichas na educação se quem lá está não tem condições – as mais diversas – de “bem formar”?

O cenário é triste.

Como contraste, a pesquisa aponta: os dois países que lideram o ranking PISA de leitura, Coréia do Sul (1º.) e Finlândia (2º.), escolhem minuciosamente os mestres que serão responsáveis pela educação básica (ensinos fundamental e médio). Na Coréia do Sul, “os candidatos à carreira docente são escolhidos entre os 5% melhores estudantes do ensino médio”; na Finlândia, para ser professor, o sujeito deve estar entre os 10% melhores do ensino médio.

E por aqui? Basta querer, ter um R.G. e prestar um vestibular qualquer! Isso talvez explique por que o Brasil ocupa o 48º. lugar no quesito “Leitura” (entre 57) e o 54º. lugar em matemática (também entre 57): os piores índices entre os países sul-americanos que participaram do PISA.

6 comentários:

Edu Zanardi disse...

Realmente é um quadro lamentável.

Não podemos deixar a educação do nosso país nas mãos de professores totalmente despreparados.

Veja só o nível de profissional que anda lecionando por aí:

- Zé Alves
- Rafael
- Andrézão
- Patrícia
- Rodrigo Di Mônaco
- Anderson Reis

TUDO PORCARIA!!!

PS: Ainda bem que o Márcio parou... ufa!

Anônimo disse...

huahuahuahuahauha

Fernanda disse...

oooorrraa sacaneou em gordô!!rs

Mas a educação vem, de fato, tomando um caráter cada vez mais alarmante.
Até quando isso vai continuar?
Infelizmente não sabemos....

Fábio Almeida disse...

queeeé isso!!

Você esqueceu do Rubão!!!

Anônimo disse...

Leciono no Drummond desde 2003, e estarei vendo a sexta turma de terceiros anistas se formar: tem aluno de todo nível intelectual, e a maioria, com bom ou ótimo poder aquisitivo. Calculo mais de 200 alunos em universidades. E 1 saiu com a deliberada intenção de lecionar (e nessa nem eu me enquadro, pois fiz engenharia). Mas achei que 5% foi até muito. Imaginei que fosse cerca de 1%. A questão é que no Brasil, a desvalorização profissional é alarmante no nosso caso. Somos piores que lixo. Mesmo os mais competentes só são lembrados no dia do professor. Hoje, o professor é uma BABÁ de luxo. Contudo, o prazer de ler é INCENTIVADO e DIRECIONADO na escola. Mas um grande câncer educacional brasileiro é a AUSÊNCIA DOS PAIS NAS VIDAS DOS FILHOS. Pra que um adolescente vai estudar, se a malhação mostra que ele não precisa, por exemplo. A auto-conscientização é um dom como o auto-didatismo.

Anônimo disse...

Outro câncer chama-se CONSTRUTIVISMO. Para nossos pedabobos, a salvação. Para nossa realidade, ABDUÇÃO de conhecimento. As bases teóricas do construtivismo operam bem em sociedades AVANÇADAS, que não é o nosso caso. Assim como a prova de PISA é elaborada por e para o primeiro mundo, com conceitos e requisitos básicos, PARA ELES. A nossa realidade é outra. É cartilha, é CAMINHO SUVA, é começar do zero, é RECOMEÇAR.