sábado, 10 de janeiro de 2009

Sem bares

O sol apareceu em SP neste fina de semana. As ruas cheias de gente em espírito de férias. Ainda não há estresse, mas aos poucos a agitação retorna.
A lei do silêncio - que fecha bares e proíbe mesas nas calçadas após a 1 da manhã - é ambígua. Se, por um lado preserva o direito ao descanso da população, por outro inibe um dos poucos lugares de lazer numa cidade tão carente de espaços públicos. Estabelecimentos que recusam a entrada de novos clientes após a 1 da manhã, numa noite de sexta ou sábado com temperatura acima dos 20 graus, são frequentes. Resta entrar em espaços fechados ou voltar para casa.
Falta-nos lazer! Falta-nos bom senso! A gente não quer só comida!

5 comentários:

Anônimo disse...

Completamente apoiado, Zé!!!

De qual partido mesmo é o nosso prefeito?? E o nosso governador?? (só pra provocar o CD)

Anônimo disse...

Hahaha... eu conheço essa lógica, Fábio. Chama-se monopólio do bem e funciona assim: quando nós estamos no governo, tudo que é bom é inovação nossa, o ruim é restolho do anterior (se o anterior for nossa oposição, claro)! Quando não estamos no poder, tudo o que é bom foi nós que fizemos em anos anteriores; o ruim é obra dos nossos adversários, sempre! E assim desaparece qualquer noção de história, de processo histórico - já que os eventos têm, previamente, hora e data marcada para começar e terminar.

Zé Alves disse...

Anderson: a simplificação é restritiva. Mas tb, como excelente historiador que vc é, vc sabe que o passado não pode desaparecer como esquecimento. E afinidades políticas não são aleatórias ou dadas por uma contigência. São também históricas. É esta a questão que debatemos desde o outro ano. Além do moralismo janista etc...

Anônimo disse...

Zé: é justamente a ideia de que as afinidades - e não só elas, como também as decisões e processos políticos - são históricas que eu defendo. É por isso que acredito que quando ouvimos com frequência expressões do tipo "Nunca Antes..." é que há algo fora do eixo. E o pior, percorrem-se os extremos: ou "Nunca antes"... ou "Desde 1500". O difícil é perceber onde estão quebras - deixando um pouco de lado os programas partidários. É aí meu incômodo com o raciocínio que embasa o monopólio do bem.

Anônimo disse...

Só um detalhe: com relação aos bares, eu estou de pleno acordo com o post! Estendo minha indignação contra a lei relativa a fumar em bares e restaurantes - tema ainda bastante confuso.